Desconhecido

13 2 0
                                    

[11:00hr]

SeungHo

- AAAAH!. - Grito ao sentir uma dor horrenda em meu braço direito, como reação contraio o braço. - Cadê os médicos daqui que deixam os pacientes sozinhos?. - Questiono em voz alta para que ouçam.
- A médica daqui tinha ido ao banheiro. - Seri responde com um sorriso em seu rosto ao adentrar o quarto, Jinyoung havia cedido a sua parte do cômodo para ser meu leito hospitalar caseiro. - Como está meu paciente mimado preferido?. - Perguntou apertando minha bochecha esquerda.
- Aí. - Resmungo com a ardência no local. - Estou com dor no meu braço. - Respondo. - Não mereço um quarto VIP?. - Questiono e suspiro dramático.
- Demora um pouco a cicatrização, é normal, pode até sentir o braço por um tempo. - Minha cunhada explicou. Desvio o olhar para o meu braço direito que havia sido amputado.

Observo um doente começar a se aproximar de Seri que está distraída colocando tudo que comeu durante a semana para fora. Abro a porta do carro e desço do veículo correndo até minha cunhada, ponho a mão em seu ombro direito para puxa-lá e sinto dentes serem cravados em meu pulso, fazendo-me gritar.
- SeungHo!. - Meu irmão gritou.

Não contenho o riso debochado ao perceber que havia esquecido outra vez do acidente do lado de fora da cerca, não havia mais braço para sentir dor, na verdade, a amputação do meu braço direito foi do antebraço para baixo. Seri se aproximou e acariciou com sua mão direita o meu ombro.
- Você ainda pode fazer coisas inacreditáveis e incríveis. - Ela afirmou.
- Como tomar banho com uma mão?. - Pergunto sarcástico.
- Como salvar a vida de seu sobrinho ou sobrinha. - Seri responde com um grande sorriso em seu rosto, desvio o olhar surpreso com a notícia. - Estou grávida. - Ela conta entre risos. - Mas ainda não contei ao seu irmão, achei que você precisava saber que é um tio herói. - Afirmou.
- Obrigada por me contar. - Agradeço sorrindo tímido e seguro com a minha mão esquerda a sua mão. - Estou feliz por vocês, eu não teria mudado nada do que aconteceu. - Afirmo.
Seri acariciou as costas de minha mão com os olhos cheios de lágrimas. Meu irmão me questionou porque corri de dentro do carro ao invés de tentar avisar sobre o doente, provavelmente outros ocupantes da casa compartilham do mesmo questionamento, mas não pude responder um motivo pessoal, minha cunhada é importante, mas, meu irmão não resistiria se algo acontecesse com ela, então, eu corri pela a vida de Seri que salvaria a do meu irmão, agora consequentemente, a vida do meu sobrinho ou sobrinha.
- Eu vou te deixar descansar, no almoço retorno para te trazer comida ok? E tem alguém que quer falar com você. - Seri diz enquanto caminha até a porta do quarto, ela segura na maçaneta e logo que abre a porta vejo Eunyu. - Vou deixá-los a sós. - Ela diz e pisca para mim antes de sair fechando a porta.
- Desculpe por isso. - Peço após a insinuação da minha cunhada.
- Sou eu que deveria estar pedindo desculpas. - Eunyu retruca ao se aproximar de minha cama.
- Desculpe, não entendi, você pedindo desculpas? Acho que Seri me deu uma dosagem muito alta. - Zombo com o comportamento dela.
- SeungHo. - Eunyu pronunciou meu nome com a sua voz firme e autoritária. - Você foi um idiota por ter apostado com a vida do Jinyoung, mas eu também fui irresponsável por arriscar a sua vida, peço desculpas, lamento pelo o que aconteceu. - A garota se esforçava em cada palavra para tentar ser o mais amigável possível, mas até o seu timbre de voz parece ameaçador.
Ergo a mão esquerda e com o dedo mindinho esfrego a minha sobrancelha, deixando escapar um riso tímido e debochado. Fecho os olhos e mordo o canto do lábio inferior, logo abro os olhos e a fito novamente, encarando a sua expressão de confusão e raiva que me causa intriga.
- Não foi uma aposta, foi uma vingança. - Corrijo. - Eu gostei de você. - Confesso para a surpresa da mulher. - Talvez tenha sido castigo. - Brinco. - Fiquei aliviado por ter sido metade do meu braço ao invés da vida do cara da lei. - Digo sincero.
- Você é ainda mais idiota do que imaginei. - Ela diz expressando uma leve risada de raiva e revira os olhos. - Se você se transformar, eu mesma vou te matar. - Eunyu ameaça e caminha para fora do quarto deixando a porta aberta.
"Crush" a gíria utilizada para quando está apaixonado ou como no meu caso interessado por alguém, a pessoa por quem o coração está batendo mais forte, a minha gostaria dela bater forte com as suas próprias mãos em meu coração, felizmente, sou alguém controlador e meus sentimentos sou eu quem controlo, irei direcionar meus sentimentos e batimentos cardíacos para alguém merecedor.
- Soobin. - Chamo ao notar a pequena na porta do quarto, ela entra no cômodo e logo se apressa até a janela, fechando a metade da cortina que estava irritantemente refletindo o sol em meu rosto. - Você é a melhor. - Elogio.
- Eu sei que tem olhos sensíveis. - Ela diz. - Fecha os olhos. - Pediu.
Arqueio a sobrancelha confuso com o pedido repentino da garota, Soobin começa a ficar ruborizada, provavelmente envergonhada com a minha reação ao seu pedido, fecho os olhos para evitar mais constrangimento para ela.
- Pode abrir. - Ela diz.
Abro os meus olhos e não escondo a expressão de surpreso ao vê-la segurar em minha frente uma pelúcia do homem de ferro em suas mãos, Soobin segurou na minha mão esquerda e colocou o boneco de pelúcia para que eu segure.
- Eu encontrei ele nas coisas do Sr. Kim, Jennie tinha percebido que gostei por ser meu herói preferido e me deu ele, você me lembra o Tony Stark, um gênio um pouco arrogante mas de bom coração, ele também sofreu um grande acidente e com o seu Reator Arc sobreviveu, até adquiriu novos talentos. - Ela explicava com calma para que eu não me ofenda com o acidente. - Eu sei que também vai ter o seu Reator Arc. - Afirmou com um sorriso tímido.
- Sua vez de fechar os olhos. - Digo.
Soobin com uma expressão confusa em seu rosto meigo, fechou os olhos como pedi. Respiro fundo e uso minha força para inclinar meu tronco para frente, me sentando na cama, ela respeitosamente não abriu os olhos apesar da movimentação no colchão, aproximo o meu rosto e deposito um selinho em seus lábios, ela abre os olhos de imediato surpresa.
- Você é meu Reator Arc. - Afirmo.
- Paciente preferido, hora de se alimentar!. - Seri anuncia a sua entrada com uma bandeja em suas mãos, ela trava os seus pés nos chão quando percebe que não estou sozinho no quarto. - Oh, desculpe, estou atrapalhando? Mas ele precisa se alimentar. - Ela lamenta e se justifica na mesma frase. - Aqui. - Pronunciou e entregou a bandeja com lámen nas mãos de Soobin. - Ajude ele a comer. - Mandou.
Seri não aguardou por uma resposta da garota, ela virou-se após entregar a bandeja e retornou o seu caminho em direção a porta, ela para e balança a cabeça negativamente como se estivesse esquecido de algo, virou-se para nos olhar que encarávamos a doutora confusa a nossa frente.
- Soobin. - Chamou. - Jieun ainda não acordou?. - Ela pergunta. - Ela tinha me pedido para ensiná-la a fazer curativos. - Concluiu preocupada.
- Ela não estava na cama quando acordei. - Soobin respondeu.

[13:00]

Jinyoung

- Jinyoung, espera! Desse jeito é você que logo vai precisar de ajuda. - Eunyu resmungava atrás de mim tentando acompanhar o meu ritmo.
Meus passos são tão rápidos que quase pode ser considerado uma corrida à procura da minha irmã, me sentia um idiota por não ter percebido que ela havia fugido e sem entender a sua razão.
- Jinyoung. - Ela chamou ao segurar meu pulso direito e me virar para si. - Se acalma!. - Pediu impaciente.
- Como vou ter calma? Minha irmã fugiu enquanto eu estava ocupado transando. - Respondo bravo.
- Transando comigo. - Ela corrige.
- Sim. - Afirmo e sinto a ardência em meu lado direito do rosto.
Eunyu tem uma mão pesada e forte que provavelmente deixaria a marca de seu tapa em meu rosto, talvez tenha merecido. Caminho atrás da mulher irritada que pisava com raiva no chão, obviamente para manter um grande espaço para evitar aproximação.
- Eunyu. - Chamo.
Observo desconfiado como alguns pontos específicos do chão havia uma grande quantidade de folhas, principalmente por onde Eunyu pisava.
- EUNYU, CUIDADO!. - Peço e corro até ela que logo pisa em um buraco.
Me jogo e estico meu braço direito, segurando em sua mão esquerda, impedindo que ela caísse. Desvio um pouco o olhar para abaixo dela e noto que havia várias cobras.
- É uma armadilha. - Digo. - Eu vou te puxar, tenta segurar no meu braço. - Peço.
- Vai atrás da Jieun antes que os donos da armadilha voltem. - Eunyu pede.
Direciono toda a minha força no meu braço direito que a segurava, apoio a palma de minha mão esquerda no chão e pressiono para me manter firme, começo a dobrar meu braço direito, erguendo aos poucos para cima puxando Eunyu, quando o rosto dela está próximo ao meu, solto a minha mão esquerda do chão e seguro no tronco dela, erguendo para fora do buraco, puxando ela para os meus braços que envolvo ao redor de seu corpo. Eunyu passou os braços ao redor meu pescoço, posso sentir os seus batimentos cardíacos acelerados colados sobre o meu peito, faço carinho em suas costas e beijo sua bochecha.
- Eu não te deixaria nunca para trás. - Afirmo.
Barulhos de galhos nos despertam do susto, provavelmente os donos da armadilha estão se aproximando. Levanto do chão sem soltá-la, seguro em seu queixo e lhe dou um selinho rápido nos lábios. Seguro em sua mão e caminho com passos apressados para longe até avistar uma figura pequena familiar.
- JIEUN!. - Chamo e caminho rapidamente até minha irmã, abraçando-a enquanto ela começa a chorar em meus braços.
- O que faziam aqui na rua?. - Eunyu perguntou impaciente ao meu lado.
- Perguntas depois, tem doentes por perto. - Woo Tak respondeu.
Um disparo de flecha passa ao nosso lado e crava no tronco da árvore com um metro de distância do nosso grupo, procuro ao redor o atirador da flecha. Eunyu se aproximou da árvore e encarou a flecha, virando o seu corpo na direção de uma árvore específica, ela retirou uma faca rapidamente do bolso lateral de sua calça e arremessou contra a árvore que estranhamente gritou.
- Eunyu, espere. - Peço enquanto a minha namorada teimosa apenas caminhava até a árvore.
A policial apanhou a faca do chão e levantou-se direcionando a arma para um homem alto atrás da árvore, ele ergue as palmas das mãos a sua frente e caminhou até nós sendo empurrado por Eunyu com a lâmina apontada para o desconhecido.
- Quem é você?. - Eunyu questionou brava.
- Que garota quente. - O desconhecido diz.
Ergo a mão e pego a faca da mão de Eunyu, me posiciono na sua frente e aponto a faca para o seu pescoço do homem, pressionando a lâmina em sua pele. Encaro irritado o rosto do maldito que estava dando em cima da minha namorada descaradamente.
- Posso saber o nome do idiota que está dando em cima da minha namorada?. - Questiono bravo.
- Kwang Beom. - Respondeu.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jul 18 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

DespertosOnde histórias criam vida. Descubra agora