Euntak
"Prometo solenemente consagrar a minha vida a serviço da Humanidade." A mesma humanidade que prometi e aprendi todos os dias em cada aula da graduação em medicina a proteger, respeitar e sempre salvar a vida de cada paciente, hoje irei abrir mão da minha humanidade para acabar com a vida de outro. Escolhi me graduar em medicina para me aproximar do meu amor, impressionar talvez, mas esse mesmo amor me apresentou outro, o de salvar pessoas, o sentimento mais puro de felicidade há cada paciente salvo, mas hoje, esse meu segundo amor, a medicina, está colocando em risco o meu primeiro por cobiça, todavia, irei fazer outra promessa, prometo solenemente consagrar a minha vida a serviço da minha família.
- Vamos pegar esse desgraçado. – Afirmo ao meu irmão.
- Euntak... – Areum chama e segura em minha mão. – São perigosos. – Diz preocupada. - E isso não é certo... - Ela murmurou.
- Me desculpe. – Peço e solto sua mão. Farei o que for preciso para protege-la.
Acompanho meu irmão e Ginny para dentro da casa dos Kim, precisaríamos de um bom plano para entrarmos no refúgio dos assassinos, e principalmente, conhecer quem estamos enfrentando. Nos reunimos na cozinha da casa, Eunyu, Jinyoung, Woo Tak, SeunHgoo e minha irmã se juntam a nossa pequena reunião, a pequena espiã não conhecia o suficiente o seu líder, mas tinha conhecimento dos rumores sobre ele, o nome que ele se recusa a revelar é Kris Wu, um homem chinês e condenado por estupro, ele havia um comércio ilegal de mulheres, o verme vendia mulheres após estupra-las, condenado há treze anos de prisão, mas houve a infecção no momento que ele estava sendo levado para a prisão, conseguindo escapar. Ele construiu uma fortaleza em cima da colina, seus homens que sobreviveram a pandemia retornaram para ao seu lado, sequestrando novas mulheres que mantem aprisionadas em um quarto trancado e supervisionado, como a mãe de Ginny que também foi levada por ele e mantida como garantia da lealdade da menina a ele.
- Precisamos libertar essas mulheres desse desgraçado. – Eunyu afirma visivelmente irritada.
- Ele quer a médica de vocês, vai perseguir vocês até tê-la, ir até lá para afrontá-lo é suicídio. – Ginny alerta.
- ELE NÃO VAI TÊ-LA!. – Grito assustando todos.
Respiro fundo e caminho para fora da casa, sigo até a varanda e me escoro no pilar de madeira, observo Areum um pouco mais distante, ajudando a irmã mais nova a plantar sementes na terra. O sorriso dela sempre me acalma, uma sensação de paz e uma vontade de beija-la. Escuto passos atrás de mim se aproximarem, mantenho a postura sem desviar o olhar da minha principal atenção.
- Se quer protege-la, leve ela para longe e garanta que ele não a encontre. – A pequena espiã diz ao meu lado. – Eu realmente não quero que ele a machuque... Dra. Areum é uma boa pessoa. – Confessa.
- Não vou deixar que ninguém a machuque. – Afirmo. – Ninguém. – Reafirmo antes de me afastar.
Caminho pelo o gramado, forço a visão notando que SeungHo estava abrindo o portão e Areum passando por ele, seguindo na direção de um homem caído, não sabíamos sobre a doença, mas a única coisa que todos tinham conhecimento é que não devemos nos aproximar de quem for mordido. Corro na direção dela e atravesso o portão, ergo ela do chão rapidamente, colocando para trás de mim para longe do homem desconhecido.
- O que está fazendo?. – Questiono assustado. – Ele está infectado, volte para dentro!. – Mando.
O homem abre os olhos, suas pupilas estavam embranquecidas como se tivesse catarata, franzia o nariz, farejando o nosso cheiro e range os dentes. Ele grunhe quando nota a nossa presença. Aperto o meu braço ao redor do corpo dela atrás de mim de forma protetora. Engulo em seco e a empurro para trás quando o homem pula para cima de mim, seguro em seus pulsos e mantenho o seu corpo distante, ele impulsionava o rosto para próximo ao meu pulso tentando abocanhar no local. Empurro o homem e ergo minha perna, chutando o seu abdômen logo o derrubando para trás. Seguro na mão de Areum e corro com ela para dentro da área da cerca de sua família. Me afasto e ajudo SeungHo a fechar o portão novamente, suspiro aliviado quando consigo mantê-la segura. Viro – me para o rapaz ao meu lado, fecho o punho direito e acerto um soco em seu rosto, derrubando ele no chão.
- Você está louco?! Como deixa ela seguir até a morte assim?!. – Esbravejo. Areum rapidamente se posiciona a minha frente, colocando suas mãos em meu peito para me afastar do rapaz enquanto meu sangue fervia de raiva. – É tão idiota assim?!. – Grito.
- Euntak!. – Ela repreende. - SeungHo, me desculpa.. – Areum lamenta e segura em minha mão, me puxando para longe dele.
Sentia uma ira dentro de meu corpo, minhas mãos tremiam involuntariamente, minha respiração está ofegante. Não conseguia focar minha mente ou ao nosso redor que não percebi como paramos dentro do quarto de Areum, ela fecha a porta atrás de nós e para a minha frente, esperando uma explicação, mas a expressão em seu rosto não demonstrava raiva, seus olhos transmitiam preocupação e confusão.
- Euntak.. Conversa comigo, você não é assim, eu sei que estamos todos passando por um momento difícil, perdemos pessoas, mas por favor, se abre comigo. – Ela pede. - O que está te sufocando?. – Pergunta preocupada.
- Você. – Respondo e suspiro. – Eu quero poder te abraçar e te beijar, quero poder dizer e demonstrar meus sentimentos sem me preocupar que isso te afastaria, eu quero te manter segura, te proteger e não deixar que ninguém te toque além de mim, eu quero que você sinta o mesmo... – Cada palavra que saía de minha boca me causava palpitações. – Eu te amo. Amo muito e profundamente. – Confesso olhando diretamente em seus olhos. Engulo em seco e respiro fundo.
O silêncio e sua expressão de confusão me apavoram, até que lágrimas começam a escorrer pelo o seu rosto, como socos em meu estômago. Ela dá um passo e para, assentindo e sorri entre lágrimas, suas covinhas que amo tanto aparecem. Me aproximo e seguro em seu rosto, juntando nossos lábios, ela retribui de imediato fechando os seus olhos entregue, passo o braço direto ao redor de seu corpo, pressionando no final de suas costas, trazendo seu corpo para próximo ao meu, mantenho a outra mão em seu rosto e acaricio seu rosto. Sinto seu braço esquerdo abraçar minha cintura e sua outra mão segurar em meu pescoço, ajudando em seu equilíbrio por estar nas pontas dos pés por conta da diferença de altura. Acaricio a minha mão em seu cabelo, puxando seu corpo para mais perto, sentindo seus braços me envolverem em um abraço, podia sentir seus lábios sorrirem junto aos meus. Entreabro os olhos para poder confirmar que aquele momento é real, Areum olha em meus olhos ainda com o seu lindo sorriso, envolvo meus braços ao redor de sua cintura enquanto ela abraça o meu pescoço, sorrio e junto nossos lábios em um beijo outra vez que novamente é retribuído, alterando entre selinhos e sorrisos, pressiono seu corpo contra o meu, segurando ela firme em meus braços.
- Eu te amo. - Confessa e esconde seu rosto na curva de meu pescoço.
Resmungo ao recordar que teríamos que retornar até o restante do grupo, ela ainda está em perigo. Acaricio suas costas com a mão que está no local e deposito mais alguns selinhos em seus lábios.
- Temos que voltar. - Lembro com um tom triste.
- Espera. - Ela pede e se afasta, caminha até o seu roupeiro e retira uma pequena maleta, trazendo em suas mãos uma pequena pomada antisséptica e um bandaid. Areum segura na minha mão que acertei um soco no rosto de SeungHo, não havia notado mas estava com um pequeno ferimento esfoliado entre os dedos. Ela rapidamente começa a passar a pomada fazendo leves movimentos circulares espalhando o remédio no ferimento.
- Não brigue mais, por favor. - Ela pede abrindo a embalagem do bandaid e colando em cima do pequeno ferimento. - Como vou segurar em sua mão se ela estiver machucada?. - Provoca.
Nego com a cabeça de imediato e seguro em sua mão arrancando uma gargalhada dela que se diverte com o resultado de sua provocação. Caminhando para fora do quarto, encontramos todos na sala planejando a emboscada para resgatar as prisioneiras de Kris e destruir a sua fortaleza para amedronta-lo. Impressionante, eles haviam posicionado uma boa reunião em curto tempo, e, com direito a quadro branco com plano desenhado e detalhadamente explicado, mas o que me incomoda, é que todos os nomes estavam escritos no quadro branco. Meu irmão e Jinyoung entrariam pela a frente com Ginny, Eunyu e Woo Tak derrubariam os guardas do lado de fora ao redor do muro para entrarem pelo os fundos, SeungHo e eu entraríamos pela as janelas dos quartos, limpando os corredores para guiar Jennie e Areum até o quarto das meninas, Soobin e Jieun observariam nos carros de plantão para avisar qualquer movimentação suspeita. Todos nos olhavam esperando uma resposta se concordávamos, assenti escolhendo confiar no grupo. Ginny me encara e balança a cabeça negativamente de forma desapontadora, mas não me arrependo de minha escolha.[03:00hr]
Jennie parecia bem nervosa com o início do plano, recusou a me deixar ficar com o rádio comunicador para ter notícias do meu irmão, como Ginny havia alertado, Kris tenta negociar com meu irmão e Jinyoung sobre as garotas, que daria a eles proteção e sustento, além de informação sobre a pandemia em troca das nossas amigas e namoradas, ambos começam a enrolar o líder que tagarelava sobre coisas nojentas e absurdas. Eunyu escutava no outro canal de comunicação que está no rádio de SeungHo como havíamos combinado, avisando que foi surpreendente fácil derrubar os poucos soldados ao redor do muro, essa informação me incomoda um pouco. Areum acaricia a minha mão e assenti, seguimos para o próximo passo de invadir. A fortaleza de Kris é em cima do topo de uma colina, cercada por muros de grade como de uma prisão, a casa havia um formato diferente, pareciam containers empilhados um sobre o outro com janelas e pouca iluminação, a segurança do local é bem questionável. Caminhamos ao redor do primeiro andar de container, havia uma janela que parecia ter sido cortada apenas um grande quadrado feito por eles. Retiro o meu casaco e coloco sobre a base da janela mal feita, não queria que ninguém pegasse tétano, ergo o rosto e olho ao redor do quarto conferindo que está vazio, apoio as mãos na base da janela, forçando meus braços enrijecidos e impulsionando meu corpo para dentro do quarto. Viro – me e estico as mãos para a Areum que ergue os braços, seguro em seu tronco, abraçando e a ergo para cima, seguro ela em meu colo e a coloco para dentro no quarto, suas mãos apertam um pouco os meus braços, posso notar seu rosto ruborizar com o toque, sorrio e deposito um selinho rápido em seus lábios.
- Namorem depois!. – Apressa SeungHo.
- Fique quieto. – Repreendo. – Jennie, sua vez. – Chamo.
A garota repensa um pouco quando ergue os braços e os abaixa novamente, SeungHo oferece para erguê-la mas ela rapidamente se afasta assustada, Areum parece sentir que sua irmã não está bem e estica a sua mão pela a janela para que Jennie segure, a garota segura na mão da irmã e segura com a sua outra mão a minha, inclino meu tronco para fora da janela e seguro com a outra mão livre em seu antebraço, puxando o corpo dela para cima respeitando o seu limite de toque, Areum abraça a cintura da irmã e a ajudo puxar Jennie para dentro, rapidamente SeungHo pula a janela sem dificuldade, um pouco suspeito essa habilidade de invasão. Conferimos pelo o rádio que minha cunhada guardava o aparelho eletrônico com cuidado que meu irmão e Jinyoung ainda enrolavam o mal caráter, dando espaço para ele palestrar sobre sua crueldade. Assenti e nos aproximamos da porta, seguro na maçaneta com cuidado e giro suavemente, abrindo uma pequena fresta, confiro em cada ângulo de visão que o corredor está vazio, caminho na frente pelo o corredor sendo seguido pelo os três, Ginny nos contou que o quarto das mulheres é o último e com uma porta vermelha, havia cinco quartos, quatro deles as suas portas eram pretas como o corredor, no teto apenas uma luz também na cor vermelha, atrapalhava a iluminação do local, o interior parecia um bordel, seria essa a intenção daquele maluco?
A porta vermelha estava apenas encostada, como se alguém tivesse deixado aberta, estranho, paro em frente ao quarto e abro a porta, o cômodo estava escuro, procuro o interruptor de luz, acendo e revela um grande grupo de mulheres encolhidas no canto esquerdo do quarto, assustadas. SeungHo entra no quarto parando ao meu lado, sua expressão de horror é a mesma que a minha. Jennie e Areum continuam no corredor por segurança, ergo as mãos em sinal de paz que não iria machucar nenhuma das prisioneiras.
- Olá.. Eu sou Euntak, sou residente em medicina do último ano, eu vim ajudar vocês a saírem com os meus amigos. Ginny nos mandou, a mãe dela está?. – Pergunto com as mãos posicionadas em frente ao meu rosto, dando passos devagar para próximo a elas.
- Ginny? Ginny Wu nos prendeu aqui. – Uma garota de cabelos curto em tom de castanho escuro, seu tom de pele parecia estar ainda mais pálido pela a desidratação evidente. Seus lábios estavam cortados e ressecados.
Observo ao redor e todas pareciam apresentar os mesmos sinais de desidratação e de agressão, mas todas tinham o mesmo padrão de beleza, baixas, cabelos escuros, pele clara, rosto em formato redondo, elas se pareciam com a..
- AREUM!. – Chamo e viro –me rapidamente de frente para a porta.
- Eu te avisei para levar ela para longe. – Ginny afronta parada na porta e a fecha na minha frente.