Capítulo XIX

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"Estou com medo de viver, mas estou com medo de morrerE se a vida é dor, então eu enterrei a minha há muito tempo atrásMas eu continuo vivo"

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"Estou com medo de viver, mas estou com medo de morrer
E se a vida é dor, então eu enterrei a minha há muito tempo atrás
Mas eu continuo vivo"

A gente sempre quer acreditar que as coisas não podem piorar, mas, de alguma forma, elas sempre pioram. Judy estava aconchegada nos meus braços, recém-alimentada e tranquila, quando o som seco dos tiros rasgou o ar. Um calafrio percorreu minha espinha. Instintivamente, entreguei Judy para Beth e a olhei firme nos olhos.

- Fica na cela e não sai por nada, entendeu?

Beth assentiu com medo nos olhos, e eu saí correndo, pegando minha arma no caminho. Ao virar o corredor, encontrei Carl e Maggie já armados, prontos para o que quer que estivesse vindo.

- Vamos! - gritei.

Saímos para fora e o caos estava instaurado. O Governador não só nos atacava, como também derrubara parte das cercas, e um caminhão lotado de zumbis já despejava sua carga. Os portões, que deveriam nos proteger, agora eram inúteis. Os mortos saíam um por um, se espalhando pelo pátio como uma maré de destruição.

Todos nós lutávamos, cada um por sua vida. Michonne já estava em ação, a katana dela cortando o ar em um arco letal. Com um movimento preciso, ela arrancou a cabeça de um zumbi, o corpo desabando sem vida. Respirei fundo, me concentrei, e mirei rápido na testa de outro que vinha em nossa direção. O disparo ecoou e ele caiu imediatamente, como uma pedra.

Ao meu lado, Maggie lutava corpo a corpo com um zumbi, ofegante e com os olhos cheios de fúria. Sem hesitar, corri até ela. Segurei o zumbi pelos poucos cabelos que lhe restavam e cravei meu canivete no ouvido da criatura com toda a força que consegui reunir. O monstro se contorceu e caiu.

- Valeu - Maggie disse, ofegante, com um sorriso rápido - Cadê o Rick?

Olhei ao redor, o coração acelerado. Onde estava meu pai? Não havia sinal dele em meio à batalha. Antes que o pânico me tomasse, avistei alguém que fez meu peito disparar, mas de alegria. Daryl. Ele vinha em nossa direção, silencioso como sempre.

Sem pensar, corri até ele e me joguei em seus braços, prendendo-me ao seu pescoço com força.

- Nem fiquei tanto tempo assim fora, baixinha - ele disse com aquele sorriso torto, bagunçando meu cabelo de leve.

- Ainda bem que você voltou. Estamos precisando de toda a ajuda que conseguir - Olhei ao redor, tentando avaliar a situação. - O Governador... ele está tentando nos destruir.

Daryl me soltou e passou a mão no cabo da besta, o olhar já voltado para o campo de batalha.Corpos de zumbis espalhados por nosso campo, antes limpo e seguro. O ex-presidiário que estava conosco agora jaz no chão, com um tiro na cabeça, bem na frente da Carol, que ainda mal havia tido tempo de respirar. Ela, que meu pai tinha encontrado apenas horas antes. Nem sequer tivemos tempo de celebrar o fato de tê-la de volta conosco. Quem realmente ficou feliz foi Daryl, que agora podia reencontrar sua amiga de longa data.

PLATONIK - 𝒕𝒉𝒆 𝒘𝒂𝒍𝒌𝒊𝒏𝒈 𝒅𝒆𝒂𝒅Onde histórias criam vida. Descubra agora