Capítulo XXI

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"Estou sozinho nos meus pensamentosProcurando por amor na cama de uma estranhaMas eu não acho que vou achá-loPorque só você poderia preencher esse espaço vazio

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"Estou sozinho nos meus pensamentos
Procurando por amor na cama de uma estranha
Mas eu não acho que vou achá-lo
Porque só você poderia preencher esse espaço vazio."


AVISO: Observação do capítulo: conterá conteúdo sexual 🔞 caso não se interesse ou não goste, favor pular a cena, já que é apenas uma parte.

A noite estava tranquila, e eu estava deitada em minha cela, com um dos meus livros nas mãos. O bercinho de Judith agora ficava com meu pai. Ele havia decidido que queria assumir a responsabilidade e me liberar um pouco; dizia que eu e Carl não deveríamos cuidar dela o tempo todo. Era uma tentativa dele de trazer algum conforto e estabilidade para nós. Enquanto eu mergulhava na leitura, a porta se abriu de leve, e Carl entrou, parecendo nervoso.

Ele olhou para mim, hesitante, mas acabou falando: 
- Hoje eu vi a Carol ensinando as crianças a usar facas - Ele fez uma pausa, tentando avaliar minha reação. 
- Você acha que devemos contar para o papai? - perguntei, observando seu rosto, que logo assumiu um ar sombrio. 
- Não sei. Nosso pai quer que a gente ainda seja... - ele hesitou - ... crianças inocentes. Mas no mundo de hoje, se formos assim, acabaremos como a Sophia. - A lembrança da amiga perdida tornou seu olhar distante, e ele suspirou - A Carol está certa.

As palavras dele ecoaram no silêncio da cela, e eu entendi o que ele queria dizer. 
- Você tem razão. Papai quer recriar o que tínhamos, mas aquilo acabou. Precisamos estar prontos para sobreviver, seja o que for preciso.

Carl assentiu, os olhos agora mais decididos. 
- Então, guardamos segredo? - Ele estendeu a mão, e fizemos nosso toque especial, selando o acordo com um sorriso cúmplice.

Arrumei minha coberta debaixo do braço e dei um meio sorriso. 
- E, por falar nisso, hoje não vou dormir aqui. Vou passar a noite com a Charly. Vê se não abre esse bico, hein? 

- Ah, claro, claro. Só porque você pediu com jeitinho - ele abriu um sorriso travesso

Revirei os olhos e dei um tapinha de leve no ombro dele. Ao sair da cela, esperei um instante, verificando se havia alguém no corredor, e, ao ver que estava vazio, segui para o bloco ao lado. A sensação de liberdade e aventura fazia meu coração bater mais forte. Cheguei à cela de Charlotte, e ela já estava me esperando. Assim que me viu, abriu um sorriso radiante e me puxou pelo pescoço, enchendo meu rosto de beijos rápidos que me fizeram rir.

- Demorou, estava quase indo te buscar! - Ela sussurrou entre risos.

Charlotte dividia a cela com a irmã mais velha, mas a convenceu de passar essa noite com o pai delas. Fechamos a grade da cela e coloquei meu cobertor pendurado, criando um mínimo de privacidade. O espaço era pequeno, mas acolhedor, e logo estávamos deitadas, dividindo a cama estreita.

PLATONIK - 𝒕𝒉𝒆 𝒘𝒂𝒍𝒌𝒊𝒏𝒈 𝒅𝒆𝒂𝒅Onde histórias criam vida. Descubra agora