Capítulo XX

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"E você está de pé no limite, encarePorque você nasceu para issoUm coração pulsante de rochaVocê precisa ser muito frioPara vencer neste mundo

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"E você está de pé no limite, encare
Porque você nasceu para isso
Um coração pulsante de rocha
Você precisa ser muito frio
Para vencer neste mundo."

Quando abri os olhos, minha visão estava um pouco embaçada, mas aos poucos foi voltando ao normal. Senti uma forte dor na cabeça e ao tentar me mexer, percebi que estava presa a uma cadeira, com os braços para trás e um pano amarrado na minha boca. Olhei ao redor e estou em uma sala escura com apenas uma luz sobre mim. Ouvi o barulho de uma porta se abrir e em seguida passos, até que finalmente ele se aproximou o suficiente da claridade para que eu consiga vê-lo. O mesmo rosto, com um tampão no olho esquerdo. É ele, o tão falado Governador. Ele deu um sorrisinho sarcástico e me mostrou uma faca nas mãos, se ele queria me causar medo, eu não iria demonstrar.
Ao se aproximar ele tirou a mordaça da minha boca, me permitindo respirar melhor.
- Gostou do seu soninho? - ele riu sarcástico - que tal me contar seu nome?

- Meredith Grimes....e eu vou matar você - eu cuspi nele - se não for eu, vai ser o meu pai

- Oh querida, entra na fila - ele passou a mão no meu rosto - você então é a filha do Grimes, seu pai parecia mesmo se importar com vocês, mas não cumpriu o acordo e preferiu não entregar a Michonne e mandou aquele bobalhão lá. Vocês acreditaram mesmo que eu cairia no Papinho do Merle?! - negou com a cabeça - mas você pode ser um trunfo

- Meu pai vai acabar com você, seu desgraçado - eu tentei me soltar mas ele segurou meu rosto com força

- Xiiii, não gaste sua energia queridinha. Daqui você não sairá viva - ele olhou no fundo dos meus olhos e colocou a faca no meu pescoço - será que seu querido paizinho sentirá sua falta?

- Vai a merda - eu disse mantendo o olhar fixo nele - eu não tenho medo. Quer me matar? Pode matar...mas prepare-se para o seu próprio velório - sorri cínica

Ele fez sinal e então um outro homem entrou e me desferiu um soco tão forte que tudo ficou preto novamente.

Quando voltei a consciência, uma voz distante me chamava. Abri os olhos devagar, sentindo não apenas a dor de cabeça, mas também um latejar agudo no olho, resultado do soco que levei. Levantei a cabeça lentamente e, com a visão voltando aos poucos, vi Andreia presa em uma cadeira à minha frente. Ao meu lado, um homem estava amarrado, os braços atrás das costas.

- Você está bem? Philipe fez alguma coisa com você? - ela perguntou, conseguindo remover a mordaça com os dentes. Apenas acenei, tentando me concentrar.

- Vou tentar tirar a gente daqui, tá? - ela disse, determinada, e eu concordei com um gesto.

Porém, havia um grande problema: o homem preso ao meu lado estava gravemente ferido e perdendo muito sangue. O temor crescia em meu peito, a possibilidade de ele se tornar um zumbi a qualquer momento pairava como uma sombra. Comecei a tentar me soltar, puxando os braços com desespero, mas o nó estava tão apertado que não consegui progredir.

PLATONIK - 𝒕𝒉𝒆 𝒘𝒂𝒍𝒌𝒊𝒏𝒈 𝒅𝒆𝒂𝒅Onde histórias criam vida. Descubra agora