Capítulo 5

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   Anthony, ou Starmorning não era o único a se sentir estranho em relação ao que estava acontecendo naquele momento. Seus parceiros também estavam com pressentimentos ruins sobre o que poderia estar havendo, já que eles estavam apenas seguindo um garoto estranho com o rosto todo coberto. E isso era logo após cada um deles ter achado um objeto estranho e antigo que lhe deram poderes literalmente divinos.

   Todos eles queriam muito saber quando foi que sofreram um acidente coletivo para aparentemente estivessem na mesma realidade paralela, ou então em qual hospício psiquiátrico eles estariam trancados a sete chaves para estarem tendo a mesma histeria coletiva em relação a tudo isso.

   Anthony acreditava em muitas coisas desde pequeno, principalmente em seres místicos como os da mitologia grega, como os que sua mãe vivia contando quando ele era apenas uma criança pequena. A sua história favorita sem dúvidas era de Dionísio, o Deus do vinho, e a que ele mais odiava era a de Medusa, onde contava o horror de uma mulher violentada que foi traída pela Deusa que tanto amava. Porém, mesmo assim, mesmo sendo um estudante de magia, servente de deuses como Hécate, Ártemis, Afrodite e Apolo, ele ainda não conseguia acreditar que realmente tinha sido escolhido para um bem maior dessa forma.

   Acreditar em jóias mágicas parecia ser algo demais, até mesmo para Anthony.

   E se mesmo para Anthony, que se intitulava um bruxo, aquelas coisas pareciam loucura, para os outros dois ateus estava sendo bem pior do que dava para se imaginar, visto que nenhum deles acreditava em nada além do que a ciência conseguiria comprovar.

   — Sejam muito bem-vindos, jovens escolhidos. — Diana fez uma mera reverência, até porque querendo ou não, os Guardiões estavam tecnicamente em um grau maior de hierarquia — Pensei que chegariam mais cedo.

   — Me desculpe, senhora Diana, que foi um pouco complicado para juntar todos eles em um só local. — Shadowhunter se desculpa. Ele entende que ter passado do combinado poderia ter causado um enorme problema, mas o fato de todos estarem bem ali já era algo que se podia comemorar.

   — Está tudo bem. Vamos entrando, crianças. — Diana deu as costas e começou a andar de volta para dentro de sua casa.

   Os jovens a acompanham e quando entram na casa eles vêem de primeira algo bem comum. As mobílias e todo o resto pareciam ser de uma velha senhora de cem anos, mas tirando isso, nada parecia fora do normal, pelo menos até Diana fazer um gesto com uma de suas mãos, modificando toda aquela sala de senhorinha para o que parecia ser um quartel general feito com bilhares de dólares investidos.

   As mobílias sumiram e se transformaram em um enorme espaço de treinamento. Algumas armas surgiram nos cantos das paredes quando as janelas se fecharam e alguns armários se tornaram o que parecia ser bonecos estranhos de luta. Tudo aquilo estava sendo muito, muito estranho, entretanto, os jovens Guardiões estavam amando ver aquilo.

   Essa teria sido sem dúvidas a melhor coisa que eles já viram em todos os seus anos.

   — Agora, se desfaçam suas transformações. Quero que fiquem normais, sem traje ou poderes divinos. — o que Diana falou deixou os jovens bem confusos.

   — Mas pensei que os trajes... — Anthony estava prestes a questioná-la quando foi interrompido.

   — O traje de vocês é apenas para que os civis e humanos em geral não saibam quem são, mas os Guardiões são uma família, e uma família não esconde segredos.

   — Como fazemos isso? — Lady Hunter não estava pronta para isso, mas queria saber onde tudo isso chegaria — Tem frase de efeito ou sei lá?

   — Apenas se imagem sem o traje e pronto.

GUARDIÕES: Chamas da justiçaOnde histórias criam vida. Descubra agora