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Madeleine

Deito na cama sozinha, pensando em como as coisas ontem saíram melhor do que eu esperava. Foi o máximo que Oliver e eu conversamos desde que cheguei aqui.

Tentei agir como se estivesse tudo bem enquanto ele me guiava para ver todas as casas do portfólio,mas meu coração não estava com ele. É difícil imaginar viver em uma casa com alguém quando você não sabe quais são seus sentimentos.

A maioria das casas era de tirar o fôlego, mas eu quero mais do que apenas uma casa. Eu quero o pacote inteiro, incluindo Oliver. Não há um vislumbre do homem que eu conheci no bar.

Ele ergueu um muro e não o vejo cair tão cedo. Temo que ele se ressinta por não ter contado antes sobre o bebê. Eu deveria ter ido procura-lo assim que
descobri, mas o medo me fez parar.

Esta manhã parece ser a mesma do dia anterior. Eu e o bebê sozinhos nesta cama. Ele ainda está insistindo que temos que dormir juntos. A cama é gigante. Você poderia incluir mais algumas pessoas
se quisesse. Oliver faz uso do espaço dormindo o mais longe possível de mim.

Estendo minha mão para esfregar minha barriga, porque isso sempre me faz feliz. Um sorriso surge no meu rosto, sabendo que hoje é o dia em que verei o pequeno ser que cresce dentro de mim e descobrir se estou tendo um menino ou uma menina. Não importa para mim o que seja, desde que o bebê seja saudável.

Uma ligeira batida na porta me interrompe dos meus pensamentos quando Oliver começa a empurrar a porta do quarto.

— Maddie? — A voz profunda de Oliver soa sobre mim, me deixando excitada.

Esses hormônios da gravidez estão realmente me
afetando. Ou talvez seja Oliver quem está fazendo isso. Ele tem um efeito sobre mim como ninguém mais tem. Por isso lhe dei a minha virgindade no dia em que o encontrei naquele bar, depois de conhecê-
lo por uma hora.

Eu provavelmente deveria me cobrir. Jogo o cobertor fora para poder ver minha barriga. Minha camisola subiu e minha calcinha está exposta, mas eu decido que vou ficar exatamente como estou,
esperando que isso possa acender algo em Oliver. Rezando para que ele tenha algum tipo de reação a mim.

— Estou aqui. — A porta se abre e eu observo enquanto ele me examina.

Seus olhos se enchem de luxúria enquanto eu continuo esfregando indiferentemente minha barriga. Ele rapidamente desvia os olhos, os afastando de mim, mas não antes que eu veja a ereção que ele está ostentando.

— Você achou que encontraria mais alguém em sua cama? — Eu meio que o provoco.

Ciúme corre através de mim. Por que ele tinha
que dizer meu nome? Quem mais estaria em sua cama? Eu reprimo minha raiva, sabendo novamente que são os hormônios. Também pode ser uma mistura de não saber onde estamos. Suas mudanças de humor quente e frio estão me deixando louca.

— Eu não convido pessoas para minha casa. Exceto a família, e eu nem os convido para falar a verdade. Eles simplesmente aparecem,então não, eu não estava esperando outra pessoa. — Sua voz é áspera,
como se ele estivesse tentando se controlar.

Devo dizer a ele que preciso de ajuda para me vestir ou inventar alguma outra razão pela qual ele precise me tocar, mas saber que ele ainda está atraído por
mim é uma pequena vitória para mim esta manhã, e não quero pressioná-lo. Além disso, minha barriga não está tão grande assim.Ainda consigo fazer as coisas sozinha.

— Precisamos sair em uma hora.

— Eu vou me arrumar. — Suspiro, sentando-me na cama.

— Você acha que consegue comer?

— Você cozinhou?

Ele me dá um olhar envergonhado.

— Encomendei, mas posso tentar aprender. — Ele esfrega a mão pelo cabelo curto e posso dizer que meu comentário perturbou algo dentro dele.

— Você não precisa saber cozinhar. — Solto uma pequena risada, dando-lhe um sorriso. — Adoro cozinhar.

— Eu deveria saber cozinhar para você e o bebê.

— Então eu vou te ensinar um dia. — eu ofereço.

— Isso parece bom. — Finalmente recebo um sorriso dele.

É apenas metade de um, mas eu aceito. Ele é bonito para começar, mas quando ele sorri, ele tira o meu fôlego.

— Eu estarei pronta em alguns minutos. — Eu levanto da cama.

Seus olhos vagam por mim. Aquele pequeno sorriso sai de sua boca antes que ele se vire e saia do quarto. Que diabos? Eu sou a pessoa que deveria estar hormonal.

Não demorou muito tempo para me arrumar, já que eu decidi ir com calças de yoga novamente e puxar meu cabelo para cima em um coque em cima da minha cabeça.

Eu não me incomodo com maquiagem. Passei tantas horas em cadeiras de maquiagem que, se eu puder fugir sem ter que usar, eu o farei. Fico no closet enorme,debatendo qual camisa devo vestir. Eu preciso comprar mais roupas,mas sair em público não tinha sido uma opção em Los Angeles.

Agora que estou em Nova York e ninguém sabe ainda, devo sair e pegar algumas coisas. O pequeno incidente de helicóptero de Oliver jogou a meu favor de várias maneiras.

Pego uma de suas camisas de botão e a coloco enquanto calço meus sapatos e vou para a cozinha. Quando chego lá, Oliver está puxando as tampas dos recipientes para revelar uma mesa cheia de comida.

— Você pediu isso tudo? — Me acomodo em um dos assentos,pegando um pedaço de bacon.

— Eu não sabia do que você gostava. — Seus olhos observam o que estou vestindo e tenho certeza que ele gosta. Ele é tão difícil de ler.

— Bem, você não fala muito comigo, então... — Eu digo com a boca cheia de comida. Olho para Oliver, que não se sentou para comer comigo. Parece que eu bati nele. O choque está claro em seu rosto. —O que? Quero dizer, não sei nada sobre você. Você não sabe nada sobre mim e vamos arrumar uma casa. Ter um bebê.

Ele puxa uma cadeira e começa a conversar. Ele me diz tudo sobre si mesmo. Sento-me e ouço, agarrando-me a cada palavra que sua boca linda pronuncia.

— Coma ou eu vou parar de falar. — Ele empilha mais comida no meu prato.

Pego um garfo e como, querendo saber todos os detalhes sobre ele que ele está disposto a me contar.
Quando ele fala sobre sua família, seu rosto se ilumina. Cada coisa que ele diz sobre eles me faz apaixonar-me mais por ele.

Eu sei neste momento que ele vai amar o nosso bebê. Só não tenho certeza se me encaixo nisso. Estou aqui porque tenho o bebê dele, não porque ele realmente quer que eu esteja, mas estar comigo é a coisa certa a
fazer em sua mente. Ele não menciona nenhuma outra mulher. É a família ou o trabalho dele. Nada mais.

— Você namora? — Eu empurro os ovos no meu prato.

— Não. Não desde a faculdade. Quem tem tempo? — Ele toma um gole de café.

— Só há tempo para uma noite? — Tento fazer parecer uma piada, mas falho.

Eu era modelo, não atriz, afinal.Ele não me responde. Eu levanto os olhos do meu prato para vê-
lo olhando para mim. Ele sempre olha, mas nunca me toca. Desde que ele invadiu meu apartamento e me beijou sem sentido.

— Nunca fiz isso também. — Ele se inclina para frente em sua cadeira. — Exceto você. Você é diferente. Você é... — Ele é interrompido quando o telefone toca.

Eu quero saber como eu sou diferente. Se ele também sente essa atração louca por mim, como eu
sinto por ele. Isso não faz sentido, porém, porque ele não consegue nem me tocar.

— O carro está aqui. — Ele se afasta da cadeira. — Vamos ver como está o nosso pequeno. — Ele puxa a cadeira para mim,novamente me fazendo pensar, se não fosse pelo bebê, eu estaria aqui?

Bebê secretoOnde histórias criam vida. Descubra agora