14

2.8K 269 5
                                    

Oliver

Eu não sei se já tive um padrão fixo de sensualidade em minha cabeça antes de conhecer Maddie, mas agora, se alguém perguntasse,eu diria que era uma mulher em seu quinto mês de gravidez esparramada na minha cama, vestindo nada mais do que um lençol,uma camisola minúscula e uma calcinha.

Engarrafe tudo e será mais potente que a pequena pílula azul. Não há mais problemas de ereção.O único desafio é fazer com que meu pau duro vá embora.Tento não olhar para ela, mas isso não ajuda, porque ainda consigo ver a imagem.

Queimando nas minhas retinas. Pode ser a única lembrança que terei pelo resto da minha vida, se tiver sorte. Mas mesmo que eu não pudesse vê-la, ou ter a imagem dela, eu posso ouvi-la. Ela tem uma voz baixa e gutural que arrepia minha espinha.

Tudo nela me deixa selvagem. Eu quero jogá-la no chão, subir em cima dela e estar dentro dela até ficarmos completamente exaustos.Não sei como vou sobreviver nos próximos meses dessa regra de não
tocar.

Meu humor está péssimo quando chegamos ao consultório médico. Maddie é direcionada para uma sala onde ela coloca um vestido e depois vem se juntar a mim em uma sala de espera privada.

— Vou me sentar aqui. — digo quando a enfermeira me pergunta se eu quero entrar.

— Sério? — A enfermeira pergunta, o lado de sua boca subindo com desdém.

Ao meu lado, Maddie faz um barulho pequeno e triste que parece uma faca cega contra o meu intestino. Se houver prêmios concedidos aos idiotas do mês, eles serão concedidos a mim, mas eu mal posso dizer a elas que, se eu entrar e tiver que ver a pele nua de Maddie e não conseguir tocá-la, posso ter um colapso mental.

— Não, eu estava brincando. — eu falo alto. Todos sabemos que eu não estava.

Quando nos levantamos, Maddie se afasta de mim. Ela quer o bebê, mas com certeza não me quer. Isso me faz querer socar a parede, mas essa enfermeira parece alguém que chamaria a polícia.Enfio minhas mãos nos bolsos da calça e dou a ambas um aceno
conciso.

— Vamos acabar com isso.

A enfermeira coloca um braço em torno de Maddie e a leva pelo corredor, mas não antes de me lançar um olhar mortal por cima do ombro. Olha a porra da boca, ela está dizendo. Ela não está errada.

Tenho um bebê chegando e uma mãe para cuidar. As necessidades do meu pau são a última coisa que eu deveria estar pensando. Ordeno-me a seguir Maddie até a sala de exames.

— De quanto tempo você está?

— Um pouco mais de vinte semanas. — Maddie diz enquanto se instala no que parece uma minicâmara de tortura com pequenas engenhocas de metal penduradas em cada extremidade da mesa.

— O que são essas coisas? — Aponto para os objetos prateados.

— Estribos. — exclama a enfermeira. — Você sentiu algum movimento?

— Acho que sim. Um pouco. — Maddie esfrega a mão sobre a barriga.

Eu sigo o movimento com intenso ciúme. Eu quero ser essa mão.Eu quero tocar essa barriga. Eu quero...

— Movimentos? — A palavra acabou de aparecer. — O bebê está se mexendo?

Corro para a mesa e quase a toco, apenas para lembrar no último segundo que ela está fora dos limites. Puxo minha mão de volta.

— Eu não estou doente. — Maddie retruca. — Você não vai engravidar se me tocar. Você não perderá seus privilégios de uma noite se reconhecer que estou tendo seu bebê.

Do que diabos ela está falando? — Primeiro, você é o único caso de uma noite que eu já tive e segundo, eu tenho um conhecimento prático de biologia. — respondo rigidamente.

— Uma noite, hein? Você fez um teste de DST? — A enfermeira entra.

— Sim.Ela é a única pessoa com quem eu já dormi sem proteção. —eu esbravejo.

— Uau. — A enfermeira levanta as mãos. — Você terá que controlar esse temperamento, senhor. Você precisa dos serviços sociais, querida? Eu posso pedir para ele sair.

— Você estava me encarando por não querer vir ate aqui e vê-la lidar com minha mulher e agora você está tentando me expulsar. Eu acho que não.

— Você provavelmente gostaria de ter as algemas agora. —Maddie bufa.

— Você está certa. — eu digo. — Eu nunca deveria tê-las tirado.

— Ok, é isso. Estou chamando a polícia.

— Não! Espere. — Grita Maddie.

O médico entra nesse exato momento.
— Podemos ouvir vocês dois nas salas do térreo e isso não é propício para exames. Todos iremos nos acalmar ou preciso chamar a segurança?

— Estamos calmos. — eu digo, sentindo tudo menos isso.

Meus instintos de luta foram acionados. Alguém está tentando tirar Maddie de mim. Estou prestes a empurrar a enfermeira e o médico, e fugir com Maddie.

Vou levá-la para o Canadá, escondê-la em uma cabana,aprender obstetrícia e trancar o resto do mundo do lado de fora. Nós não precisamos de ninguém.

— Sim, estamos bem. — A mão de Maddie desliza sobre a minha.

Eu me acalmo com esse contato. É a primeira vez que ela toma a iniciativa. Eu respiro fundo e viro minha mão para passar meus dedos pelos dela. Meu coração se acalma e minha raiva recua quando a
ameaça desaparece.

O médico se volta para a enfermeira com uma pergunta nos olhos. A enfermeira poderia arruinar isso para nós. A enfermeira poderia dizer algo. Eu me intrometo com uma risada falsa.

— Eu sou apenas um pai nervoso, esperando as notícias sobre o sexo do bebê.

— Quer um menino, não é? — O médico pergunta em um tom um pouco resignado.

— Não. Eu quero uma mini-Maddie. Alguém que eu possa mimar,já que a mãe dela não me permite.

Maddie funga. — Quem disse que eu não quero ser mimada?

Um sentimento quente me invade. Se ela quer ser mimada, deve gostar um pouco de mim.

— Isso será tudo que está por vir. — eu digo, e não estou brincando.

— Parece que tudo está bem na terra dos bebês. — anuncia o médico. Ele se senta em um banquinho com rodinhas e corre para a mesa. Ele pega um tubo de gel em uma bandeja próxima e entrega para mim. — Quer fazer as honras?

Olho para a barriga de Maddie que o médico descobriu e depois para a mão de Maddie que está bem ajustada na minha. Se eu posso tocar sua mão, então eu posso tocar sua barriga, certo? Eu posso fazer isso e não perder o controle total. Eu tento manter meu tremor no mínimo enquanto pego o gel.

— Aqueça entre as mãos antes de colocar. É gelado.

Eu faço o que ele pediu, observando os olhos de Maddie o tempo todo. Seus olhos acompanham meus movimentos enquanto rolo o tubo entre as palmas das mãos, abro o tubo e aperto um pouco em sua pequena barriga redonda.

Ela respira fundo quando o gel frio faz contato. O médico começa a correr um pequeno objeto sobre a barriga de Maddie e o som enche a sala. No começo, é um zumbido e depois um baque, baque.

— Esse é, oh, Oliver, esse é o nosso...

— Bebê. — eu termino em um sussurro, em choque. Caio de joelhos e pressiono meu rosto contra o dela. — Esse é o nosso bebê.

Deus, que milagre. Que maldito milagre. Eu nunca poderei perder Maddie ou esse bebê. Juro que nada os separará de mim.

Bebê secretoOnde histórias criam vida. Descubra agora