"A mais aguda de todas as angústias, o remorso, a impedia de encontrar um só minuto de descanso. "
— Orgulho e Preconceito.
Novembro de 1843
Carmem, Luna e Eliza estavam hospedadas em uma bela casa em Gloucestershire, onde Lorenzo tinha instalado a família, após conseguir a mão de Penelope em casamento.
Depois que seu pedido tinha sido aceito pela família de Penelope, Lorenzo enviou um recado para sua mãe e começou a organizar os preparativos para que as duas famílias se conhecessem. Alugou uma casa para ficarem durante algumas semanas próximos à Romney Hall, para que Penelope pudesse se acostumar com a presença de Eliza, Luna e Carmem em sua vida.
As mulheres se reuniam quase todos os dias e passavam as tardes tomando chá. Lorenzo precisou se ausentar pois tinha uma encomenda para levar até Nassau e pretendia retornar o mais rápido que conseguisse, para então agendarem a data do casamento dos dois.
Depois de passar a tarde toda em Romney Hall com Eliza, Luna e as mulheres da família Crane, Carmem chegou a conclusão de que estava certa do que precisava fazer.
Sabia que não era o certo, mas estava agoniada. Desesperada, se fosse colocar em palavras o que de fato estava sentindo. E com isso em mente, decidiu que precisava agir e o mais rápido possível. Precisava cuidar dos interesses de sua filha, que era a única coisa preciosa que ainda restava em sua vida.
Mentiu que precisava ir à vila próxima da casa onde estavam, para comprar alguns sais e então partiu sozinha para Romney Hall. Precisava conversar com a srta Crane sobre o escândalo e sobre como tudo aquilo havia acabado com a vida de sua filha. Precisava de ajuda e no momento, a única pessoa que poderia talvez agir em favor de Luna seria a srta Crane, que Carmem bem sabia que era muito afeiçoada a sua filha.
Penelope voltava de um de seus passeios pelos campos de Romney Hall quando foi informada pelo mordomo que a Sra. Gonzáles estava ali para vê-la.
Ela não pôde esconder a surpresa e o desagrado ao ouvir a novidade.
Ela sabia que a mulher não gostava dela, principalmente depois de Bath. E não tinha ideia do que ela poderia querer ali, sozinha e poucas horas depois de ter passado a tarde ali.
Estava despreparada para aquele encontro e entrou nervosa na sala de visitas da casa.
— Sra. Gonzáles — ela faz uma reverência — Como se encontra?
Carmem se levanta e sorri educadamente para Penelope. Não gostava muito da garota, a achava um pouco desenfreada, mas era a última chance de salvar sua filha.
— Srta Crane, estou bem e você?
Apesar de saber o que precisava fazer, ficou um tanto apreensiva.
— Precisava vê-la. Por isso retornei. Tenho um assunto importante para tratar e acho que você é a única pessoa que poderá me ajudar.
Penelope olhou para a mulher sem saber o que dizer.
— Estou bem — diz sem jeito, mas a verdade era que já estava curiosa sobre a razão da visita de Carmem — Entendo. Vou solicitar chá e biscoitos.
Ela nunca foi do tipo anfitriã.
— Não precisa — diz Carmem com um sorriso sem graça — Preciso ser breve.
— Certo. Em que posso ajudá-la?
Penelope indica para que ela se sente.
Carmem se senta novamente, apertando as mãos em frente ao corpo, nervosamente. Nunca pensou que chegaria naquele ponto e só de pensar nisso se sentia ainda mais humilhada e desesperada.
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𝘼 𝙋𝙧𝙤𝙢𝙚𝙨𝙨𝙖 𝙙𝙤 𝘾𝙖𝙥𝙞𝙩ã𝙤
FanfictionPenelope Crane nasceu do amor de Eloise Bridgerton e Sir Phillip Crane. Espirituosa, bela e inteligente, ela tinha tudo para ser uma das incomparáveis da temporada, mas seu temperamento esquentado e sua língua afiada a tornaram não só mais uma debu...