Capítulo 40

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Devia ser quase meio dia quando acordei, abri os olhos e a janela estava aberta mostrando um céu azul sem nuvens. Me sentei na cama e quando olhei para frente, levei um susto tão grande que não consegui nem gritar por conta do choque.

Bloomgate sentado em uma cadeira, com as pernas cruzadas me observando...

"Como você entrou aqui?"

"Você não me respondeu, não abriu a porta."

"Não foi essa a minha pergunta, Alan."

Disse brava. Ele mordeu o lábio inferior e reprimiu um sorriso.

"Qual é a graça?"

"Você fica linda quando está brava."

"Eu te fiz uma pergunta, como você entrou aqui?"

Disse me levantando.

"Pela porta, usando a chave."

"Usando a chave? Onde você conseguiu a chave do meu quarto?"

"Na recepção."

Respondeu tranquilamente, como se não fosse nada demais. Eu estava muito brava.

"Você só pode estar brincando comigo, Alan! Primeiro, me dê essa chave."

Disse estendendo a mão. Ele, muito a contragosto, enfiou a mão no bolso da jaqueta e tirou a chave me entregando logo em seguida.

"Segundo, a gente precisa ter uma conversa sobre esse seu comportamento. Não sei nem por onde começar! Nosso acordo era você respeitar minha privacidade, o que você fez? Ligações para o hotel, perguntando o que eu faço ou deixo de fazer, você acha que eu sou o quê? Tudo isso é medo de comprometer a sua investigação sobre a Hannah?"

O delegado levantou ficando frente a frente comigo.

"Faço o que faço, porque eu me preocupo com você."

"De novo essa história? Fala sério, Alan!"

"Estou cuidando do que é meu, S/N."

Dei uma risada sarcástica.

"Você é maluco, delegado. Perdeu o juízo? Cuidando do que é seu?"

"Sim, sou maluco por você e você é minha. Tem noção de como fiquei preocupado por não ter notícias suas?"

"Pode parar por aí. Você não vai trocar o foco dessa conversa. Alan, você precisa parar com isso. Precisa começar a me ouvir e respeitar meu espaço. Está passando dos limites e eu disse que quero ir com calma."

Ele parecia frustrado com o meu desabafo. Passou as mãos pelo cabelo e me fitou com seus olhos verdes.

"Eu gosto de você, eu quero ficar com você. Eu me preocupo com você."

Cada frase foi dita com ele dando um passo na minha direção, até ficarmos perto o bastante para sentir o seu cheiro. Aquele maldito frio na barriga, agora não era hora para isso. Ele tocou meu rosto e desceu para meu pescoço pressionando levemente.

"Eu sinto uma necessidade absurda de te proteger, de ter comigo, de fazê-la minha várias e várias vezes."

O delegado desceu as mãos me puxando de encontro a ele, eu sabia o que aquele controlador pretendia, por isso me afastei.

"Não, essa conversa ainda não acabou."

Alan não gostou nada de ser contrariado, seus olhos estavam num tom tão escuro que nunca tinha visto até então. Ele voltou a se aproximar e desta vez não tinha para onde ir a não ser pular na cama, não tive nem tempo. Suas mãos foram parar na minha cintura de modo firme o bastante para me manter no lugar. Eu vestia apenas um camisetão preto e quando ele desceu a mão esquerda pesada e percebeu isso, não perdeu tempo.

Eu ao invés de colocar um basta naquilo, só arfei quando o maldito levantou meu camisetão o jogando longe e me empurrou na cama. 

Não tive muito tempo para pensar, só de sentir suas mãos afastando minhas pernas e sua respiração quente no meu lugar mais sensível. Fechei os olhos e arquei as costas quando senti ser sugada com tamanho desespero, eu sabia naquele momento que não haveria resistência e não tinha mais volta.

O delegado estava faminto e parecia que não me daria trégua tão cedo. Sentia meu corpo frágil, sensível e Alan não se importou em continuar... Ele queria que o andar todo daquele hotel soubesse o que estava acontecendo no meu quarto, eu sequer tinha forças para gemer, minha voz estava rouca e falha. Meu peito estava tão acelerado que não conseguia sequer respirar direito.

Alan se afastou sem quebrar o contato visual comigo. Ele desafivelou o cinto devagar e tirou a calça. Por mais que ele tivesse sugado até as minhas forças, meu corpo reagia a ele de uma forma, que eu só percebi que abria as pernas para recebê-lo quando ele sorriu para mim e veio na minha direção.







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Após o Fim - DuskwoodOnde histórias criam vida. Descubra agora