Convidei as meninas para dançar, porém Cleo e Lilly recusaram. Fui para a pista e vi Jessy em um canto escuro, aos beijos com Sam; claramente, alguém estava curtindo a noite. Enquanto isso, Agnes e Dan dançavam no centro da pista, atraindo os olhares de todos.
Comecei a dançar ao som da música vibrante e então vi novamente o fantasma da ópera, encostado na parede com um copo de bebida na mão. Percebi que seus olhos eram de cores diferentes, o que indicava que estava usando lentes. Meu corpo se movia ao ritmo da música e, por um momento, parecia que não havia mais ninguém na pista de dança, apenas eu, dançando e fitando um estranho mascarado.
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O momento só se quebrou quando a música terminou e o DJ pegou o microfone para agitar a galera. O público gritava empolgado e pulava, olhei para o canto e novamente ele tinha sumido.
"Que foi vampirinha? Procurando alguém?" A ruiva tinha resolvido aparecer.
"Não vai me agradecer, Jessy?" Perguntei.
"Pelo quê?"
"Por ter avisado onde o Thor poderia te encontrar." Ela deu um sorriso. "Até que enfim, tirou o coitado do banho maria."
"S/N, que tal bebermos alguma coisa. Estou com a garganta meio seca." Disse desconversando.
"Será porque, né Jessy?" Ela revirou os olhos e mostrou a língua para mim.
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***
Tinha bebido um pouco mais do que deveria, por isso depois de ficar quase 30 minutos na fila para conseguir ir ao banheiro. Procurei por uma mesa vazia, mas estavam todas ocupadas, Jessy parecia ser a única ainda com energia para voltar a dançar. Lilly e Cleo tinham ido embora fazia alguns minutos e não encontrei o Jake em momento algum, o hacker estaria me evitando? Pensei.
Phil era outro que até então não tinha visto. Peguei o celular e mandei uma mensagem.
"Ei, senhor Aurora. Muito ocupado?"
Demorou alguns minutos até a mensagem ser visualizada e respondida.
"Oi docinho, e como. Os rapazes não estão dando conta."
"Eu imagino, não te vi ainda."
"Mas eu te vi, vampirinha. Se quiser tomar uma bebida mais quente, meu pescoço está à sua disposição. ;)"
Dei risada pelo comentário. Phil e suas cantadas.
Consegui encontrar uma cadeira disponível próximo ao balcão e me sentei ali. Sentia um calor absurdo e me contive para não sair do bar. Passei as mão pelos fios soltos do penteado que tinha feito no meu cabelo. Aquele vestido colado estava começando a me incomodar, levantei abruptamente e fui procurar algum lugar mais calmo e talvez com um ar-condicionado. Enquanto passava por alguns corredores era possível ver alguns casais se beijando, outros discutindo ou apenas descansando um pouco. Já estava desistindo e pensando em voltar para a festa quando achei um canto vazio, era um corredor estreito e tinha algumas pilhas de caixas vazias de bebidas no chão. Havia uma pequena janela de vidro na parede, e consegui sentir a brisa noturna de Duskwood passando pela janela.
Ainda era possível ouvir o som da música animada com uma pitada sensual ao fundo, me encostei na parede e dei um suspiro sentindo aos poucos meu corpo relaxar, escutei passos se aproximando e olhei rapidamente para ver quem era o intruso no meu cantinho de descanso. Não vi ninguém inicialmente e achei que tinha me enganado, mas então, olhei novamente e desta vez vi o fantasma da ópera, aquele com quem vinha trocando olhares.
Não saberia dizer se ele estava surpreso ou não de me ver ali. A máscara deixava apenas a boca à mostra e os olhos com aquelas lentes cinzentas também não revelavam quase nada. O homem se aproximou e pensei que ele diria alguma coisa, mas não. Parou na minha frente e deu um passo na minha direção de forma que ficamos parcialmente ocultos pelas caixas.
"Oi."
Ele não respondeu, apenas desceu os olhos pelo meu corpo parando no meu decote, e umedeceu os lábios com a língua em um movimento rápido. Me afastei da parede achando tudo aquilo desconfortável. Pretendia voltar para a festa, mas o mascarado deu mais um passo não me deixando passar.
"Eu preciso voltar para festa, com licença."
Nos olhamos e sua boca formou um sorriso malicioso. Aquela aproximação toda, a música, o calor estavam me deixando inquieta.
O desconhecido levantou a mão e tocou de forma delicada o meu braço. Senti o choque de temperatura. Seus dedos eram gélidos em contraste com a minha pele quente.
Não o repeli no início, era gostoso o toque e aqueles dedos descendo e subindo ao longo do meu braço, me fizeram ter um pensamento nada decente. Foi nessa hora que me afastei.
"A gente se conhece? "
Silêncio.
"Eu realmente preciso voltar."
Silêncio.
Ok, aquela situação estava sendo extremamente bizarra. Senti a parede contra as minhas costas e me vi encurralada. Ele se inclinou na direção do meu pescoço e inalou o cheiro, fechou os olhos como se estivesse apreciando e então, aquele par cinzento brilhante me fitou.
Suas mãos pousaram na minha cintura e desceram em sincronia até minhas coxas e repetiu o movimento, por uma... duas... três vezes. Em cada uma delas aumentando a força, até que arfei pelo susto quando senti as mãos curiosas subindo até parar nas minhas costelas.
Eu até o momento estava hipnotizada e sequer conseguia respirar direito. O contato visual, o sorriso ladino e então o beijo, um selar decidido... O mascarado deu uma leve mordida no meu lábio inferior e sua língua me tocou, me provocando. Eu apenas deixei que ele me beijasse, seu gosto era de whisky.
Gemi nos seus lábios quando o homem tocou minhas coxas tirando o vestido de renda do caminho. Suas mãos firmes alternavam entre os meus seios.
Me afastei de sua boca recuperando o fôlego e ele sem piedade alguma atacou meu pescoço e o decote com mordidas que me fizeram revirar os olhos, eu sabia que aquilo era loucura, sim... Mas...
Ele me pegou no colo repentinamente, quebrando meu pensamento e ficou entre minhas pernas. Meus seios foram esmagados pelo seu peitoral e novamente sua boca atacou a minha.
O contato era tamanho que senti seu membro rígido na calça, o mascarado se ajeitou de forma que eu o sentisse bem no meio das minhas pernas... Dei um suspiro trêmulo e a fricção dos tecidos naquele movimento que inicialmente começou desengonçado e desesperado me levou ao limite. Eu já não me importava mais de estar nos confins do bar com um desconhecido mascarado. Os gemidos aumentaram junto com os rosnados roucos que escapavam da garganta do homem, seus olhos estavam fechados, sua boca entreaberta, enquanto apenas se movia de maneira ritmada, me fazendo perder total controle. Eu estava quente como o inferno, mesmo a janela aberta e o vento frio nos tocando, estávamos envoltos no calor sôfrego da excitação. Sua boca tomou a minha novamente em um beijo obsceno, mas minha mente estava longe, concentrada apenas na fina camada de pano que nos separava, aquilo estava sendo a minha ruína. Mas nesse ponto já não dava mais a mínima.
"" Até o próximo capítulo e não se esqueçam de votar."" ;)
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Após o Fim - Duskwood
FanfictionApós a resolução do desaparecimento de Hannah Donfort, a relação com o grupo parece estranha e ninguém mais responde as mensagens ou demonstra querer manter contato. S/N resolve enfim voltar para sua própria realidade que até então foi deixada de l...