4. Reencontro

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Era um dia típico na estação, e eu estava no meio de um treino físico quando Halsey e Hailey chegaram com algumas doações. Halsey, com seu filho Ender de 5 meses, e Hailey, com Mel, trouxeram várias sacolas cheias de roupas.

— Lauren! — chamou Halsey, sorrindo enquanto se aproximava — Trouxemos algumas coisas para Camila e os filhos dela. Mel e Ender tinham algumas peças que não cabem mais, e Hailey trouxe algumas roupas dela mesma. Acho que ela vai gostar.

— Isso é incrível, meninas — parei o que estava fazendo e fui ao encontro delas — Camila vai ficar muito grata.

— Achamos que poderia ajudar — disse Hailey, colocando as sacolas na sala de doações — Com o inverno chegando, sabemos que eles precisam de roupas mais quentes. Tem lençóis, cobertas e meias novas também.

Mel correu até mim, com seus cachos dourados balançando enquanto ria. Eu me abaixei e a peguei no colo, dando-lhe um beijo na bochecha. Ela riu e se aconchegou no meu ombro, enquanto as duas organizavam as sacolas.

— Vocês são incríveis, de verdade. Vou ligar para Dinah e avisar sobre as doações — disse, ainda segurando a pequena.

— Estamos felizes em ajudar — Halsey sorriu — Vamos dar um passeio com os pequenos enquanto isso. Nos avise se precisar de mais alguma coisa.

Eu acenei enquanto elas saíam da sala, levando Mel e Ender com elas. Virei-me para a pilha de roupas e comecei a arrumá-las de forma organizada para que Camila pudesse ver tudo com facilidade. Antes de fazer a ligação para Dinah, porém, o alarme soou.

— Escada 10. Caminhão 10. Ambulância 10. Parte de um prédio em construção desabou em Chinatown. Há um operário pendurado.

— Atenção, equipe! Todos aos seus postos! — a voz do capitão soou.

Minha adrenalina disparou. Deixei as roupas e corri para o caminhão de bombeiros, encontrando meus colegas já em ação. Lucy estava ao lado do capitão, ambos com expressões sérias e focadas.

— Vamos, pessoal! Temos que ser rápidos — gritou ele enquanto subíamos no caminhão.

O caminho para Chinatown foi tenso. A equipe estava em silêncio, cada um de nós concentrado na tarefa que nos aguardava. Sabíamos que cada segundo contava, e a possibilidade de salvar uma vida dependia da nossa rapidez e eficiência.

Chegando ao local, a cena era caótica. Parte do prédio em construção havia desmoronado, e um homem estava pendurado precariamente de uma viga, gritando por ajuda. Outras pessoas no local estavam tentando manter a calma, mas o medo e a tensão eram palpáveis.

— Tenente Jauregui, Mars, vocês vão primeiro — ordenou Chris — Vives e Balvín, deem cobertura. Vamos tirar esse homem daí.

Equipados com nossos dispositivos de segurança, Bruno e eu começamos a nos aproximar do operário. A estrutura estava instável, e cada passo tinha que ser cuidadosamente calculado. Quando finalmente chegamos ao homem, ele estava visivelmente em pânico.

— Senhor, qual o seu nome e quantos anos você tem? — perguntei.

— Giovanni Bande, tenho 30! Me tirem daqui, por favor!

— Calma, estamos aqui para te ajudar — falei, tentando manter minha voz reconfortante — Vamos tirar você daqui.

Bruno começou a trabalhar rapidamente, preparando o equipamento de resgate. Com cuidado, colocamos um arnês de segurança no operário, garantindo que ele estivesse bem preso. Cada movimento precisava ser preciso para evitar qualquer desestabilização da estrutura.

Salve a Minha Vida (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora