13. Susto

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A primeira coisa que eu percebi ao abrir os olhos foi o brilho suave da luz do hospital filtrada pelas persianas. A dor, embora não esmagadora, era constante e penetrante, uma sensação aguda que parecia estar em todo o meu corpo. O cheiro de desinfetante e o som ocasional dos equipamentos médicos criavam uma sensação de desorientação.

A visão ainda estava um pouco embaçada, mas, à medida que minha consciência se ajustava, consegui distinguir duas figuras ao meu lado. Era minha mãe, com seus cabelos castanhos claros presos em um coque solto, e meu pai, com a expressão preocupada que só ele poderia ter.

— Lauren! — minha mãe exclamou com uma voz que estava quase em lágrimas — Graças a Deus, você acordou!

— Oh, filha, você está acordada! — meu pai disse, tentando manter a voz firme mas falhando em esconder a preocupação. Eu tentei levantar a mão para tocar o braço dela, mas uma dor aguda fez com que eu desistisse e me deitasse novamente.

— Oi, mama, papa — minha voz estava rouca e baixa, mas ainda suficiente para eles me ouvirem — O que aconteceu? Onde estou?

— Você está no hospital, Lauren — minha mãe respondeu, tentando soar calma — Houve uma explosão durante o incêndio e você desmaiou. Estávamos preocupados com você, mas o médico já está vindo para te explicar tudo com mais detalhes.

Eu tentei me lembrar do que havia acontecido, mas as memórias estavam turvas e fragmentadas. Apenas a imagem das chamas e o som da explosão estavam claros na minha mente.

— Onde estão os outros? — perguntei, minha voz falhando com a pergunta — O que aconteceu com Dua e a mulher com a criança?

— Eles estão bem, querida — meu pai disse, tentando confortar-me — A mulher e a criança foram resgatadas em segurança. E a sua amiga está bem também. Você foi a única que apagou.

— E a equipe? — eu insisti, tentando entender o alcance do ocorrido.

— Estão lá fora, esperando por notícias suas — minha mãe respondeu — Todos estão preocupados com você.

Foi então que a porta do quarto se abriu e um homem com uma expressão jovial entrou. Ele vestia um jaleco branco e tinha um olhar amigável e acolhedor.

— Olá, Lauren! Eu sou o Dr. Louis Tomlinson, o clínico geral que está cuidando de você hoje. Como você está se sentindo? — ele perguntou com um sorriso que parecia genuíno e reconfortante.

Eu tentei responder, mas a dor nas minhas mãos fez com que eu cerrasse os dentes. O médico parecia notar e ajustou a postura para falar com mais calma.

— Então, vamos fazer um resumo do que aconteceu. Durante o incêndio, você estava em uma área crítica quando houve uma explosão. O impacto foi o que causou o seu desmaio. Você tem algumas queimaduras de primeiro grau nas suas mãos e um pequeno corte na barriga devido ao vidro quebrado, que virou um ponto, mas fora isso, você está bem.

Ele fez uma pausa, observando a minha reação.

— Vou chamar o neurologista para te explicar os detalhes sobre a perda de consciência e garantir que tudo está bem com o seu cérebro.

A expectativa estava pesando sobre mim enquanto esperava pelo outro médico, e minha mente estava tentando juntar as peças do que havia acontecido. Minha mãe segurava minha mão, e meu pai estava sentado ao lado dela, com a expressão de quem estava aliviado por me ver acordada.

Pouco depois, uma nova figura entrou na sala. Era um jovem neurologista com um sorriso acolhedor e um olhar que parecia transmitir um conforto genuíno.

Salve a Minha Vida (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora