Salve a Minha Vida (Camren)

7. Alta Madrugada

FOTO DA PEQUENA LILY ACIMA.

A noite estava avançando, e o relógio marcava por volta da meia-noite. A torta de chocolate tinha sido um sucesso absoluto, e a conversa descontraída entre nós estava fluindo naturalmente. As risadas e o aroma do chocolate ainda pairavam no ar, enquanto Dinah e Normani se levantaram, avisando que precisavam ir para a cama para estarem bem dispostas para o trabalho na manhã seguinte.

— Branquela, muito obrigada por ter vindo — disse Dinah com um sorriso genuíno — Foi maravilhoso ter você aqui. E, como sempre, a torta de chocolate é um sucesso?

— Mas eu só vim pela torta, então com certeza — respondi rindo, começando a me levantar da mesa — E obrigada pelo convite. Foi ótimo estar aqui com todos vocês.

— E não se esqueça de que a porta está sempre aberta para você. Venha nos visitar sempre que quiser — Normani acenou e deu um sorriso.

— Com certeza!

O casal logo foi para o quarto. Enquanto isso, Camila estava lavando as louças.

— Posso ajudar? — ofereci, me aproximando da pia.

— Não, pode deixar. Eu cuido disso — ela disse — Mas, se você não estiver com pressa, quer conversar um pouco mais?

A ideia de passar mais tempo com Camila me deixou um pouco nervosa, mas também animada. O desejo de conhecê-la melhor estava crescendo dentro de mim, e eu realmente queria aproveitar esse momento.

— Claro — respondi, tentando esconder minha ansiedade com um sorriso natural. Ela terminou de lavar o último prato e secou as mãos em um pano.

— Vamos pra sacada? A vista lá de fora é linda à noite, e o clima está ótimo.

— Vamos — concordei, a seguindo.

Saímos para a sacada, um espaço aconchegante com uma vista deslumbrante de Nova Iorque iluminada à noite. A cidade estava vibrante lá embaixo, com as luzes piscando e criando um cenário urbano encantador. A brisa noturna era fresca e agradável, e o barulho distante dos carros e das conversas da cidade parecia uma música de fundo tranquila.

Camila se acomodou em uma das cadeiras confortáveis e eu me sentei ao seu lado. O ambiente estava calmo e sereno, uma pausa tranquila no meio da agitação da cidade. Ela estava com um casaco leve, que parecia mais para estilo do que para aquecimento, enquanto eu estava de jeans, uma camisa branca normal e minha jaqueta. O contraste de nossas roupas fez eu me sentir um pouco deslocada, mas também confortável na companhia dela.

— Eu amo a vista daqui — disse Camila, olhando para as luzes da cidade — Sempre me faz sentir que tudo está bem, mesmo nos dias difíceis.

— É realmente uma vista linda — concordei, olhando para a cidade abaixo — Deve ser maravilhoso ter isso todos os dias. Ela sorriu e apoiou os cotovelos nos joelhos, olhando para a paisagem com um olhar contemplativo.

— É um pouco como um refúgio, você sabe? Um lugar onde eu posso me perder e encontrar um pouco de paz.

Fiquei em silêncio por um momento, observando a cidade também. A tranquilidade do momento me fez refletir sobre o que estava sentindo, e eu me senti grata por estar ali, compartilhando essa noite com Camila.

— E você? O que faz você se sentir em paz? — perguntou Camila, quebrando o silêncio.

A pergunta me pegou de surpresa, e eu passei um tempo pensando antes de responder. A verdade era que eu nunca havia pensado muito sobre essas coisas, mas agora, sentada ao lado dela, parecia ser o momento certo para refletir.