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No dia seguinte, por volta das 10h, recebi a notícia de que poderia finalmente deixar o hospital. Dr. Louis Tomlinson passou no meu quarto cedo para fazer um último check-up, certificando-se de que eu estava realmente bem para ir para casa. Com um sorriso encorajador, ele me entregou os papéis da alta.

— Está pronta para ir para casa, tenente Jauregui — disse ele, assinando os documentos — Mas lembre-se de seguir todas as instruções que passamos para sua recuperação. De volta ao trabalho apenas após duas semanas.

— Obrigada, doutor — respondi, sentindo uma mistura de alívio e apreensão. Estava feliz por poder sair, mas sabia que a recuperação seria um processo lento e difícil.

Minha mãe chegou logo depois, pronta para me levar para casa. Clara trouxe uma muda de roupas confortáveis para eu trocar e me ajudou a me vestir com cuidado, evitando os pontos e as queimaduras.

— Está pronta, querida? — perguntou ela, segurando minha mão.

— Estou, mãe. Vamos para casa — respondi, tentando parecer confiante.

O caminho para casa foi tranquilo. Ela dirigiu com cuidado, lançando olhares preocupados para mim de tempos em tempos. Eu olhava pela janela, vendo a cidade passar, sentindo uma estranha sensação de desconexão. Tudo parecia diferente agora, como se o mundo tivesse mudado enquanto eu estava no hospital.

Quando chegamos à minha casa, minha mãe me ajudou a descer do carro e a entrar. Sentir o cheiro familiar do meu apartamento me trouxe um conforto imediato. Clara me conduziu até o sofá, onde me sentei com um suspiro de alívio.

— Vou pegar algumas coisas para você — disse ela, desaparecendo pela casa.

Enquanto esperava, olhei ao redor, notando o quão silenciosa e calma a casa estava. Era bom estar em casa, mas ao mesmo tempo, havia uma sensação de vazio. Não demorou muito para minha mãe voltar com uma almofada e um cobertor.

— Aqui, querida. Fique confortável — disse ela, colocando o cobertor sobre mim e ajustando a almofada.

— Obrigada, mama — sorri, sentindo-me cuidada. Clara se sentou ao meu lado, segurando minha mão novamente.

— Lauren, vou visitar você todos os dias para me certificar de que está se cuidando — disse ela com firmeza — Não quero que passe por isso sozinha.

— Você não precisa se preocupar tanto, mãe — respondi, tentando tranquilizá-la — Eu vou ficar bem.

— Eu sei, mas mesmo assim, estarei aqui — Clara insistiu, seu olhar determinado.

Não pude deixar de sorrir. Era típico da minha mãe querer cuidar de mim, mesmo quando eu insistia que estava bem.

— Certo, mama — concordei — Será bom ter você por perto.

Clara me deu um abraço carinhoso, tomando cuidado para não pressionar minhas feridas.

— Tudo vai ficar bem, Lauren. Um dia de cada vez — disse ela suavemente.

Passamos o resto da manhã conversando sobre coisas leves, tentando evitar tópicos que pudessem me estressar. Ela me ajudou a organizar alguns medicamentos e deixou tudo à mão, caso eu precisasse. Também deixou alguns lanches prontos na cozinha e anotou alguns números de emergência, só para garantir.

— Bom, acho que é isso — disse ela, se levantando — Vou para casa agora, mas volto mais tarde para jantar com você.

— Está bem, mãe. Obrigada por tudo — disse, sentindo uma onda de gratidão. Clara sorriu e me deu um beijo na testa antes de sair.

Salve a Minha Vida (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora