Autora on.

- É um belo nome..- John murmura baixo quando ela para de falar e ele entende o motivo.

O abutre estava no banco mais próximo e se levantou para se aproximar deles, ele ouviu quando ela prendeu a respiração, erguendo a arma ele esperou até que estivesse bem perto deles. E isso iria acontecer se o celular dele não tivesse tocado naquele momento, sem se importar com o lugar ele atendeu enquanto olhava para o confessionário.

- Meu senhor..- O abutre responde com um sorriso felino no rosto..- Ela está esperando o padre dentro do confessionário, talvez falem por código morse.

A expressão dele mudou e ele se afastou andando para a saída da igreja e somente quando estava longe ele a ouviu respirar novamente. John baixou a arma respirando fundo para acalmar os batimentos cardíacos e o fluxo de sangue que percorria todo o seu corpo.

- Qual é o seu nome?..- Ela pergunta ainda em sussurro.

John olhou para o lado antes de relaxar e descansar a arma sobre coxa.

- John.

- John?..- Ela perguntou, mas ele pode sentir a suavidade de sua voz e talvez um sorriso..- Agraciado por Deus.

Sua declaração pegou o próprio Baba-Yaga em confusão e surpreso.

- O que disse?.

- Seu nome, John, significa agraciado por deus..- Ela diz com certa animação..- É um bom nome, eu gosto dele.

- Obrigado.

O assassino respondeu sem saber como reagir. Nunca havia sido elogiado por seu nome antes, mesmo que esse não seja seu verdadeiro nome.

- Conte-me sobre esses demônios..- John tenta entrar no papel de padre naquele momento..- Como eles entraram em sua vida? Deixou de rezar uma ave-maria ou você os tentou com sua presença encantadora?.

Ele a ouviu rir um pouco antes de ser abafado, mesmo que tenha sido em som baixo foi encantador ouvir.

- Não, eu não esqueci de rezar, mas aparentemente minha alma foi vendida e nem vi isso acontecer e agora estou cercada de demônios.

Cercada? Isso era verdade, mas por pouco tempo.

- O que faria para se sentir segura novamente?..- John a pergunta..- Estaria disposta a qualquer coisa?.

Suas perguntas a fizeram ficar pensativa, pensando se realmente havia algo que ela pudesse oferecer. Mas ela não queria ser submetida a qualquer tipo de serviço forçado nem nada disso, tudo o que ela mais queria naquele momento era ir para bem longe e viver sua vida escondida e longe de todos, apenas ela e sua filha.

John esperava pela resposta dela, enquanto sua cabeça estava tendo uma certa luta interna sobre a moral e o desejo de tê-la para si. Era encantador a forma de como eles conversavam e ela não parecia nenhum pouco desconfortável, talvez seja a carência de alguma campainha de algum amigo, mesmo assim era cativante para ele. Se inclinando um pouco mais para frente, ele a olhou pelas frestas e viu que as lágrimas haviam removido maquiagem que ela escondia o machucado. Isso fez seu sangue esquentar e sua mão, inconscientemente, apertou a arma com força e o polegar lutou para não apertar o gatilho.

- Eu não sei, penso que se eu morrer tudo vai acabar..- Seu sussurro falhou quando sua garganta fechou e ela teve que respirar mais fundo que antes..- Mas penso na minha filha e não seria justo com ela se eu me matasse, não haveria consentimento da parte dela e muito menos da minha. Por favor, perdoe-me.

John ficou em silêncio escutando ela chorar baixo e soluçar, ele viu as pontas dos dedos passando pelas frestas do confessionário, as pontas estavam brancas de tantas pressão que ela botava e estavam geladas quando ele as tocou.

BABA YAGA E A BASTARDA - Plus Size.Onde histórias criam vida. Descubra agora