Autora on.
Pandora acendeu uma vela vermelha que tinha na igreja e fez uma pequena oração. Ela foi ao confessionário e sussurrou para o padre. Mesmo não vendo o seu rosto, ela ouviu sua respiração parar e ele gaguejar. Pandora disse que às vezes se sente suja e imunda, e por isso pediu para o padre lhe conceder uma punição.
O padre deu uma punição a ela, mas de uma forma leve. Ela devia orar uma ave-maria todas às vezes que levantar por sete dias e um pai nosso antes de dormir por sete dias também. E ele a repreende dizendo que ela não tinha culpa de nada, e que ela não devia se sentir daquela forma.
Mas ao se lembrar era impossível não se sentir daquela forma. Ela ainda sentia aquela dor fantasma de quando acordou no hospital.
Pandora saiu de seus pensamentos quando sentiu uma presença ao seu lado. Olhando para a sua esquerda estava Winston com um pequeno sorriso no rosto. Ele às vezes a fazia lembrar de uma gárgula sabia e sombria, mas de decisões neutras.
- Existe uma resposta para sua pergunta tão necessitada.
Pandora franziu a testa com as palavras do gerente. Ela tinha perguntas sobre como iria escapar de Viggo, mas o gerente apenas afirmou que cuidaria do que fosse necessário para quando o dia certo aparecer. A morena agradeceu e concordou com ele porque sabia que podia confiar nele. Winston ouviu os passos dos russo e se aproximou dela para acender uma vela.
- Aquilo que procura foi encontrado há alguns dias, mas não está acordou ainda..- O gerente diz ao apagar o palito que acendeu..- E, está sob os cuidados de Maleva que se escondeu na floresta. Apenas não sabemos quando ele vai acordar ou voltar.
A morena se afastou o olhando com lágrimas nos olhos. Suas mãos tremiam enquanto ela respirava fundo e, com dificuldade em manter um rosto neutro, sorriu em meio ao choro. Ela tinha certeza de que não era um rosto bonito, mas não se importou ao abraçá-lo com força.
Winston não tinha o costume de abraços e ainda ficava surpreso quando começou a receber os dela. Ele sempre fazia seus cumprimentos com apertos de mãos e acenos de cabeça, mas não abraços. E, esse gesto foi incluso em sua vida de maneira invasiva, mas não era de todo o ruim. Pandora o abraçou a primeira vez e não parou de fazer tal ação.
- A boa notícia é que está vivo..- Winston sussurra contra os cabelos dela..- Ele está vivo, mas ainda não acordou de curta coma.
Pandora chorou mais ainda sem se soltar dele. Em seu momento de alegria, ela segurou o seu rosto e o encheu de beijos aleatórios. O gerente ficou sem reação, mas soltou uma risada quando ela o abraçou de novo e escondeu o rosto em seu pescoço.
Passando a mão levemente em suas costas sentiu as cicatrizes e ela se encolher minimamente.
- Obrigado, obrigado..- Pandora fungou baixinho..- Obrigado, meu pai.
Winston congelou com o sussurro e a mesma também percebeu o que havia dito. Ela se afastou dele com os olhos molhados e assustados enquanto cobria a boca com uma mão. Pandora ofegou assustada com o seu extremo desequilíbrio emocional ao chamá-lo de pai. Ela não era nada para ele se não uma amiga ou quase aquilo. Pandora se desculpou sinalizando ao se afastar desviando o olhar envergonhada quando seu antebraço foi pego.
Kirill ameaçou dar um passo para intervir, mas foi impedido por Nikolai.
O aperto não era forte, era extremamente frouxo, na verdade. Pandora o olhou com receio quando viu o rosto sério dele, mas seus olhos não tinham aquela seriedade. Ele virou o corpo dela para si e quando ela baixou o rosto ele ergueu sua mandíbula suavemente para cima.
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BABA YAGA E A BASTARDA - Plus Size.
Fanfiction"Não faça do amor uma obsessão, o amor é sensível demais para ser sufocado e quando o amor se torna uma obsessão, também se torna perigoso.'' Pandora se assustou quando um homem misterioso apareceu no funeral de sua mãe alegando ser um amigo, mas el...