Autora on.

Pela manhã Pandora descobriu que estava sozinha e trancada na casa com Blue, a cadela tinha uma porta de entrada e saída na porta da cozinha, algo que não estava lá antes. Havia apenas uma nota na bancada da cozinha dizendo que estaria de volta em breve e para confirmar suas suspeitas, tudo estava trancado.

Pandora não tinha mais nada a fazer então ela foi vasculhar o lugar. Não como uma pessoa sem educação e invadindo e mexendo em tudo, ela não era assim. Ela somente iria abrir as portas da casa e passar a vista e depois fechá-las, não queria ser desrespeitosa na casa de um assassino.

Ainda mais a casa do próprio Baba-Yaga.

Pandora franziu a testa quando se lembrou das histórias sobre a Baba-Yaga. Sua casa tinha pernas de galinha e sua fechadura era uma boca cheia de dentes, escondida sobre a aparência de uma ogra ou uma mulher muito velha e feia, mas o perigo mortal se esconde ali, na aparência de alguém que aparenta ser fraco.

John não parecia ser fraco, de modo algum, apenas parecia um homem quieto e calado, mas muitos podem subestimar seu modo de agir, Iosef que o diga, o provocou com a vara-curta e isso causou sua morte. Não apenas sua morte, mas a morte de muitos, apenas porque Viggo não queria perder o filho homem. Se eles tivessem sido criado juntos, algo que ela agradece que não tenha acontecido, talvez ele tivesse sido alguém melhor.

Mas não podemos mudar quem nasce naquele mundo e deseja criar raízes lá.

Pandora se pergunta e se John o tivesse matado antes? Será que ela nunca teria sofrido o que sofreu nas mãos de Viggo? Era uma pergunta na qual queria muito saber a resposta. A morena foi até o porão escuro de John e quando desceu as escadas encontrou o chão com um buraco, ela viu uma enorme caixa com moedas de ouro.

Ela sabia o que eram, ela não chegou perto das moedas, ignorou aquilo e sua atenção foi para as estantes dos livros e alguns equipamentos para restauração de livros. Pandora ficou encantada com os livros restaurados naquela estante, havia nomes que ela não conhecia, mesmo com seu conhecimento básico de russo. A morena pegou um dos livros e o reconheceu.

- O conde de monte Cristo.

Pandora segurou o livro e subiu as escadas com cuidado antes de fechar a porta. Ela continuou com sua exploração até chegar no quarto de John, hesitando entrar. Sua curiosidade era inocente, mas ela sabia no fundo, que ele não iria gostar, foi então que ela se lembrou dele negando a visita de sua mãe. Foi a motivação perfeita para ela entrar no quarto dele e passar o olhar ao redor, tudo era bonito e a vista dava para um parque a distância.

- Éramos vizinhos e nem sabíamos..- Pandora pode ver a casa de Leo a distância e sentiu seu coração doer..- Leo, meu amigo, meu amor. Onde você está?.

A morena se sentou na cama de John e abriu o livro para ler. Alguns minutos não fariam mal a ninguém e por isso ela deitou na cama e começou a ler o livro calmamente, chegando a metade do livro ela parou a leitura para descansar a vista, ela abraçou o travesseiro ao lado e o cheiro, percebendo o cheiro de John. Era um cheiro bom do shampoo que ele usava e seu perfume.

Ela encarou a paisagem da janela e fechou os olhos cheirando o perfume do travesseiro e sem perceber acabou adormecendo. Quando acordou já era noite e tudo estava no completo escuro, rapidamente ela se levantou, mas se arrependeu e se encostou na parede mais próxima.

Se levantou rápido demais e gemeu com a dor de cabeça repentina que teve. Ela deu pequenos passos saindo do quarto e acendia todos os interruptores que sentia pelas paredes. Pandora ouviu as patas de Blue atrás dela e isso a fez sorrir quando ela foi até a cozinha.

- Pelo menos em você não vou colocar um sino..- A morena diz ao pegar um copo e encher de água para tomar sua vitamina..- Apenas no seu dono.

Pandora sorri sozinha ao imaginar colocar um sino no pescoço de John ou no tornozelo dele. Ela mordeu o lábio ao conter um sorriso, mas riu do mesmo jeito. John tinha um ar de superior algo que era agradável e combinava com ele. Imaginar John Wick usando um sininho de gato ao redor do pescoço, ele tinha mais cara de homem de cachorro do que homem de gato. Os hormônios estavam começando a distorcer os pensamentos dela de uma forma que nunca pensaria em um dia comum.

BABA YAGA E A BASTARDA - Plus Size.Onde histórias criam vida. Descubra agora