Capítulo 9 🌻

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Han SiWooAlguns dias atrás, na sala de Arte

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Han SiWoo
Alguns dias atrás, na sala de Arte.

Observei Nami fechar a porta atrás de si sem qualquer preocupação, me abandonando... Eu, como um tolo, mantinha aquela esperança ridícula que insistia em acreditar que ela voltaria e me ajudaria a entender o que estava acontecendo, mas Nami obviamente não se importava comigo.
Senti meu coração queimar em um misto de sentimentos que eu não conseguia entender ou diferenciar; minha cabeça rodou ao mesmo tempo que permaneceu parada, as pinturas espalhadas por toda a sala pareciam rir de mim com vozes estridentes e graves ao mesmo tempo. Repentinamente, um grande buraco abriu abaixo de mim e o chão me engoliu a medida que tudo ao meu redor ficou distorcido, me levando para um cômodo escuro, quente e abafado que começara a me sufocar em uma fração de segundos.

Tentei encontrar algo ao meu redor, mas só havia uma fresta de luz alaranjada atravessando uma janela minúscula fechada com barras de ferro grossas, o que não me ajudaria a escapar; aqueles malditos quadros pareciam ter me acompanhado, mas eu não conseguia vê-los...somente suas vozes ecoavam em meio a escuridão. E em um tom fino mas sarcástico, como se zombasse de mim, uma das vozes disse:
"É injusto, o que eu fiz de tão errado para acabar aqui em mais uma noite congelante? Respirar se tornou um crime? Porque é só isso que eu tenho feito"
Outra, em um tom grave e assustador, exclamou:
"Eu odeio tudo isso! Se eu morrer, conseguirei me libertar desses malditos sentimentos?!"
Essas vozes estranhas continuaram a murmurar mais e mais frases, porém cada vez se tornando mais altas, e eu fechei os olhos com força, tapando os ouvidos porque já estava cansado de ouvir tantas coisas negativas; meus tímpanos começaram a doer a medida que o tom de voz ia aumentando.

Após alguns minutos de puro tormento e desespero, uma música animada e reconfortante pouco a pouco tornou-se audível a medida que uma luz brilhante começou a clarear minhas pálpebras, forçando-me abrir os olhos para espiar o que era; senti um choque em meus globos pela iluminação repentina, o que me fez fechá-los no mesmo instante, processando a dor. Me dei um tempo antes de levantar as pálpebras novamente, e fui gradualmente me acostumando com a claridade, conseguindo enxergar bem.

Olhei ao redor confuso, lembro-me muito bem de estar na sala de Arte com Nami, e depois em um cômodo completamente escuro, empoeirado e assustador.
Agora...eu estou no Monte Namsan.
Não tenho dúvidas porque tenho a sensação de já ter vindo aqui uma vez... Para quê, mesmo?
É verdade! Foi para um trabalho voluntário da escola.

Está mais verde e muito mais bonito do que quando estive aqui pela primeira vez; cheio de árvores e folhas que cobrem as paredes das casas com um pouco de musgo, dando um ar mais mágico para elas.
Não demorei muito para ver a avó de Nami sair de dentro do chalé com telhado de tijolos vermelhos desbotados, uma grande bacia cheia de pimentas apoiada ao lado direito de sua cintura, em sua cabeça um chapéu de palha protegendo seus cabelos escuros do Sol.

Faíscas Espectrais - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora