O que você faria se recebesse a notícia que seu maior rival da escola cometeu suicídio?
Pior: o que faria se o mesmo aparecesse em sua casa no meio da madrugada...como um fantasma?.
Essa é a história de Im Nami e Han SiWoo, dois jovens que tiver...
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Im Nami
As férias infelizmente chegaram ao fim, e eu estava retornando a Seul depois de dois meses conhecendo o meu verdadeiro povo; o Brasil era um máximo, vários lugares de tirar o fôlego e pessoas tão animadas e simpáticas que eu jamais vi na Coreia ou em qualquer outro lugar que já estive. Era tudo tão maravilhoso, a comida então, nem se fala…uma das melhores que já experimentei. Mesmo na simplicidade, o Brasil conseguia ser o país mais brilhante e emocionante de todos. Quando estávamos no avião, eu perguntei à minha mãe quando iríamos novamente, e se poderíamos levar a vovó Im dessa vez; nem havia ido embora, mas já sentia saudades.
Viajar foi ótimo e a forma mais eficaz de me distrair da falta que Han fazia em minha vida…passamos algumas semanas juntos até que, um dia, ele simplesmente desapareceu. Ele se foi tão bruscamente quanto como o dia em que chegou, e isso me fez sentir estranha…aquelas foram as semanas mais felizes que eu já tive, Han e eu aproveitamos nosso tempo juntos com conversas, dramas, brincadeiras e passeios. Tiramos várias fotos em cabines de fotografia, mesmo que eu fosse a única capaz de vê-lo perfeitamente, já que os outros veriam apenas borrões acinzentados… era a única opção que tínhamos, e eu preferia ter uma foto com um borrão do que nada, porque não haveria outra chance para estar ao lado de Han e fazer esse tipo de coisa. Não podia negar o fato de que me sentia incompleta sem SiWoo ao meu lado, mas o que eu podia fazer? Não colocaria meus aprendizados de Supernatural em prática, sabia muito bem que trazer pessoas dos mortos nunca dava bom; mesmo os irmãos Winchesters falhavam miseravelmente a cada temporada, então como eu, uma mera humana formada somente em quinze temporadas de uma série sobrenatural, conseguiria fazer funcionar?
Assim que cheguei em casa, organizei as malas em uma fileira no canto do quarto e corri para o banheiro, precisava me arrumar rápido porque MinHo faria uma apresentação ao vivo hoje; minha mãe gostava de fazer isso com seus trainees para que se acostumassem com o público: montar um palco na frente da empresa e deixar seus futuros artistas dançarem e se expressarem a vontade. Kim MinHo estaria lá e, como forma de me redimir, eu iria, afinal ele havia me convidado com todo carinho. Estar perto do garoto Kim era um pouco desconfortável, e a causa disso era a sua declaração, na verdade, eu tê-lo rejeitado é o motivo de me sentir tão desajustada ao seu lado. Não sabia se seus sentimentos continuavam intactos ou se ele não me tinha mais em seu coração; mesmo tendo dito que iria me superar, eu sei muito bem que sentimentos não chegam ou vão embora tão facilmente...mesmo sem Han ao meu lado, meu coração ainda perdia o compasso quando me lembrava de nossos momentos juntos, então eu entenderia se MinHo ainda sentisse o mesmo por mim.
Não estava tão frio hoje, então vesti uma calça alfaiataria bege, calcei o coturno preto que eu tanto amava, uma camisa azul marinho bem escura porque MinHo havia pedido, ele disse que combinava com a estética da sua música. Por fim, coloquei a presilha de girassol, mesmo que o amarelo ficasse estranho em contraste com o azul da blusa, eu não podia deixar de usar…esse enfeite se tornara uma parte de mim desde que Han se fora, e eu a usava para todo e qualquer lugar que ia, dessa forma eu sentia que ele realmente estava comigo o tempo todo.
