Capítulo 32 🌻

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Im Nami

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Im Nami

Mesmo ao ar livre, minhas mãos estavam suando como se eu estivesse sofrendo em um calor de quarenta graus, mas na verdade está uma tarde bem fresca e tranquila. Em alguns minutos minha avó e a mãe de Han estariam aqui, e eu precisava preparar meu psicológico para tudo o que diria a ela...pelo que Han me disse, sua mãe fora embora de casa em um dia comum da semana, e nunca mais a vira. Não sei se ela teve notícias de seus filhos, se se manteve atenta a vida que eles levavam depois que fora embora, mas eu tinha certeza que falar sobre a morte de seu filho...principalmente que a causa da morte do mesmo foi seu próprio pai, seria algo muito difícil.

Como forma de me acalmar, peguei a pequena e delicada xícara de cristal em minha frente, a qual continha chá, bebericando o mesmo. Minha avó achou que seria melhor conversar com a mãe de Han em nossa casa, assim eu me sentiria mais confortável e, provavelmente, ela também. Então eu organizei uma mesa em nosso jardim, coloquei chá e alguns petiscos para aliviar um pouco o ambiente e a conversa que teríamos.

Quando senti mãos quentes e reconfortantes segurarem as minhas com delicadeza, eu me senti um pouco menos ansiosa, porque Han estava ali comigo, e o mesmo permaneceria ao meu lado até que aquilo acabasse.
Olhei para o rosto do garoto ao meu lado, que sorriu daquele jeito doce que fazia meus batimentos se perderem completamente; eu amava seu sorriso, porque seus olhos ficavam tão pequeninhos que pareciam sumir em seu rosto lindo. Eu ainda não estava acostumada com o fato de ter me apaixonado por Han, mas estou tentando aceitar que ele é o motivo de eu estar tão feliz e leve ultimamente.

- Você escreveu a carta? - perguntei.

Han balançou a cabeça em sinal de afirmação, concordando.
Tínhamos combinado dele escrever uma carta contando tudo o que sentia, tudo o que queria dizer para sua mãe. Seria a forma melhor e menos suspeita de contá-la sobre a morte do garoto e justificaria o motivo pelo qual eu achara tão importante chamá-la até aqui, afinal, eu não podia dizer que conseguia ver o fantasma de seu filho.
Quando SiWoo voltou, depois de semanas desaparecido, finalmente pude ligar para a Park SeoYeon, sua mãe. Foi difícil dizer a ela que queria encontrá-la para que pudesse lhe entregar cadernos e uma carta de seu filho falecido, mas ela foi compreensível e disse que segunda - justo no aniversário do meu pai - ela precisaria vir para Seul por conta de uns compromissos, e poderia me encontrar.

Observei uma pequena carta ser colocada na mesa...eu não podia, mas queria muito saber o que Han escrevera ali, o que será que ele queria tanto dizer a mulher que, simplesmente, sumira da sua vida sem deixar qualquer vestígio? Não sabia. Mesmo querendo muito, eu preferia respeitar o espaço do garoto.

- Nami...- a voz de Han penetrou meus ouvidos, atraindo minha atenção.

- Sim?

- Eu só queria dizer que...

Antes que o garoto pudesse terminar sua fala, fomos interrompidos por som de passos que vinham em nossa direção, e não demorou muito para que eu visse minha avó e outra mulher, que eu supus ser a mãe de Han, vindo em nossa direção.
Levantei rapidamente, me esforçando para sorrir sem deixar que o nervosismo me consumisse.

Faíscas Espectrais - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora