Capítulo 21 🌻

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Im Nami

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Im Nami

Alguns minutos se passaram até que eu tivesse coragem de soltar Han e pararasse de chorar. Quando finalmente me afastei dele, foi como se mais um turbilhão de emoções me atingissem mais uma vez antes que eu sequer enxugasse as lágrimas, e eu não tenho sequer palavras para expressar o quão surpresa estou com o que meus olhos estão vendo nesse momento. 
Boquiaberta, olhei para Han, que sorria contente para mim, e eu retribui com um suspiro desacreditado.

— O que estamos fazendo aqui? — perguntei com curiosidade, não escondendo a empolgação em meu tom.

Han deu de ombros de forma divertida, e não me respondeu ao sentar no banquinho de madeira à beira do lago, dando pequenas batidinhas no mesmo em uma forma de me convidar para sentar ao seu lado, e eu o fiz.
Senti o vento fresco da manhã passar por mim, levantando meus cachos,me deixando um pouco mais calma, como se fosse uma terapia que pudesse acabar com todas as minhas ansiedades. E eu fechei os olhos para aproveitar a brisa reconfortante.

— E então, por que me trouxe aqui? — Repeti a pergunta, que mais uma vez não teve resposta. 

Abri os olhos e olhei o garoto ao meu lado, que encarava o longe com um semblante concentrado, como se sua mente estivesse no lugar que seus globos escuros encaravam com tanto sentimento e concentração. 
Dei alguns toques em seu ombro, o acordando, e o mesmo me olhou com surpresa.

— Não tem um motivo. — respondeu finalmente. — Eu só... Achei que você precisava disso: Se distrair. 

Acenei em concordância, porque ele está mais que certo. Não eram nem dez da manhã e eu já tivera mais emoções do que uma novela mexicana. Mas, estar sentada no banco do acampamento mais bonito que já estive, com certeza está me ajudando a esquecer um pouco o que ocorreu há uns minutos atrás. 

— Você e sua mãe não tem uma boa relação, não é? — comentou, não esperando uma resposta, e eu sequer me dei ao trabalho de pensar em uma. 

Minha família não era um assunto do qual  eu gostava de falar, nem mesmo com minha melhor amiga ou minha avó. É algo delicado até mesmo para mim; mesmo eu evitava somente pensar sobre. Então Han seria última pessoa nessa terra para quem eu contaria sobre meus problemas familiares, mesmo que ele seja alguém de confiança...não era bem sobre isso que se tratava, Karla é uma parte da minha vida que eu só queria ignorar.

Enchi os pulmões de ar, desejando  que tudo voltasse ao normal; que minha mãe não estivesse aqui e que eu pudesse retornar aos meus dias de competição com Han... Por mais irritante que fosse perder para ele constantemente, ficar em segundo na maioria das vezes e me sentir totalmente inútil, eu ainda desejava que esses dias voltassem, porque eles foram responsáveis por, algumas vezes, me distrair de todos meus sentimentos conturbados.

— Engraçado…nunca pensei que sentiria falta das nossas intrigas — comentei com um riso nasalado, não acreditando em minhas palavras, nem mesmo nos meus pensamentos.

Faíscas Espectrais - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora