Capítulo 22 🌻

6 2 0
                                    

Han SiWoo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Han SiWoo

As horas se passaram antes que eu percebesse que a noite caira, e só então decidi que já estava bom do meu momento depressivo; precisava conversar com Nami e a Vovó Im, tínhamos que planejar uma forma para pegar os outros diários porque tenho certeza que existem mais respostas neles do que no mini romance que eu escrevera.
Ao invés de simplesmente me teleportar para dentro de casa, decidi estender o meu tempo de reflexão deprimente, esperando que uma caminhada desse jeito em meu semblante triste, então caminhei a partir da entrada do condomínio, apreciando o lugar que só ficava mais lindo iluminado pela noite.

No instante que toquei a presilha de girassol, a memória do dia da minha morte me atingiu em cheio, como um relâmpago, me trazendo todos os sentimentos daquela noite…cada um deles; eu estava na ponte do rio Han, pensativo e com os olhos extremamente vazios. Enquanto encarava a água que passava por de baixo da ponte, puxei o enfeite de girassol do bolso, encarando o mesmo com um semblante que…contradizendo minhas certezas de algumas horas atrás,não podia ser de alguém feliz. Depois de alguns minutos somente fitando aquele prendedor, decidi ligar para Nami, que não demorou muito para chegar. Sem muitas palavras, só entregara a presilha para ela, e pedi que a mesma não jogasse fora, porque não poderia lhe dar outra. 
Suspirei fundo, sentindo meu peito pesar, e minha consciência me julgar fortemente, porque a próxima coisa que me lembrei foi eu caindo na água, e a sensação de estar afogando foi assustadora. Consegui me lembrar exatamente da água forçando entrada pelo meu nariz e boca, enchendo meus pulmões até que eles parecessem que iriam explodir. Eu tentei voltar para a superfície, mas era como se a água me prendesse e me puxasse cada vez mais para o fundo. Lembro-me de lutar por minha vida…até perder todas as forças e simplesmente me deixar ser levado para a escuridão do rio, apagando de tanta dor.

Com a memória se tornando vívida mais uma vez, precisei parar para respirar, porque por um momento parecia que estava me afogando novamente; o ar se tornara pesado e minhas mãos já não obedeciam meu comando, totalmente trêmulas e instáveis. 
Quando finalmente voltei a realidade, percebendo que não estava no rio Han engolindo mais água do que meu corpo poderia receber, tentei acalmar minha respiração e batimentos, só percebendo agora que estou em frente a casa da Vó Im. 
Já mais calmo, segui em direção a porta da frente, balançando a cabeça em sinal de negação para afastar aquela memória dolorosa para muito, muito longe de mim. E quando já conseguira ver a porta branca com uma plaquinha na frente dizendo: Família Im, percebi que Nami estava sentada no banco de madeira que fica de baixo da árvore na entrada, e ela foi rápida em me notar, vindo velozmente em minha direção no mesmo instante.

A garota tinha uma respiração ofegante, como se tivesse corrido bastante, os olhos preocupados. Ela abrira a boca como se quisesse me dar o maior sermão por tê-la mandado de volta para a escola repentinamente, mas permaneceu calada ao me tomar pelo braço e conduzir-me até seu quarto, fechando a porta em seguida. 
Antes que eu pudesse lhe perguntar o motivo de tanta ansiedade, Nami foi até sua mesa onde fica seu computador e tirou um papel da impressora, levando até mim.

Faíscas Espectrais - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora