O que você faria se recebesse a notícia que seu maior rival da escola cometeu suicídio?
Pior: o que faria se o mesmo aparecesse em sua casa no meio da madrugada...como um fantasma?.
Essa é a história de Im Nami e Han SiWoo, dois jovens que tiver...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Im Nami
Quando o sinal ensurdecedor soou pelo corredores da escola, vi os meus colegas de classe saltarem de suas carteiras para correr até a cantina, como se suas vidas dependessem de um ótimo lanche; me senti nostálgica, lembrando de Han e eu correndo como loucos para chegar primeiro na cantina. Bons tempos... Suspirei, balançando a cabeça, deixando aquela e outras memórias de lado.
Me levantei, ajeitando a cadeira para mais próximo da mesa em seguida, deixando o lanche para depois, já que tinha algo importante para fazer primeiro. Encontrei com MinHo assim que cheguei no portão da escola, confesso que tentei somente cumprimentá-lo e seguir meu caminho, mas ele me chamou e pediu que eu o encontrasse no terraço da escola, inclusive, o mesmo que me pediu para somente ir direto ao terraço no horário do lanche. Fiquei confusa mas, antes que pudesse perguntar o motivo, MinHo correu dizendo que precisava conversar com o diretor.
Ontem, quando estava esperando que a reunião dos representantes começasse, MinHo — que havia chegado cedo, assim como eu — me contou alegremente sobre como o diretor decidira transformar o "Show de Talentos" — o evento vencedor nas votações — em uma Audição para jovens talentos, dando uma alavancada nas oportunidades para aqueles que tem o sonho de ser Idol¹. Por fim, o garoto explicou que os CEOs² das três empresas mais influentes no meio da música seriam os jurados do concurso; para minha surpresa... Minha mãe estava no meio dessas três. Depois de saber daquilo, eu inventei uma dor de estômago e peguei uma permissão para ir embora, e foi assim que eu consegui passar o dia todo assistindo filmes bobos de romance numa segunda-feira.
Faltavam mais uns poucos degraus até que eu enfim estivesse no terraço, uma porta enorme de aço escovado em minha frente, levei a mão em direção a maçaneta e, após um suspiro, a agarrei e pressionei para baixo, abrindo minha visão para o grande terraço...e para MinHo, que organizava diversos lanches em cima de um pano xadrez. Senti meu corpo congelar com a visão, e fiquei admirando curiosamente o garoto arrumar tudo com grande cuidado e um doce sorriso em seus pequenos lábios, que pareciam o bico de um passarinho; a ideia me fez rir. Não vou dizer que nunca reparei na beleza do garoto Kim, mas evitava olhá-lo demais por ser um ano mais novo que eu; seus olhos são tão escuros quanto obsidiana, assim como seus cabelos, e ele sempre portava um sorriso fofo, de tirar o fôlego eu diria...
Por um motivo desconhecido até para mim mesma, prendi a respiração quando o corpo do garoto girou em minha direção, talvez temesse que ele escutara meus pensamentos; um doce sorriso estendeu-se aos poucos em seus lábios de passarinho ao notar que eu estava ali, e ele gesticulou com a mão direita, como se me convidasse para ir até ele. Precisei de alguns segundos para voltar a respirar corretamente, então caminhei até o garoto. Pigarriei ao parar em sua frente, minhas mãos se entrelaçando uma na outra na frente do corpo, um nervosismo e vergonha de repente deixando meu rosto quente, talvez um pouco avermelhado; as palavras de Jina repentinamente começaram a ecoar em minha mente, não exatamente as de ontem, mas às de anos atrás: "MinHo é tranquilo, acredito que trará paz a essa cabeça turbulenta sua...assim como um suco de maracujá!"
