Capítulo 6: Broken Hill

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          O trajeto da cidade central de Casim até o castelo de Broken Hill não levava mais do que alguns minutos. Durante todo o caminho, Finn, Ferow e Sylas enchiam Sean de perguntas sobre a academia.


— Não há muito o que falar! — o sorriso no rosto de Sean se alargou. — Não quero estragar as surpresas para vocês... Bem, já deve dar para ver. — Disse, puxando a cortina que cobria a janela da carruagem.


          A luz entrou na carruagem escura e, por um momento, ofuscou a visão dos garotos. Depois de se acostumar com a luminosidade, Finn viu uma grande colina partida ao meio. Enormes torres pareciam emergir de dentro da colina.


— Incrível, não é? — Sean olhava para aquelas caras surpresas e bocas abertas. — Não me canso de ver essa expressão. — Soltando uma risada, Sean parou também para admirar a vista.


          Antes de chegar na colina quebrada, as carruagens atravessaram um longo precipício onde, mesmo olhando para baixo, só se enxergava o mais completo breu. O único meio de atravessar era cruzando a longa ponte de pedra, sustentada por uma estátua gigantesca que a segurava de uma ponta a outra.


          Após a ponte, guardando o túnel que passava dentro da fenda, estavam duas estátuas de pedra: a primeira segurava a espada voltada para cima, em sua lâmina se lia a frase "Si vis pacem, para bellum"; a segunda segurava a espada apontada para baixo e em sua lâmina se lia "Veritas lux mea"


          Finn passou pela fenda e se deparou com o pátio principal de Broken Hill. Era um pátio enorme, com bancos de mármore negros e topiarias em forma de animais espalhadas. No centro estava uma árvore que ele conhecia bem, era a mesma árvore que crescia em Nostrue, de madeira branca retorcida e folhas e frutos azuis.


          Os portões da academia, os maiores que Finn havia visto até então, davam acesso a um hall de entrada, onde se viam duas grandes escadas de pedra. No meio das escadas, havia uma porta que levava ao salão principal do castelo. O salão era grande o suficiente para abrigar todos os alunos que ali estudavam. Ele admirava tudo aquilo; a beleza daquele castelo era deslumbrante, muito maior que Lys.


          Logo, Sylas e Ferow sumiram da sua visão, que ficou no meio daquele turbilhão de pessoas.


          Nas escadarias havia uma faixa que tremulava como se uma leve brisa passasse por ela, pedindo para os novatos se reunirem ali. À frente das escadarias estava uma das professoras, baixinha e gordinha de voz engraçada, gritava nomes dos alunos que iam até ela, alguns tímidos, outros bem à vontade. Quando a professora gritou o seu nome, ele logo se aproximou dela.


— Aqui, querido. — Disse-a, entregando um pedaço de pergaminho. — Siga por essa escada, não tem como se perder.


          O sorriso da professora era largo, e ela apontava para a escada à direita. Finn pegou o pergaminho agradeceu e o abriu, nele estava escrito:


Anexo 1 da ala leste.

7º corredor da segunda torre – quarto nº 2.

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