Não demorou muito para que a notícia de que Sylas possuía uma magia extremamente rara se espalhasse pela academia como fogo em palha seca. Em poucas horas, desde os veteranos mais experientes até os novatos, todos já comentavam sobre o misterioso aluno do primeiro ano. Sussurros serpenteavam pelos corredores, ecoavam nas salas de aula e ressoavam nos pátios, criando uma teia de curiosidade e boatos que só aumentava com o tempo. Grupos se formavam nos cantos da biblioteca, nos jardins e nos dormitórios, todos ansiosos por mais informações.
— Quem será ele? — perguntava uma aluna do segundo ano a suas amigas, enquanto olhava ao redor com olhos atentos.
— Isso não pode ser tão incrível assim! — exclamava cético um aluno do quinto ano, cercado por seus colegas na biblioteca.
— Ouvi dizer que é um vampiro! — sussurravam em tons conspiratórios, como se o próprio mistério tivesse tomado vida.
Antes que alguém pudesse reagir, o nome de Sylas já havia atravessado os portões de Broken Hill e se espalhado por todos os cantos da academia como um vento impetuoso. Alguns alunos viam nisso uma oportunidade, aproximando-se dele com sorrisos amistosos, interessados em tirar proveito da fama repentina. Por outro lado, havia aqueles que, incomodados com toda a atenção que Sylas recebia, mantinham uma distância carregada de desdém e ressentimento. A divisão entre os que queriam se beneficiar e os que o invejavam começava a delinear um novo cenário social, transformando Sylas no centro de uma tempestade inesperada.
Em uma mesa iluminada por uma luz suave, três amigos, Finn, Sylas e Ferow, se reuniram para jogar um jogo de cartas. Cada jogador tinha um baralho de cartas, composto por quatro tipos: Guerreiros, Magos, Criaturas e Táticas. Os Guerreiros eram cartas de ataque, cada uma com pontos de poder diferentes, enquanto os Magos lançavam feitiços que podiam curar aliados ou causar danos ao oponente. As Criaturas podiam ser convocadas para lutar ao lado dos Guerreiros, e as cartas de Táticas permitiam estratégias especiais, como desviar ataques ou aumentar o poder de ataque por um turno. Rindo e competindo, eles se revezavam, tentando montar a melhor combinação de cartas para vencer.
— Você ficou famoso assim do nada, não foi, Sylas? — disse Ferow rindo enquanto ele jogava uma carta de um mago com poder de fogo nível três.
— Você tem razão, embora eu não goste disso — respondeu Sylas, um tanto desconfortável com toda a atenção que vinha recebendo. Então ele jogou uma carta de táticas de defesa.
— Como funciona essa magia do nascimento? — Perguntou Finn adicionando uma carta de criatura de nível seis a seu exército e vencendo a partida.
Com o jogo encerrado Sylas se levantou, caminhou até a mesa ao lado e pegou um vaso cheio de terra.
— De acordo com o que o professor disse... — começou ele, segurando uma varinha que tirou do bolso do sobretudo. — Ao unir as magias de água, terra, fogo e raio. — Ele apontou a varinha para o vaso e, num instante, uma haste fina de madeira perfurou a terra, erguendo-se para cima. Era uma madeira seca, sem folhas ou vida, apenas uma haste fina e pontiaguda. — Ao unir os quatro elementos, posso fazer algo maior. Magia do Nascimento: Despertar da Árvore.
Ferow e Finn observavam, fascinados. Sylas então colocou ambas as mãos sobre o vaso. A haste antes seca começou a se transformar. Sua cor marrom fosca tornou-se mais viva, e ramificações começaram a se estender, folhas surgindo delicadamente nos galhos que cresciam diante deles. Em questão de segundos, uma jovem árvore havia brotado no vaso. Ferow e Finn soltaram um suspiro de admiração ao mesmo tempo.
— Incrível! — disseram juntos, boquiabertos com a magia que presenciaram.
Sylas apenas sorriu, ainda se acostumando com o poder que possuía.
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O Segredo dos Sete Reinos: Prelúdios de Guerra
FantasyFinn ingressar na prestigiada Academia de Magia de Broken Hill, ele deve deixar para trás a segurança de seu lar e aventurar-se no vasto e enigmático mundo de Laetus. Ao lado de seus amigos na academia, ele enfrentará desafios inimagináveis e obstác...