O Segredo dos Sete Reinos: Prelúdios de Guerra

Capítulo 1: Amarelo

          O reino de Flavo é abençoado com planícies que se estendem por quilômetros. Pequenos e singelos bosques estão espalhados por todo o território, alguns tão silenciosos que nem os pássaros escutam-se cantar. O reino é um lugar onde as quatro raças do povo feérico – Ondinas, Salamandras, Silfos e Duendes – coexistem.

          A política em Flavo é guiada pelo respeito mútuo e cooperação entre as raças. Um conselho mágico, composto por representantes de cada raça, reúne-se em Fatae para ajudar o rei a tomar decisões importantes que afetam o reino e o povo.

          O atual monarca do reino amarelo, o grande Mestre da Magia, é o rei que possui maior influência tanto no Oeste quanto no Leste, famoso por sua força e conhecimento.

          No centro do reino, uma grande montanha, imponente e solitária, se ergue tão alta que ultrapassa as nuvens. Na base desta montanha está a deslumbrante capital, Fatae, que se ergue com elegância e graciosidade, refletindo a prosperidade que permeia todo o reino.

          O Palácio das Quatro Estações é a residência do conselho do reino, composto pelos quatro duques. Ele está localizado junto à montanha e foi construído como se tivesse sido esculpido nela. As paredes do palácio são decoradas com tapeçarias, quadros e armaduras de placas que contam a história milenar do reino.

          No topo da montanha solitária, chamada Nostrue, está o castelo de Lys, que é o lar do rei. A primeira coisa que se via era sua escadaria de mármore negro que levava ao grande portão dourado que, ao se abrir, dava acesso a um corredor largo com colunas de mármore branco e, nas paredes, pinturas de batalhas e campos de trigo dourado.

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          O sol já havia raiado e Finn Gress dormia tranquilo. Seu quarto era escuro e tinha somente uma cama, um armário, e uma escrivaninha decorava o quarto.

          O treino do dia anterior o havia desgastado e agora sonhava com uma noite estrelada embaixo de uma árvore de caule retorcido branco de folhas e frutos azuis.

Finn era uma criança de cinco anos, sentado no colo de um senhor de barba rala e cabelos grisalho. O senhor apontava e formava desenhos ligando os pontos estrelados no céu.

— Que história vai me contar vovó? — perguntou.

— Vejamos! Que tal uma bem antiga pode ser?

          O jovem Finn acenou positivamente com a cabeça, demonstrando empolgação.

— Muito bem então. Era uma vez...

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          Uma forte batida acorda Finn de seu sonho; atordoado, levantou-se ainda com os olhos fechados e abriu a porta.

— Bom dia. — disse-o bocejando.

          Um soldado, parado em frente a Finn o complementa com saudação.