Paixão Proibida | Tsukishima Kei

Confronto

Quinta-feira, 12 de Junho de 2014

Ayaka acordou com o despertador do celular e a luz do sol em seus olhos. Tinha dormido muito bem naquela noite, melhor do que em muito tempo. Estava disposta e cheia de energia para encarar o dia, a escola e o vôlei, nada poderia acabar com sua alegria. Pegou o telefone para ver as horas e se deparou com uma mensagem de Oikawa chamando-a para sair.

[Ayaka]: Pode ser. Te encontro depois da aula :)

Ela se arrumou rapidamente, sem acordar seu irmão e Hinata que estavam em um sono profundo, e saiu para a escola. Antes de sair, lembrou-se do bilhete de Tsukishima que havia pego. Não estava atrasada, então poderia ler e talvez responder.

"Oi. Eu fui meio grosso com você, desculpa"

A garota riu soprado e guardou o papel na mochila. Kei conseguia ser babaca com todos, até com uma menina que "nunca tinha visto". Ela até pensou, por um instante, em como ele estava se sentindo: chateado, sozinho e triste. Mas não poderia saber se não perguntasse, e falar com ele era uma coisa que não faria. Chegando à escola, Ayaka sentiu a energia vibrante do ambiente estudantil. As aulas passaram rapidamente e logo chegou a hora do treino de vôlei. Estar em quadra sempre a fazia esquecer de tudo, concentrando-se apenas no jogo e na equipe. Seus movimentos eram precisos e sua liderança natural como capitã era evidente. As meninas a seguiam com entusiasmo, motivadas por sua determinação. Após o treino, Ayaka foi tomar um banho rápido e se preparou para encontrar Oikawa. Ele a esperava na saída da escola, com seu sorriso charmoso e despreocupado.

— Oi, Aya! Pronta para nossa saída? – ele perguntou, acenando para ela.

— Claro! Para onde vamos? – Ayaka respondeu, animada.

— Pensei em irmos a uma cafeteria nova que abriu no centro. Dizem que o café é ótimo.

Eles caminharam juntos, conversando sobre tudo e nada. Oikawa conseguia fazer Ayaka rir facilmente, e ela apreciava a companhia dele. A conversa fluiu naturalmente, e o tempo passou rápido. Na cafeteria, Ayaka percebeu que Oikawa a olhava com um interesse que ia além da amizade. Sentiu um leve desconforto, mas tentou ignorar, focando na conversa e no momento agradável.

— Como você está? – Ele tentou puxar uma conversa.

— Bem, agora sou capitã! – Ayaka disse animada.

— Parabéns! Sempre soube que você era incrível.

— Era? – Ela brincou.

— É e sempre vai ser. – Oikawa apoiou o rosto na mão e olhou profundamente nos olhos da menina.

Ayaka ficou surpresa, sem saber o que dizer. Ela gostava da companhia de Oikawa, mas seus sentimentos estavam confusos, especialmente com tudo que tinha acontecido recentemente com Tsukishima.

— Obrigada, você também é i-incrível. – Ela sorriu envergonhada.

Os dois ficaram conversando por mais algumas horas. Ayaka não podia deixar de perceber os flertes que Oikawa soltava às vezes, mas nada muito explícito e desconfortável. Ele era mais velho, bonito e já teve muitas namoradas antes, a garota só era mais uma adolescente que ainda descobria a vida. Tōru só era quatro anos mais velho, mas mesmo assim era estranho. Ayaka pensou nisso durante o tempo que esteve com ele e quando foi para casa seus pensamentos foram para Tsukishima. Como ele estava? Será que sentia sua falta? Seu coração ainda doía por ele, seria difícil esquecê-lo com tanta facilidade, principalmente porque Kei vivia dentro de sua casa. Era inevitável. Ao voltar para casa, Ayaka encontrou um bilhete na porta do quarto dela. Era de Tsukishima novamente.