Consolidação

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Quarta-feira, 18 de Maio de 2022

— Kei! – Ayaka gritou irritada.

  Depois do encontro na cafeteria, eles voltaram a se encontrar com mais frequência e um mês se passou. Kuroo ainda estava viajando e Tsukishima fazia questão de ficar com ela. Tinha a sensação de que precisava proteger Ayaka a todo custo, cuidar dela enquanto seu irmão não estava.

A garota ficava irritada quando Kei dormia em sua casa e deixava roupa na cama, mas sentia-se aliviada por saber que não estava sozinha ali. O loiro estava no banho há um tempo e Tommy, junto com ele no banheiro. Ayaka entrou no banheiro, irritada, e encontrou a melhor cena que poderia. Kei estava com a toalha na cintura, a água descia pelas curvas de sua barriga, seu cabelo molhado, grudado na testa. Os óculos no rosto de Tsukishima se encontrava embaçado, realçando a beleza do loiro.

— K-kei. – As bochechas da garota ficaram vermelhas. Ela quase desmaiou ali mesmo.

— Se queria me ver pelado, era só me chamar pra sua cama, gatinha. – Kei riu baixo, se aproximando — Quer ver o que tem aqui embaixo?

— O que tem? – Ayaka perguntou, ainda atordoada e tentando manter a compostura, mas com a curiosidade evidente em seu olhar.

  Kei sorriu, com aquele ar provocativo que só ele tinha, inclinando-se um pouco mais, reduzindo a distância entre eles.

— Se você quiser descobrir... só tirar a toalha. – Ele sussurrou em seu ouvido, deixando a provocação no ar.

  Ayaka sentiu um arrepio percorrer sua espinha, dividida entre dar uma resposta à altura ou simplesmente ceder à tentação. Mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, Tommy deu um miado, chamando a atenção dos dois e aliviando a tensão do momento. Kei soltou uma risada, divertido com a situação, enquanto Ayaka respirava fundo, tentando recuperar o controle.

— Você e esse gato estão tramando juntos pra me deixar maluca, né? – Ela disse, tentando parecer mais séria, mas com um sorriso brincalhão nos lábios.

— Talvez. – Kei respondeu, dando de ombros — Mas vou deixar a resposta pra depois. Vai querer ver ou não? – Ele piscou para ela, se afastando e voltando a se secar como se nada tivesse acontecido.

  Ayaka revirou os olhos, mas com um sorriso no rosto, sabendo que essa era apenas mais uma das provocações de Tsukishima. Mesmo assim, não podia negar que o charme dele a desarmava.

— Você é impossível, sabia? – Ela disse, já se virando para sair do banheiro.

— Só com você. – Kei respondeu de forma casual, mas com um olhar que carregava mais do que apenas brincadeira — Quer me ajudar a me secar?

— Não, faz isso sozinho. Aproveita e tira sua roupa da minha cama depois.

  Ela saiu, deixando-o sozinho no banheiro. Seu coração estava disparado, seu corpo em chamas. Ele vivia sem blusa e isso deixava Ayaka excitada. Como, depois de tantos anos, ainda o achava tão atraente? Seu coração não se acalmava, sempre pulava dentro do peito, querendo encontrar com o de Kei. O fato era que Ayaka nunca deixou de sentir essa ardência, pois sabia que Tsukishima era sua alma gêmea. Por mais que fossem visivelmente diferentes, tinham muitas coisas em comum: a paixão por vôlei, suas séries favoritas, a necessidade intensa de visitar museus e exposições de artes. Ayaka suspirou enquanto tentava organizar os pensamentos. Por mais que tentasse negar, era impossível ignorar a química explosiva que sempre existiu entre ela e Kei. O jeito dele, ao mesmo tempo sarcástico e atencioso, fazia seu coração disparar de um jeito único. Mesmo com todas as complicações e incertezas do passado, a conexão entre eles nunca havia realmente se rompido.

Paixão Proibida | Tsukishima KeiOnde histórias criam vida. Descubra agora