Ardor

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Tsukishima ficou surpreso com a fala da menina. Ele queria muito mais com ela, queria ir além. Mas seria impossível, não estavam sozinhos ali. Kei se afastou um pouco, pensando no que faria a seguir. O loiro estava um pouco nervoso, afinal nunca tinha chego naquele ponto. Ayaka percebeu a hesitação dele e sentiu uma pontada de ansiedade. Será que tinha feito algo errado? Ela estendeu a mão, tocando levemente o braço de Kei.

— T-tá tudo bem? Eu não queria... – Ela sentia o rosto todo queimando.

Ayaka queria sumir naquele momento. Não deveria ter sido tão direta, talvez esse não fosse o desejo de Kei. Ele respirou fundo, tentando acalmar seus hormônios. A proximidade de Ayaka e o carinho que ela demonstrava o ajudavam a relaxar. Tsukishima olhou para ela e sorriu, um sorriso tímido. Ele se inclinou para frente e beijou-a novamente, desta vez com mais calma, deixando o momento se desenrolar naturalmente. A garota logo separou o contato e sentou-se na cama, olhando fundo nos olhos de Kei. O menino, ao ver aquela cena, foi, sem pensar, até ela e juntou seus lábios novamente. O beijo entre eles foi intenso e carregado de desejo, seus corpos respondendo ao toque do outro. Tsukishima sentia a respiração acelerar, o coração batendo forte no peito. Ayaka, com o rosto corado e os olhos brilhando, puxou-o para mais perto, seus lábios se movendo com urgência. Kei desceu os beijos pelo pescoço dela, sentindo a pele macia sob seus lábios. A garota suspirou, deixando as mãos deslizarem pelas costas dele, puxando-o ainda mais para si. Ele a deitou na cama, suas mãos explorando cada centímetro do corpo dela, memorando cada detalhe.

— Ayaka... — ele murmurou contra a pele dela, sua voz rouca e carregada de desejo.

Ela o puxou de volta para um beijo, suas mãos trêmulas enquanto exploravam o peito dele por debaixo da camisa. A intensidade do momento crescia, e ambos estavam completamente imersos um no outro. Justo quando Kei começou a desabotoar a calça dela, houve uma batida inesperada na porta. Ambos congelaram, a realidade os puxando de volta de maneira abrupta.

— Ayaka, você está aí? — a voz de Hinata ecoou do outro lado da porta, claramente sem noção do que estava acontecendo.

  Kei soltou um suspiro frustrado, afastando-se de Ayaka, que se sentou rapidamente, arrumando a blusa e tentando recuperar o fôlego.

— S-sim, o que foi? — Ela tentou falar sem parecer eufórica.

— Sua mãe está te chamando. – Ele disse impaciente.

Ayaka olhou para Kei, seus olhos ainda cheios de desejo misturado com frustração. Ele sorriu levemente, resignado, e deu um beijo rápido nos lábios dela. A garota abriu a porta e saiu rapidamente, sem deixar Hinata ver o interior do quarto. Sua respiração estava descompassada, o coração acelerado e seu rosto um pouco molhado por causa do suor. O ruivo estranhou, mas Ayaka não deu espaço para perguntas, apenas foi até sua mãe.

— Eu acho que o clima naquele quarto estava meio quente... – Shōyō brincou enquanto voltava para o chão da sala.

— Tsukishima que ouse encostar um dedo em Ayaka, eu corto as mãos dele fora! – Tobio falou irritado. Ele sentia um ciúmes enorme, mas sempre tentava disfarçar.

— E-eu não acho que eles fizeram... vocês sabem. – Yamaguchi estava envergonhado com aquela conversa.

— Também não, não ouvi nada. – Leo disse com uma simplicidade enorme. Para ele as coisas eram fáceis de resolver.

— Parem de falar mim, por favor. – Tsukishima sentou no sofá com uma expressão séria — E fica tranquilo, rei. Não vou tocar na sua irmã.

Ayaka entrou na sala pouco depois, ajustando o cabelo que estava um pouco bagunçado. Ela percebeu o silêncio repentino e olhares voltados para ela e Kei, mas fingiu não notar. Sentou-se ao lado de Tsukishima no sofá, tentando se distrair com o jogo. Yamaguchi olhou para os dois, percebendo a tensão entre eles. Ele tentou intermediar a situação, mantendo a conversa leve e divertida, mas era claro que algo mais profundo estava acontecendo entre Ayaka e Tsukishima. Enquanto o jogo continuava, Ayaka e Kei trocavam olhares furtivos, ambos pensando no que quase aconteceu.

Paixão Proibida | Tsukishima KeiOnde histórias criam vida. Descubra agora