Paixão

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O dia foi normal, mas um pouco confuso para Ayaka. Tsukishima parecia muito irritado anteriormente quando veio confrontá-lá e isso deixava a garota incomodada. Como ele reagiria se descobrisse? Tinha pouco menos de seis meses para esconder e garantiria que a procura de Tsukishima não tivesse sucesso.

Os meninos estavam na porta da quadra conversando, todos muito agitados para o campeonato próximo. Kei tinha uma expressão suave no rosto, como se não houvesse preocupações. O mundo pareceu parar para Ayaka por um instante; todas as vezes que seus olhos encontrava o loiro, ela se sentia daquele jeito. Era como se um caminhão de emoções passasse por cima de seu corpo várias e várias vezes. Ela se aproximou com o coração batendo forte em seu peito e não falou nada, apenas ficou ouvindo as vozes que tanto conhecia. Tsukishima, ao notar a presença dela, segurou a mão da menina e fez um carinho que a deixou envergonhada. Ele se aproximou da orelha dela e respirou fundo, sentindo o cheiro gostoso do perfume de Ayaka.

— Quer ir embora agora? Só eu e você. – Ele sussurrou, fazendo a menina arrepiar.

— Agora.

Os dois saíram sem se despedir, deixando Kageyama irritado. Ele sentia um ciúmes absurdo da irmã e vê-la com seu amigo e colega de equipe intensificava o sentimento. Tobio ficou observando os dois com uma expressão infeliz e isso chamou a atenção de Hinata.

— O que foi? – O ruivo perguntou.

— Ele é muito abusado. Ayaka era uma santa, agora não para quieta em casa e quando fica é para estar trancada no quarto com ele. O que os dois fazem? – A voz de Tobio carregava toda a raiva que acumulava.

— O que você acha que eles fazem? – Shōyō provocou enquanto ria do rosto do namorado — Relaxa, Bakageyama, sua irmã ainda é santa.

— E virgem. – Yamaguchi sorriu.

Mas as falas infelizes dos amigos não acalmaram Tobio. Ele só conseguia pensar em Tsukishima e no que eles faziam sozinhos. Enquanto isso, os dois caminhavam lentamente até a casa do loiro, rindo e conversando sobre o dia. Ayaka sentia o coração leve ao lado de Kei, a tensão da manhã dissipando-se a cada passo que davam. Eles sabiam que o tempo juntos era precioso e que, por mais complicado que tudo pudesse parecer, esses momentos de tristeza simplicidade eram o que mais importavam. Chegando à casa de Tsukishima, ele abriu a porta e deixou Ayaka entrar primeiro. Ela olhou ao redor, sentindo-se confortável naquele ambiente familiar.

— O que quer fazer? – O menino perguntou enquanto fechava a porta atrás de si e retirava os sapatos.

— Sua mãe está em casa?

— Hmm... – Ele olhou ao redor, mas não encontrou as chaves do carro nem a carteira da mãe que ficava no aparador — Não.

  Os dois sorriram e Ayaka se aproximou do menino, envolvendo os braços no pescoço dele.

— Eu tô cansada.

— A gente pode ir pro meu quarto se quiser, mas só se você quiser.

  A menina concordou com a cabeça e eles seguiram até o cômodo ao lado. O local estava milimetricamente arrumado, totalmente diferente do quarto de Ayaka que vivia bagunçado. Ela se sentou na cama dele, sentindo a firmeza do colchão sob si. Tsukishima a observava, seu coração batendo um pouco mais rápido. Ele se aproximou, sentando-se ao lado dela. Ayaka deitou-se, puxando-o levemente para que ele a acompanhasse. O garoto hesitou por um momento, mas logo se deitou ao lado dela, virando-se para encará-la.

— Você é muito lindinha... – Ele sorriu enquanto analisava todos os detalhes faciais da menina.

— Eu odeio estudar na mesma escola que você. – Ela passou a mão pela bochecha dele até chegar na nuca de Kei. O garoto estava confuso com a fala dela, mas permitiu que Ayaka continuasse — É insuportável não poder te beijar na escola. – Tsukishima riu.

Paixão Proibida | Tsukishima KeiOnde histórias criam vida. Descubra agora