Eloísa Aguiar.
Meu pai tava me odiando. Tem uns dias que aquela briga aconteceu, e eu só vou pra escola, não saio mais pra nenhum canto porque ele não deixa. Só vive drogado agora, e minha mãe briga o tempo inteiro com ele.
Eu nunca vi os dois brigarem tanto como estão brigando agora. Inclusive, ele tinha acabado de chegar e como sempre tava fedendo a maconha.
Só sei que tá tudo péssimo! A Iolanda não está com o namorado dela, deram um tempo, sei lá. Eu não tô vendo o Victor e meus pais vivem brigando.
Isa: Eduardo! Já te falei um monte de vezes que eu só quero você aqui dentro dessa casa quando estiver bom! Só anda drogado agora, parece que nem tem mais família!
Dado: minha família toda mente pra mim, prefiro ficar drogado lá na boca.
Iolanda: você tá sendo tão imaturo,pai. Não dá nem chance pra Eloísa se explicar. Você só tá assim por causa do lance dela com o garoto.
- se ele quiser ficar desse jeito problema dele! Não vou atrás de me resolver com ele.
Isa: Eloísa!
- que foi mãe ? É a real tá? Tô nem aí pra ele.
Dado: quando eu descobrir quem é esse cara eu mato ele! - ele só falava isso, o tempo inteiro!
E esse cara tá o tempo todo lá na boca ao lado dele.
Isabele Aguiar.
Não tava mais aguentando o Eduardo, sinceramente. Ele tava insuportável.
Eu tava a uns dias tentando conversar com ele bom, sem estar drogado. Mas ele nunca chega em casa bom.
Na madrugada eu passei a noite acordada. Não conseguia dormir de maneira alguma.
As meninas já estavam dormindo, eu vim pro quarto e deitei. escutei o barulho da moto dele e fingi está dormindo.
Ouvi ele fazendo tudo, tomando banho, se vestindo. E depois de alguns minutos ele foi pra cozinha. Senti cheiro de café. Em plena madrugada ele fazendo café.
Levantei e vim até a cozinha. Quando cheguei ele estava tomando café na xícara, quando me viu, percebi que se assustou.
- foi mal, não queria te assustar. - pude ver no rosto dele que ele já estava bem melhor. - podemos conversar?
Dado: se for sobre a Eloísa, não quero falar.
- sim, Eduardo. É sobre ela.
Dado: deixa isso pra depois loira.
- não, vamos conversar agora que você está bom. Depois não dá pra conversar com você drogado. Vem cá. - chamei ele pra sentar no sofá. - ela tá apaixonada, Eduardo. Toda garota na adolescência se apaixona.
Dado: mas ela é minha princesinha, só de imaginar que tem um cara ficando com ela, beijando ela,fazendo outras coisas... Até pouco tempo ela era minha criança. - falou com a voz de choro.
- eu sei que é difícil ver nossa filha crescer. Pra mim também é difícil. Mas você não pode prender ela pelo resto da sua vida. Você sabe o quanto eu sou apaixonada por você e eu sei o quanto você é apaixonado por mim. Daqui um dia será ela e o namorado dela com a nossa idade e com outros filhos, aí seremos avós.
Dado: não me fala isso de avós que me da um negócio ruim. - eu ri.
- eu to falando sério. Nossa filha não é mais uma criança. Ela já tem 16 anos e essa é a idade que as garotas fazem loucuras por amor. Lembra quando eu tinha a idade da Iolanda? Fiz tanta loucura por você e não estou arrependida de nenhuma delas. Se eu não tivesse feito, talvez não estaríamos aqui, com mais de 16 anos de casados, sendo donos de um morro, e tendo uma família incrível! Mesmo com as nossas brigas em família a gente é uma família unida, que sempre quando precisamos, um está lá para ajudar o outro.
Dado: você tá certa meu amor.
- vai conversar com ela mais tarde? Vai dizer que aceita ela com o namorado e que só quer que ela não deixe os estudos de lado ?
Dado: sim, amor.
- é o melhor que você faz. Eu te amo, e não se droga tanto igual tava se drogando.
Dado: tá bom amor. Eu te amo demais. - falou me beijando. - vamo dormir.
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Nova geração.
FanfictionEssa história vai se passar a visão dos filhos da Isa com o Dado e da Clara com o Th.