Eloísa Aguiar.
Eu não via a hora ir embora dessa casa, tô odiando morar aqui, tô com raiva de todo mundo, pelo que me fizeram passar.
E ontem em mais uma briga, o Victor veio me ver e o Eduardo não deixou eu ver ele. Mas hoje ele vem, e o povo tá tudo lá no jardim, já falei pro Léo abrir a porta e trazer o Victor até aqui quando ele chegar.
Iolanda tá com raiva de mim, pelo que fiz ontem. Não to ligando pra isso. Só quero que o Victor chegue aqui logo porque eu tô morrendo de saudades dele.
Quase meia hora se passou e ouvi baterem na porta do meu quarto, abri e vi o Victor. Abracei ele e senti um beijo no cabelo.
- Oi amor, tava com saudades.
Vt: oi preta, também tava com saudades de você.
Tranquei a porta e vim com ele pra cama.
Vt: sua família inteira tá lá fora.
- eles não são minha família.
Vt: que isso Eloísa, tá maluca?
- se você visse a briga aqui ontem, ia falar que realmente eles não são minha família, só querem me ver mal.
Vt: claro que não, você tá viajando.
- eu não quero falar sobre isso, quero matar a saudade que eu tô de você.
Vt: mas a gente pode conversar sobre isso, estamos juntos, independente de qualquer coisa.
- eu já falei que não quero, é difícil entender?
Vt: por favor, eu prometo que vai ser a única vez.
- tudo bem. - revirei os olhos.
Vt: vamo sentar pra você me olhar no olho. - sentei e ele sentou a minha frente. - todo aquele pessoal ali é sua família, e eles te amam muito, não merecem o desprezo que você tá fazendo com eles. Você não tem motivos pra estar com raiva da sua mãe e da sua irmã, foi o seu pai que errou e ele tá arrependido, foi na hora da raiva, ele já tá de boa e agora quando eu cheguei ele até me cumprimentou, me pediu desculpas por tudo. Não acho legal isso que você está fazendo. Iolanda me contou da briga de ontem.
- claro né? Iolanda nunca fica de boca fechada e eu odeio isso.
Vt: ela fez bem ter me contado, pra eu conversar com você, não tô gostando das suas atitudes, amor, você não deve desrespeitar seus pais, que sempre fizeram de tudo por você, nunca deixaram faltar nada.
- e o cara que se diz meu pai e queria matar meu namorado? Que no caso é você. Ele merece ser respeitado?
Vt: sim, igual a sua mãe, ela também merece seu respeito. Estamos conversados? Eu não quero que você faça isso, é bem feio da sua parte.
- tá bom, desculpa.
Vt: tudo bem. Me promete que vai conversar com eles hoje a noite e vai pedir desculpas?
- não.
Vt: me promete, de dedinho. - estendeu o mindinho e eu demorei a pegar.
Mas entrelacei meu dedo ao dele.
- prometo. - beijei ele e queria fazer algo a mais. Minha buceta já tava parecendo teia de aranha.
Vt: amor, tua família tá toda lá fora.
- relaxa, eles não vão escutar nada... - a gente transou gostoso e quando deu 17:30 ele falou que ia embora, pra eu conversar com meus pais e com a Iolanda.
Vt: vou embora tá, eu te amo pra caralho.
- eu também te amo, amor. Até amanhã? Se tudo ocorrer bem na conversa de hoje a noite, você pode vim me ver todos os dias.
Vt: até amanhã. - me beijou mais uma vez e eu acompanhei ele até a porta, na porta a gente se beijou de novo e ele foi embora.
Vim até o jardim e vi minha família, falei com todo mundo, com meus avós, com meus tios e os gêmeos. Menos com meus pais e a Iolanda, ia conversar com eles mais tarde.
Todo mundo havia ido embora, eram 20:30 da noite, eu achava que os três estavam na cozinha então vim atrás deles.
Estavam jantando , e quando me viram, ficaram me olhando sem entender nada.
- eu posso conversar com vocês?
Isa: claro que sim filha, aproveita e janta com a gente.
- não tô com fome e vai ser muito rápido. - estralei os dedos e criei coragem pra falar. - queria pedir desculpas, pelo jeito que tratei você, Iolanda, por não ter te perdoado mesmo que você tivesse arrependido e tivesse me pedido desculpas. - olhei pro meu pai. - e principalmente a você mãe, por ter te desrespeitado esses últimos dias. Eu só tava criando uma situação na minha cabeça que não tava acontecendo, eu imaginava que vocês apoiavam o Eduardo por ter feito o que fez comigo, e nem pensei em vocês, em como vocês estavam.
Olhei pra minha mãe e vi ela com lágrimas nos olhos.
- eu que peço desculpas a vocês, por tudo que fiz e falei. Estou desculpada?
Isa: filha... - minha mãe levantou e veio até mim. - eu te amo, queria muito ouvir isso de você.
- eu também te amo. - apertei ela em um abraço e logo em seguida meu pai me olhou.
Dado: eu percebi que só estava fazendo tudo errado, e agora eu desejo que você seja feliz com seu namorado, eu não vou interferir em nada! Eu prometo. - ele me abraçou e beijou meu cabelo.
Iolanda: já está tudo bem, todo mundo de boa e eu espero que não tenha mais nenhum tipo de briga nessa família.
Isa: eu também espero...
- obrigada por me desculparem, eu prometo que não vou mais ser daquele jeito...
Dado: já tá tudo bem, neguinha, vem jantar com a gente. - eu sentei na cadeira e jantei com eles.
Victor tava certo, eles são minha família, nunca me deixaram faltar nada e eu estava sendo ingrata e injusta!
YOU ARE READING
Nova geração.
FanficEssa história vai se passar a visão dos filhos da Isa com o Dado e da Clara com o Th.