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Iolanda Aguiar.

Vacilei muito falando aquilo com o meu pai, e nem estamos nos falando. Ele é minha figura paterna. Tô arrependida do que disse e isso tá me deixando desanimada.

Quero pedir desculpas, mas não sei com que cara vou chegar nele e falar "me desculpa, prometo nunca mais falar aquilo".

Isso não combina comigo.

Tô passando o fim de semana inteiro na casa do Gabriel, a família dela é muito receptiva e engraçada, me divirto muito com eles.

E hoje no domingo, é o aniversário de uma tia dele, estávamos numa casa de praia.

Eu tava conversando com a Elô pelo WhatsApp enquanto o Gabriel estava na piscina com a priminha dele.

Maninha 🩷

Oi, como vocês estão?

Estamos bem, a mãe e o pai estão em casa fazendo churrasco como sempre.

E você tá aonde?

Vim pra casa da Alícia.

Sério? Se eu não me engano, você tinha dito que Alícia tava viajando.

Já voltou.

Ah, tá bom. A gente se vê hoje a noite, tá?

Tá bom.

Fechei o celular e olhei pro Gabriel ajudando a prima dele a nadar. Ele é ótimo com crianças, parece que já cuidou um monte de tempo de uma.

Eloísa Aguiar.

Quando o Vt chegou, eu entrei no banco passageiro e vi ele me olhar sorrindo.

Vt: amor, queria muito ter passado a noite contigo ontem. - a gente não tem nada, mas ele ama me chamar com esses apelidos.

- eu também, mas quando ia saindo de casa meu pai chegou e mandou eu entrar.

Vt: esse teu pai é paia.

- Eu posso fazer o que? Eu sou filha dele e você vapor, a gente tem que obedecer. E eu tenho certeza que ele nunca me mataria, mas você eu já não tenho tanta...

Vt: vamo ficar escondido, pode ser, preta? Tu sabe que eu me amarro em ti. - esse cara me deixava maluca.

Ele agarrou minha cintura e cheirou meu pescoço. O vidro era fumê então ninguém via nós dois.

- vamo sair daqui antes que meu pai saia de casa e veja a gente aqui ainda.

Ele começou a dirigir em direção a saída do morro, mas continuava com a mão na minha perna.

- pra onde vamos?

Vt: tenho uma surpresa pra ti. Quando tu mandou mensagem dizendo que a gente podia passar o dia juntos hoje, eu fiz o bagulho.

- você e essas ideias malucas. - ri fraco. A verdade é que ele fazia de tudo pra me ver bem, e sempre que falo que quero alguma coisa ele me dá, não gosto disso, até porque meu pai me dá as coisas, mas ele diz que tem o prazer de me ver feliz com coisas simples.

Chegamos em um apartamento e ele estacionou o carro na garagem.

- tenho medo dessas surpresas.

Vt: que isso pretinha? Sou o melhor nisso, você sabe. - estávamos no elevador e ele me agarrou beijando meu rosto. - não posso ficar muito tempo longe de você. - fez bico e eu ri.

- Você sabe que eu também não gosto disso, mas também já te falei o que nos atrapalha.

Vt: Você é mais que especial pra mim, não tô pegando nenhuma garota desde que você me deu um fora. - eu ri e a porta do elevador abriu, ele me puxou até um apartamento e entramos , tinha almoço feito e várias coisas que ele sabia que eu amava comer.

- você não existe mesmo! - lhe olhei nos olhos e sorri. - sabe me ganhar facinho com comida.

Lhe dei um selinho, e como eu tava com saudade dessa boca. Ele também estava pelo visto, aprofundou o nosso beijo me encostando na parede.

Pegou no meu pescoço apertando de leve e eu coloquei uma das minhas mãos nas suas costas.

Quando a falta de ar se fez presente ele me olhou sério.

Vt: sou capaz de sair dessa vida por ti preta. - quando escutei o que ele disse, quase meu coração para.

- você não sabe o que tá falando.

Vt: sei sim, sei que teu pai nunca apoiaria eu namorando você, mas eu largo tudo isso.

- ele não apoiaria também o fato de você ser mais velho.

Vt: idade não vale de nada.

- eu sei, mas ele se importa com isso.

Vt: e tua mãe? Apoia o bagulho?

- só a tia Gio sabe de nós dois.

Vt: você conta tudo pra ela né?

- ela é minha melhor amiga.

Vt: tô ligado.

- podemos comer? - olhei a hora no celular. - já são 12:50.

Vt: vamo. - a gente almoçou, inclusive tava uma delícia. E depois comemos sorvete com vários doces dentro. Chocolate, fini, amendoins, é uma combinação estranha que eu adoro e ele sabe disso.

Depois ficamos na cama agarrados. Eu não podia negar que estava com saudade dele.

- você foi pro baile que teve sexta?

Vt: sim.

- vi você lá.

Vt: você foi?

- sim.

Vt: fui só pra entrar numa onda com os caras, tava pensando o tempo todo em você. - eu passei o dedo na sua sobrancelha.

- onde você tava tinha um monte de mina.

Vt: era as ficantes dos cara.

- acho bom mesmo.

Vt: você é muito ciumenta. - falou rindo, eu sou ciumenta mesmo, até demais.

- sou mesmo, até porque você é meu e não quero você ficando com nenhuma outra garota.

Vt: fica sussa minha preta, tu é a 01. - falou me beijando e eu escutei meu celular tocar, olhei e era a minha mãe.

- oi mãe.

Isa: você falou pra sua irmã que estava na casa da Alícia?

- sim.

Isa: mas a Alícia está viajando, acabei de ver um story dela nesse exato momento em Cancún.

Me xinguei mentalmente por ter mentido.

Isa: onde você tá Eloísa?

- a gente pode conversar depois? Prometo que te falo tudo!

Isa: eu espero mesmo, só não quero que teu pai descubra isso!

Desliguei na cara dela pra não falar mais nada.

Nova geração.Where stories live. Discover now