Nova geração.

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Iolanda Aguiar.

Toda a nossa família ficou muito feliz quando descobriram do casal, Cecília e Ravi, e eu posso dizer que eu nunca estive tão feliz em minha vida como estou ultimamente.

Esses bebês tão me fazendo a mulher mais feliz do mundo, eu adoro ser a casinha deles. To com 6 meses, e minha barriga tá enorme. Eles estão cada dias mais saudáveis e fortes.

Minha gravidez é de risco, toda gravidez gemelar é de risco, mas tá tudo ocorrendo bem, graças a Deus.

E eu to bem com todo mundo, com meus pais, com a minha irmã, com o Gabriel, então tá tudo bem.

Eu me arrependo de todas as coisas que falei no início da gravidez, e meus filhos vão ter a mamãe mais disposta a fazer de tudo por eles.

Eu to indo pra faculdade normalmente, só vou parar de ir quando eles nascerem mesmo. Quero utilizar todo o tempo que eu tenho pra estudar.

E sobre as coisas dos bebês, não comprei quase nada ainda. Na verdade meus pais né? Eu e o Gabriel não temos dinheiro pra comprar as coisas deles, tudo quem vai comprar são os nossos pais.

Só o que temos é os dois berços que são normais e brancos e um guarda roupa grande, pra colocar as coisas dos dois.

Nossos pais se juntaram e compraram as coisas, tá lá no quarto deles , tudo embalado ainda,lógico.

Pedi pela internet também o carrinho, que é aqueles que são emendados um no outro, e os dois bebês confortos.

Só sei que vamos gastar um absurdo com essas criancinhas.

Eu tinha terminado de me arrumar pra ir pra faculdade. Eu estava de vestido branco longo, deixando minha barriga bem lindinha.

Vim pra cozinha e vi meus pais e minha irmã.

Isa: bom dia meus três nenens . - minha mãe tá me tratando como bebê agora.

- bom dia mãe.

Dado: como tá o Ravi e a Ceci?

- tão bem, e agitados. Eles mexeram a noite toda.

Elô: tão feliz em saber que já já vão conhecer a tia linda deles. - ela disse e eu ri.

Dado: teu tio vai te deixar hoje na faculdade, tá? Eu vou pro galpão , inclusive tô atrasadão.

Isa: você vem almoçar?

Dado: não sei amor, mas eu te mando mensagem. Eu amo vocês 5. - ele deu um beijo em nós três e na minha barriga.

Meu pai tava um amor de pessoa, ele tá muito carinhoso comigo, e agora diz que a única família dele é as 4 mulheres que tem em casa e o único homenzinho que é o Ravi. Nem preciso dizer que ele tá amando que vai ter um neto/filho chamado Ravi, né?

Saí de casa e meu tio já tava me esperando, ele foi deixar primeiro os três meninos na escola e depois veio me deixar na faculdade.

Quando saí do carro, o Gabriel tinha acabado de chegar.

Gabriel: bom dia mamãe linda. - esse cara não quer nada comigo mas vive assim, me elogiando a beça.

- bom dia papai! - falei sorrindo. Viemos andando até a sala de aula e a porta tava fechada, e tava um silêncio danado, coisa difícil nessa sala.

Quando o Gabriel abriu a porta, a gente viu todas as pessoas da nossa sala reunidos, e tinha uma mesa enorme, cheia de fraldas, roupinhas, e várias outras coisas de bebês.

Todos: surpresa! - na lousa tinha escrito "Chá da Ceci e do Ravi" .

Eu olhei pro Gabriel surpresa e sorrindo, ele tava igual.

Todo mundo veio abraçar a gente, deu os presentes e a gente comeu tudo que tinha lá, inclusive só tinha coisa gostosa.

- gente, eu nunca imaginei que pudesse receber esse amor todo. - falei com os olhos cheios de lágrimas. - mesmo que nós não sejamos tão próximos, meus filhos podem sentir o carinho de vocês! Muito obrigada. - me permitir a chorar e uma das meninas me abraçou.

Gabriel: eu também agradeço muito a todos vocês pelo carinho! E não tenham dúvidas de que quando nascer nós vamos trazer eles pra mostrar a vocês!

xxx: são os nossos mascotes da Medicina. - um dos meninos falou e eu sorri com aquilo.

No final da aula, algumas pessoas me ajudaram e ajudaram o Gabriel a colocar as coisas no carro, era muita coisa mesmo. Cada pessoa da sala levou duas coisas, uma pra cada gêmeo, então era muita coisa.

Gabriel: eu te levo pra casa, avisa seu tio ou ao seu pai que não precisa vir te buscar.

- tá bom. - falei sorrindo fraco, liguei pro meu tio e avisei a ele que não precisava vir me buscar , enquanto estávamos no caminho pra minha casa, a gente ia conversando.

Gabriel: eles ganharam muita coisa, é bom que não precisa comprar demais.

- você tem razão, e é cada roupinha linda. - falei sorrindo.

Gabriel: verdade. - ele sorriu pra mim de volta.

- Eu to muito feliz que a gente tá sendo amigos pelos nossos filhos.

Gabriel: não é só pelos nossos filhos, é por nós também, eu não nego de maneira alguma e pra ninguém que eu ainda gosto de você. - ele disse isso e eu fiquei um pouco surpresa.

Eu não imaginava isso.

Gabriel: Quando você me contou o que havia acontecido, eu só fiquei pensando no quanto eu te amava, e te amo ainda. Você me deu os presentes mais lindos que eu poderia ganhar. - falou com os olhos cheios de lágrimas já.

Gabriel: e os nossos filhos não tem culpa de nada, e você também não tem. Nós estávamos brigados, e você me falou que tava bêbada e drogada, então você não tem culpa, e eu pensei tanto esses últimos meses, eu queria muito viver com você e os nossos filhos. Eu quero muito que eles vejam os papais deles igual os outros pais, que se beijam, que moram juntos, a gente pode até não morar, mas eu não aguento olhar pra você e imaginar que você é só a mãe dos meus filhos e não é nada minha.

- Gabriel, eu sei que vacilei com você, e desde o início eu to arrependida. Eu me arrependo de ter escondido a gravidez de você, me arrependo de ter te traído também, me arrependo de tudo isso! Você não merecia isso, e eu sempre pensei também em ser os pais dos nossos filhos juntos, e não separados. Quero que eles passem a semana e o final de semana na mesma casa, não uma semana com você outra comigo. Eles não merecem isso.