depois de ter você

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O capítulo de ontem bateu o recorde de comentários e fiquei muito feliz mesmo, então aqui vai mais um! Continuem comentando o que estão achando, respirem fundo e boa leitura (:

Música do título é Depois de ter você - Maria Bethânia e Adriana Calcanhotto

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Carol POV

Talvez parte de mim soubesse desde que eu tinha visto Natália vestir aquela jaqueta de couro que nossa noite terminaria assim. Com nossas bocas juntas e com fome. Poderia comer toda a comida da cozinha, beber toda a cerveja daquele bar, e meu corpo ainda não estaria saciado. Porque precisava de Natália.

Ainda encostada na mureta do fumódromo, ela passou a segurar meu cabelo com uma das mãos enquanto a outra apertava minha cintura. Assim que tive um segundo para raciocinar, levei minhas mãos até o seu pescoço para poder retribuir o beijo. Não parecia algo abrupto, e sim que a noite inteira tinha se construído até culminar no ato. Como um gran finale.

Exceto que estava muito longe do fim.

Depois de minutos ali nos beijando, Natália passou a beijar meu pescoço e minha mandíbula. Me sentia completamente acesa por dentro. Nos afastei o suficiente só pra sussurrar no seu ouvido:

— Vamos embora daqui de volta pra nossa cama.

— Não precisa falar duas vezes.

Natália me deu a mão e nos guiou com uma agilidade impressionante até o lado de fora. Quando recolhemos nossas coisas que estavam guardadas, ela chamou um carro pelo aplicativo que não demorou a chegar.

No trajeto para o apartamento, sua mão repousava na minha coxa e meus dedos estavam enrolados em seu cabelo, fazendo um carinho que também consistia em pequenos puxões.

Já no elevador voltamos a nos beijar como se estivéssemos separadas há horas. Natália abriu a porta sem dificuldade e me prensou contra a madeira assim que fechada. Grunhi baixo quando suas mãos invadiram minha camiseta por dentro, encontrando meu peito coberto apenas pelo sutiã.

— Meu Deus Ana Carolina, você vai me enlouquecer — sussurrou enquanto passava a mão no meu peito — Isso é...?

— Tira pra você ver.

Suas mãos rapidamente retiraram minha blusa enquanto eu ajudava colocando os braços para cima, e com uma mão só ela desatou o fecho do meu sutiã. Seus olhos foram direto para o piercing que eu tinha no mamilo esquerdo.

— Posso? — ela pediu, quase hipnotizada.

— À vontade.

Com isso, sua boca envolveu meu mamilo. Nesse ponto, o apartamento estava preenchido pelos meus gemidos.

— Vem pra cama — ela chamou e me conduziu até o colchão, onde empurrou de leve para que eu caísse de costas e ela pudesse ficar em cima de mim.

— Eu quero que você faça comigo tudo que você imaginou nesses dez anos e não pôde realizar — falei bem perto da sua boca antes que ela me beijasse. Seus olhos estavam escuros, quase pretos.

— Carol... — beijou minha boca entreaberta — Acho que você não tem noção do que tá me pedindo pra fazer.

Dei meu melhor sorriso sacana:

— Eu sei muito bem o que estou pedindo. Eu quero que você me use.

E, olhando em seus olhos, levei minha boca até seu dedo anelar com a aliança e chupei toda a sua extensão. Fechei meus lábios em torno do anel e retirei com a língua, cuspindo no chão longe da cama.

Natália parecia um animal pronto para atacar sua presa. Me beijou com uma força impressionante e já não sobrava mais nada da minha calcinha para contar história. Eu estava encharcada pra aquela mulher.

lágrimas negras // narol Onde histórias criam vida. Descubra agora