quem sabe ser seu par perfeito e te amar do jeito que eu imaginei

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Boa noite, gente. Esse é o último e temos um epílogo depois para fechar tudo, e essa é a história delas. Não quero me demorar pra não começar a me emocionar e falar um monte kkkk mas só queria agradecer mesmo, tudo sempre. Espero que gostem do capítulo, comentem muito o que estão achando. Boa leitura <3

*Um detalhe pra quem é perdido como eu: a história começou em julho de 2024, e se estendeu por alguns meses depois. Aqui, começamos em fevereiro de 2025. O que está em itálico é um flashback; todas as datas estão no capítulo pra ninguém se perder*

A música do título é Aliança - Tribalistas

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Alguns meses depois, Fevereiro de 2025

POV Natália

— Anda Natália, desse jeito o juiz de paz vai começar sem a gente — ouvi a reclamação de Carol já da sala. Eu estava terminando de guardar tudo na minha bolsa, procurando um batom que combinasse com o kimono bege que Carol tinha deixado no meu guarda-roupa na semana anterior.

Dizer que eu tinha cedido uma gaveta minha para Carol era eufemismo. Suas camisetas estampadas e calças de alfaiataria ocupavam uma boa parte do meu armário ultimamente, uma manobra quase silenciosa de nós duas ao longo dos meses. Seus sapatos no meu móvel, os tênis coloridos contrastando com minhas botas pretas. Sempre foi minha casa, mas agora tinha algo de lar.

Recolhi minha câmera nova e guardei na bolsa própria para ela, para poder levar. Havia sido o presente de Carol no primeiro natal que passamos juntas.

Rio de Janeiro, 24 de dezembro de 2024

— Presentes! Por favor, mãe — Pedrinho sacudia a saia de Taís, que conversava empolgada comigo sobre uma nova campanha.

— Tá, filho. Chama seu pai e seu primo na cozinha, por favor? Ai a gente abre.

O menino saiu em disparada, e eu aproveitei para ir até o quarto procurar por Carol. Apesar da casa geralmente cheia em nossas reuniões, o natal era um momento mais intimista. Estava recebendo na minha casa Pedro, Taís, Pedrinho, Helena e Marcos. Carol estava comigo desde os dias anteriores animada na missão decoração de natal. Não costumava fazer a festividade na minha casa, mas esse ano tive vontade de chamar todos e ser anfitriã. Especialmente depois de ver Carol tão animada apenas com a menção da palavra árvore de natal.

Encontrei minha namorada sentada na cama, segurando o celular enquanto falava com alguém do outro lado. Ela fez um sinal para eu me aproximar assim que me viu na porta, e fui chegando mais perto até ver a imagem um pouco pixelada de Ester no aparelho.

— Natália! — ela exclamou — Que bom te ver, mesmo distante. Feliz Natal, querida!

— Feliz Natal, Ester — desejei, sorrindo. Parei em pé do lado de Carol e ela encostou a cabeça de leve na minha barriga.

— Vou desligar, mãe. Se cuida, tá! Depois me conta se seus namorados gostaram dos presentes que te ajudei a escolher.

— Certo, minha filha. Feliz Natal de novo. Toda a felicidade para vocês.

A chamada se encerrou e peguei um embrulho que estava no guarda-roupa.

— Estava guardando aqui para não ter o risco de você ver enquanto arrumava a árvore — falei, entregando o presente em formato de quadrado para ela — Feliz Natal, Carol.

— Obrigada, amor — ela me deu um selinho e abriu o embrulho. Tinha escolhido um disco de Rita Lee como presente. Depois do jantar, nos fins de semana, sempre gostávamos de ficar no escritório ouvindo discos e bebendo vinho. Às vezes conseguia convencer Carol e dançar comigo descalça, o que rendeu uma mancha de bebida no tapete novo (com a qual eu não poderia me importar menos) — Eu amei! — exclamou, virando para ler a lista de músicas. Demos um abraço apertado, mas ela logo se afastou — Também tenho um presente para você.

lágrimas negras // narol Onde histórias criam vida. Descubra agora