18 - Frio • Paul Aron

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    Depois de toda com trabalhos e provas da minha faculdade de Direito e de meu namorado Paul com todas as corridas da temporada da fórmula 2, onde raramente parou em casa, estamos indo para a Letônia, seu país de origem, para que eu conheça sua família. Admito estar bastante ansiosa e nervosa já que são uma família bem tradicional e completamente diferente da minha que vive no Brasil. Apesar de estarmos juntos há seis meses já, somente agora conseguimos marcar de ir até lá. Nossa viagem será amanhã e estou aqui arrumando as malas sem saber o que fazer. As temperaturas tendem a ser negativas lá nessa época do ano e eu, como acostumada com o calor, não tenho a mínima ideia do que levar ou como é sentir tal frio então resolvo chamar meu namorado que está no quarto no simulador com alguns amigos em ligação. Deixo as roupas na cama e abro a porta do quarto, saindo logo em seguida. Dou poucos passos até bater na porta ao lado. Abro um pouco da porta para que eu não possa ser tão vista em sua câmera e o encontro já com um sorriso no rosto enquanto me olha.
- Paul, será que você pode me ajudar em uma coisa? - Pergunto.
- Claro amor, só vou desligar aqui e já vou! - Fecho a porta e escuto ele se despedir dos meninos, encerrando a chamada. Ele abre a porta e estou esperando por ele. - O que foi minha princesa? - Ele pergunta enquanto me puxa para um beijo.
- Fazem horas que estou lá arrumando a mala mas até agora não sei o que levar! Nunca passei tanto frio na minha vida! Será que você pode me ajudar?
- Claro meu bem! Tudo por você!
    Entramos juntos no quarto e ele ri quando vê a bagunça que deixei espalhada, com quase todo o meu guarda-roupa no chão. Ele analisa minhas roupas, dobra e separa algumas delas em um canto da cama me explicando que aquilo será o suficiente e o que mais usarei então resolvo seguir seus conselhos e coloco tudo dentro da mala, fechando-a. Já é de noite então decidimos pedir uma pizza para o jantar. Terminamos de comer então vamos deitar e acabo pegando no sono rapidamente. No outro dia acordamos bem cedo e vamos até o aeroporto para esperar nosso voo. Durmo durante todo o tempo e só acordo com o loiro me chamando para avisar que chegamos. Descemos do avião e assim que saímos já sinto o vento congelante bater em minha pele então visto o grosso casaco que estava segurando poucos segundos atrás. Pegamos nossas malas e assim que as portas do aeroporto se abrem ele vai até um homem bem parecido com ele e o abraça. Ele me chama para perto, me apresenta como sua namorada e o homem como seu irmão, Ralf. O mais velho me puxa para um abraço e diz estar muito feliz com minha presença, agradecendo também por fazer seu irmão tão feliz e cuidar tão bem do mesmo.
    Vamos até uma Mercedes prata que está estacionada e vou o caminho todo encolhida por conta da temperatura que é baixíssima e por ser de noite é ainda pior. Entramos no carro e o Aron mais novo vai dirigindo enquanto seu irmão vai na frente e eu atrás. Graças a Deus eles ligam o aquecedor então aqui dentro está quentinho. Percorremos um pequeno caminho até chegarmos em uma linda e grande casa. Os dois descem para pegar as malas e eu fico tentando arrumar coragem para sair nesse frio. Quando não tenho mais escapatória e tenho que descer abro a porta e saio do veículo. Ralf empurra nossas malas até a porta e Paul vem me abraçar para tentar me aquecer. Deixo que entrem primeiro na casa e assim que passo pela porta sou saldada com um delicioso cheiro de algo que não sei decifrar. Meu namorado pega em minha mão e vamos até a cozinha, encontrando uma linda mulher loira e um homem exatamente como os dois irmãos só que mais velho. Meu companheiro vai até eles e depois de um abraço bem apertado começam a conversar em uma língua que não entendo. Dentro de minutos o homem por quem sou apaixonada vem até mim e me leva até os dois.
- Amor, esses são meus pais! Mãe e pai, essa é minha namorada S/N!
- É um prazer te conhecer querida! Você é uma linda moça e desde que entrou na vida do meu filho só trouxe coisas boas! Seja muito bem-vinda e saiba que já te consideramos da família! - Ela diz me puxando para um abraço como o que deu no filho mais cedo.
- Olá! Você realmente é muito bonita! Faço das palavras de minha esposa as minhas e estamos aqui para tudo o que precisar!
    Agradeço aos dois com um sorriso no rosto e então subimos para deixar nossas coisas no quarto do meu namorado. Organizo algumas roupas e descemos para comer a maravilhosa comida que minha sogra preparou.
- Estou encantada S/N! Você é maravilhosa e já te considero uma filha!- Diz minha sogra.
- Ihh, meu Deus! Já vi que perdi minha namorada para minha própria mãe! - Meu namorado comenta e todos nós rimos.
    Ficamos conversando até tarde, quando decidimos encerrar por hoje. Me despeço de todos e subo até o quarto com o piloto. Chegando lá, tomo banho, escovo os dentes, coloco o pijama e deito na cama. Paul se deita logo depois e me dá um beijo apaixonado que transmite todo seu amor. Deito minha cabeça em seu peitoral e ele me pega em seus braços. Vamos dormir e no outro dia sou acordada com um corpo pulando em cima de mim.
- Amor acorda! Veja, está nevando! É sua primeira vez vendo neve! Vamos sair lá fora para fazer um boneco! - Ele diz extremamente feliz e entusiasmado.
- Já estou acordada! Não quero ir lá fora! Vai estar muito frio! Vamos ficar por aqui mesmo! - Faço um bico e meus olhos de cachorro pidão que sempre dão certo mas parece que não dessa vez.
- Vamos S/N, levanta! Dessa vez não vou cair nesses seus olhinhos fofos!
    Sem saída me levanto da cama, entrando no banheiro e vestindo várias camadas de roupa para encarar a maravilhosa massa branca que forra o chão do lado de fora da casa. Descemos as escadas e tomamos café junto com o restante da família. Meus sogros saem para ir ao mercado e Ralf vai até a casa de sua namorada para buscá-la então ficamos só eu e Paul. Ele abre a porta dos fundos e no mesmo momento que saio no ambiente capaz de congelar os ossos penso em voltar para dentro mas assim que vejo o sorriso em seu rosto por me ver aqui desisto da ideia e resolvo aguentar o frio pelo menos um pouco. Construímos um lindo boneco de neve com direito até a cenoura no nariz e quando estou distraída sinto algo gelado me atingir. Olho para o homem e o vejo com uma bola de neve em suas mãos então faço uma também para jogar nele. Ficamos nessa disputa por horas até que me canso e acabo tropeçando, caindo em cima do mesmo.
- Eu te amo minha doce S/N! - Diz com um enorme sorriso no rosto deixando um beijo gelado em meus lábios.

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