Poesia ao ser riso

Que Pena

Meu bem
Só de pensar em casa nada me consola
Me sinto sempre aflito, preso, finito e triste
A vida, a bossa tenta, mas nada está bem
Tudo só se passa por nada mas ainda como tudo, assola 

Ah, você podia ser tão bonito
Se sonhar foi bonito
Imagina você aqui rindo baixo
Sonhando e a gente achando um sentido
Triste, escuro e aflito
Bonito e claro como o Sol
Que ninguém viu

A gente lá, aqui
Só querendo ir embora
Pra enfim poder aqui existir
Confessando raiva e choro
Raiva de tanto desaforo
Confessando fogo, olhando um pro outro
Existindo um no outro

Toda essa merda aqui
Eu só quero ir embora
Foda-se pra essa tanta gente
Foda-se pra tanto livro
Foda-se pra tanta roupa
Eu quero é tacar fogo e dar o fora

E eu quero que você venha comigo
Pra criar um sentido
Dois sentidos sempre aflitos
Mas eu quero que você venha comigo 

Eu, você sabe que tem que saber
Que eu quero é correr do mundo
Eu quero é correr perigo
Mas eu quero que você venha comigo
Pra ver se amor da mesmo tanto barato
Pra ver se da mesmo sentido
Eu sei, não to tão doido assim
Eu senti, eu vi e eu quero
E quero que você venha comigo

Eu sei meu bem
Tem toda a bossa, a fossa a nossa grande dor
Eu sei e que quero ouvir
Deitar em você, de novo
E de novo e depois de novo
Todas as vezes saindo novo
Vivo e vivo e vivo

Ah, meu bem
Tudo vai mal, tudo
Preferia quando meu tudo era você olhando pra mim
Tudo é igual quando só se espera pra tudo acabar
Sinto alegrias e tristezas mas ainda brinco
Meu amor
Tudo em volta parece, é, foi, será e está deserto
Tudo certo 
Se você estivesse aqui, como cientificamente poderia estar
Estaria tudo certo
Mas como nunca estará aqui
Meu bem
Meu amor
Nada parece certo