É dança, dance

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*Este poema é um frevo, leia ciente disso*

Foi no momento que não vi você
A festa era cheia, mas não via ninguém
Ninguém se parecia com você, teu cabelo, tua falta de molejo
Sem você eu não danço, não balanço e não quero viver

Foi ai que eu te arrastei, que te chamei
E dançando, parei, procurei e não encontrei
No seu olhar a vontade de se machucar, de nos sonhar, de se emocionar
Então me desesperei, não sabendo por onde começar

Podia começar com livros, arte, paisagem, poesia
Chorar de rir, rir de chorar, se encontrar
Primaveras viver, no frio se abraçar
Ou meu preferido, abraçar demorado
Sem medo de pro jantar se atrasar

Começo então por seu abraço aberto, teu sorriso desperto
Que perto de mim era rotina e até pro carnaval plano a gente tinha
Não quero que fique no passado, calado, seco e coberto
Quero então que dance, dance, de relance, lance, que a pele me atropele
E que então que a vida viva

Essa bagunça que pensei
Fui eu que não dancei
Te baguncei calado, parado
Dentro do meu coração

Quando se não quer com os olhos ver
O amor, Amor
Procure então com o coração
Assim não há muito pra ver
Aqui é o fim do mundo. 


Poesia ao ser risoOnde histórias criam vida. Descubra agora