Aquarela

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Eu tenho um desses sonhos
Infantis, pequenos, enormes 
Desses que sustentam o coração
Que adormecem a noite e despertam a manhã

Um amor
Criado em plena natureza sem pressa
Uma brisa que comprimente a canoa, o mar, o marinheiro e o poetinha
Que passe e inspire Caymmi, João Gilberto, Buarque e Caetano

Que faça amor como cantou Gal
Que chore como a Bossa
Que dance como o Samba 
Que seja o avesso do avesso do avesso
Que dê ao poeta feliz um vislumbre da Lua
E ao poeta triste um pouquinho de Sol

Que seja como um piano a praia
Cantarolando pro Mar
Gritar pro vento trazer de veleiro
Uma vela pra acender, queimar, sumir e morrer

Poesia ao ser risoOnde histórias criam vida. Descubra agora