Eu, mais uma vez torço aqui
Para que em mim, morra o desejo de ter-me eternamente em teus braçosPara que morra o pêndulo entre querer-te bem, e querer-te mal
E o sentimento que laça os laços no quereres estar sempre vivo, e sentir que só quero, posso e devo estar, se não for com você, por você e por um nós que nunca sequer existiu se não nas mentiras e erros sentimentais
Ainda aqui, acredito no amor
Não no seu mas nele como capaz de transformar o existir em prazer na finitude do eterno que ser amado trásEu quero tocar todo o amor que ofereci, amor esse que nem sequer tenho, para assim, oferecer
E é assim, vendendo o que fui proibido de comprar, que anseio a mudança que mesmo que passageira, chegue por um momento a algo mudar no meu peito
E talvez em algum futuro mesmo que distante, eu ainda seja o único íntimo da noite sua, da tua dor no meu coração confuso e acelerado, dos trêmulos e curiosos dedos entrelaçados nos meus.
Iluminados por meus olhos esperançosamente amarelos como girassóis, e contemplados pela imensidão infinita dos teus
Ficou em mim a confusão do teu abandono desordenado e mentiroso, fiquei eu como o Mar, só em infinitos cais onde nem mesmo pular sobre as águas mostra-se opção
Mas mesmo tendo sido eu a flor escolhida, preciso deixar que morra em mim, os seus olhos olhando para os meus deitados felizes, a lembrança em minhas mãos do teu cabelo sendo arrumado conforme as estrelas, e em meu rosto o sorriso, em minha vida o Sol que sinto que fui, e aceitar que mesmo apagado, jamais me parecerei com a Lua
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Poesia ao ser riso
Poésie''Seus risos movimentam mais meu corpo do que a Lua sequer imaginou em mover sobre as ondas do mar.''