Niilistas felizes brincam

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Não sei quem devo odiar mais
Quem inventou o amor
Graças a esse o meu viver não aparece
E parece só viver com ele

Ou talvez aquele que deu-se um dia e fez a nós a saudade
Pois esse condenou todos os poetas que depois dele vieram
Condenou todos os próximos poemas
Ao doloroso e contínuo flerte com o vazio da parte que falta

Todos esses com certeza
Eram poetas vividos e imersos em suas próprias letras
Egoistas, insuportáveis e sozinhos sonetos, prosas e poemas

Mas todos esses tristes e eternos vermes
Nutrem a esotérica nuvem confusa
Sobre aquele que a vida inventou, que nem vivo está
Disse claro, um poeta.

Poesia ao ser risoOnde histórias criam vida. Descubra agora