Nos continuei gostando
Mas agora escolhendo quando lembrar
Pelo menos não foi te odiando
É claro que não passamos disso
O único quase que não me escolheu
Foi quase te esquecer.
Nada por aqui virou amor
Mas me revirou em poesia
Me tirou os sonhos
Um nada imenso virou.
Sobre você, escrevo um verso ou dois
O poema mesmo, nunca termino
Dos meus amores, alguns são bons anagramas do seu nome
Quem sabe se o poema terminar
Eu acabe dormindo mais cedo a cada dia.
O passado
Me revivo e me suicido toda vez que o revisito
Quase na mesma intensidade
Dele preciso pra continuar morto
Dele preciso pra fingir que continuo vivo
O presente
Sinto que o perdi apenas o imaginando
O que era vivo não estava mais presente quando decidi viver
O presente agora era o que poderia ser presente
A ausência, se tornou presente
Ausente.
Não estou no meu futuro
Vivo o deixando
Quanto mais penso nele
Menos me vejo
Mais quero ver aqueles que amo nele.
Continuo aqui
Contínuo meu amor aqui é
Não verei nenhum canto crescer
Sei que há muito escuro na estrada
Que espera o Sol nascer
Tanta dor escondida
Tanta mágoa arrependida
Tanto réu confesso
De si mesmo em recesso.
Amor não nos é
É então que insisto em existir
E gosto tanto de imaginar feliz
Feliz aquele que se fez triste.
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Poesia ao ser riso
Poetry''Seus risos movimentam mais meu corpo do que a Lua sequer imaginou em mover sobre as ondas do mar.''