18- First love

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   𝗣𝗼𝗻𝘁𝗼 𝗱𝗲 𝘃𝗶𝘀𝘁𝗮 𝗱𝗲: 𝗗𝗿𝗮𝗰𝗼

Acordo com a cabeça latejando e o coração apertado. O dormitório da Sonserina parece sufocante, e a luz fraca que entra pela janela faz meu estômago revirar. As memórias da noite passada invadem minha mente como um mar revolto, e sinto o peso do arrependimento esmagando meu peito, a cada vez que me recordo da noite anterior.

   Aquilo definitivamente não deveria ter acontecido.Como me permiti ceder às tentações?

   Sento-me na cama, passando as mãos pelo rosto e puxando o cabelo em frustração. A lembrança da minha língua em contato com o corpo de Black são como punhais afiados em meu estomago. Cada momento daquela noite parece um sonho distante, mas o peso da realidade é insuportável.

— Maldito sonserino — murmuro para mim mesmo, a voz carregada de amargura.

   Sinto meu coração acelerar em meu peito, por mais que eu tente, tudo oque vem em minha mente agora, é o maldito desafio de Cormarco. Meu pai jamais perdoaria essa fraqueza.

   Pode ter um sido um "simples" desafio de Boddy shot. Não é como se eu nunca tivesse feito aquilo antes. Já fiz pior.Mas, aí estava. O problema, era Black. Com o simples toque do corpo dela, e eu já estava enlouquecendo novamente.

Maldição.

   O universo está conspirando contra mim, isso é fato. Passei semanas, dias, e talvez até anos, tentando esquecer todo tipo de sentimento que ainda me assolava, para simplesmente, em apenas uma noite e, um desafio, vir tudo a tona novamente. Eu não podia acreditar.

  Olho para o teto e me vejo voltando no tempo, lembrando como tudo começou.

   3 anos do final da nossa amizade. 2 ano odiando Black. 1 a amando escondido. Ou seriam 2?

   Ela foi meu primeiro e único amor, até o momento. Um amor onde fiquei sobrecarregado com emoções, apenas vendo seu rosto ou encontrando seus olhos. Quando a vi pela primeira vez, algo dentro de mim mudou. Aquele sorriso, o brilho nos olhos... não consegui mais tirá-la da cabeça. Infelizmente, ou felizmente, eu descobri esses sentimentos, tarde de mais. Cada encontro era uma batalha para esconder o que realmente sentia.

   Pelo fato de eu gostar de Black, eu ansiava em estar com sua atenção totalmente focada em mim. Instintivamente, eu a queria. Essa sensação de possessividade era quase insuportável, e eu já não estava mais aguentando. Cada vez que ela sorria para outro, meu coração ardia de ciúmes.

    Eu nunca irei esquecer da sensação do momento em que a salvei do lado negro, na segunda prova do Torneio Tribruxo, alguns dias atras. O jeito em que ela me olhou, sua expressão que lentamente saiu de confusa para desesperada, e o calor de quando ela se segurou em mim, como em um abraço apertado. Nesse dia, senti emoções do passado vindo à tona, mas decidi ignorá-las.

  O perfume de Black tinha o poder de me acalmar às vezes. Aquela fragrância era como um bálsamo para minha alma inquieta. Inicialmente, eu só pensava nela de vez em quando e notava seu sorriso, mas, eventualmente, comecei a ficar com ciúmes quando Black estava com alguém que não era eu. Sentimentos indesejados me tomavam. Eu gostava da atenção dela sobre mim.

   Os meus momentos favoritos, era quando estávamos apenas eu e ela. Eu sabia que meu coração estava perdido, e isso me aterrorizava mais do que qualquer coisa.

   Cada dia era uma luta. Tentava enterrar esses sentimentos, sufocá-los com a indiferença e o desprezo, mas eles sempre voltavam, mais fortes e mais insuportáveis. Eu estava dividido entre o desejo ardente e a necessidade desesperada de me proteger, e protege-la. Meu pai nunca entenderia. Ele me destruiria se soubesse a verdade, foi por esse, e por diversos motivos, que nao voltei para casa desde o ocorrido com Black. Eu nem mesmo ia as reuniões de você-sabe-quem. Então, me forçava a manter a distância, a fingir que nada daquilo era real.

Say my nameOnde histórias criam vida. Descubra agora