1
Semanas passaram em um piscar de olhos. Após o ataque às terras de Josephine, Frederic recebeu reconhecimento de seu pai, e com isso, o rei lhe deu seu voto de confiança. Os preparativos para a festividade dos nobres estavam terminados.
Frederic estava no salão principal da base de operações, onde mapas e planos estavam espalhados pela mesa. Seus aliados estavam ao redor, revisando os detalhes finais do golpe. O ar estava carregado de tensão e expectativa.
Eleanor, sempre observadora, colocou uma mão no ombro de Frederic.
- Estamos prontos, Frederic. Não há mais volta agora.
- Vamos derrubar essa tirania de uma vez - disse Frederic, com seu olhar firme.
2
O golpe estava em andamento. Frederic e Sir Alistair lideravam as tropas pelas ruas escuras da cidade. A festividade dos nobres havia começado, distraindo a maioria dos guardas reais. O momento perfeito para atacar, estava à frente.
Alistair, com sua presença imponente e experiência de batalhas passadas, se destacou à frente.
- Avancem homens! Pelo futuro do reino!
Frederic sentiu a adrenalina pulsar em suas veias enquanto se aproximava do palácio. Os portões foram derrubados com facilidade, e eles invadiram os corredores iluminados apenas pelo luar.
Dentro da sala do trono, o rei estava cercado por seus conselheiros e guardas pessoais. Ele se levantou ao ver seu filho entrar, com uma expressão de decepção e desafio.
- Finalmente tomou coragem de confrontar seu pai cara a cara, Frederic - disse o rei, sua voz fria e severa.
Frederic avançou, espada em punho.
- Sim, irei usar de uma linguagem que entenda. Isso é justiça, o povo merece um governantes que os ouça, e não um tirano.
O rei puxou sua própria espada.
- Se é isso que você deseja, então venha e tome o trono. Mostre-me se é digno, se tem força para isso.
O confronto entre pai e filho foi feroz. Espadas se chocaram, faíscas voaram e os ecos da batalha ressoavam pelas paredes da sala do trono. Os aliados de Frederic lutavam contra os guardas reais, garantindo que ninguém interferisse na luta.
Frederic, movido pela determinação, conseguiu desarmar o pai. O rei, caído no chão olhou para o filho com uma mistura de raiva e respeito.
- Você ganhou, Frederic, finalmente mostrou algo diferente de palavras esperançosas - disse o rei, sua voz enfraquecida - Mas lembre-se, o poder corrompe. Não se torne aquilo que você lutou para derrubar, principalmente, após tantos sacrifícios.
- Diferente de você, serei justo, mesmo que meu passado me assombre.
3
O ataque ao palácio se estendeu pela noite e adentrou a madrugada. O sol começava a nascer, tingindo o céu com tons de laranja e rosa, quando Frederic finalmente desarmou seu pai e declarou vitória. O salão do trono estava repleto de aliados, celebrando a queda do antigo regime e o início de uma nova era.
Frederic, ainda segurando a espada do pai, olhou para seus companheiros.
- Hoje, marcamos o início de um novo reino, um reino de justiça e liberdade.
Os aplausos ecoaram pelo salão, mas logo foram interrompidos por um som pesado e rítmico que vinha dos corredores. A atmosfera de celebração transformou-se em uma inquietação palpável. Os sons de passos metálicos se aproximavam, reverberando pelas paredes de pedra.
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A Morte veste Vermelho
FantasyUm reino dividido entre neve e intrigas políticas, liderados por uma mão de ferro. Uma figura enigmática surgiu, moldado pela guerra. Uma mulher, em que adormecia em seu interior, um desejo de justiça e vingança. O príncipe, movido pelo sofrimento d...