Não tem como esse dia piorar.

4K 397 192
                                    

(Comentem bastante!!)

Isabella Parker.

Eu estava deitada na cama, exausta após todas as inúmeras confusões do dia.

A agitação de hoje ainda ecoava na minha mente, enquanto eu tentava encontrar algum alívio entre os lençóis macios.

Mal conseguia acreditar que, apenas ontem, eu estava em uma maratona interminável de sessões de fotos, onde cada flash da câmera parecia sugar um pouco mais da minha energia.

Meu corpo implorava por descanso, mas minha mente permanecia inquieta, revivendo cada momento caótico desse dia tenebroso.

— Eu só queria descansar. Vai embora, insônia! — sussurrei para mim mesma enquanto me mexia na cama de um lado para o outro.

— Certo, insônia, você venceu! — Levantei-me, calçando minhas pantufas. A casa estava toda às escuras e provavelmente todos já estavam na cama. Um copo de leite não faria mal.

Caminhei até a cozinha com cuidado. Parece que, quando queremos fazer algo silenciosamente de madrugada, até nossa respiração soa como um trovão.

Peguei um copo de vidro e o enchi com leite. Coloquei-o para esquentar no micro-ondas enquanto procurava pelo achocolatado. De repente, comecei a ouvir barulhos.

Ok, a mamãe deve ter acordado. Lascou tudo!

Virei-me e me deparei com nada mais, nada menos que Max, brincando com seus brinquedos na sala.

— Ufa! Pelo menos não vou ser mandada para para a cama — sussurrei aliviada e sorrindo, até me virar para a frente e ver uma figura masculina com o tronco encharcado. As gotas d'água deslizavam pelos seus músculos, e uma toalha branca estava amarrada na cintura.

Dei dois passos para trás, assustada, e me encostei na bancada. Levantei o olhar e reconheci Gustavo. Seus cabelos pretos estavam molhados e pingando.

— O que faz acordada, pirralha? — Ele perguntou, e eu rapidamente levantei uma das sobrancelhas.

— Insônia — Respondi, não querendo xingá-lo e depois levar um esporro da minha mãe pelo barulho. — E você? — Perguntei de volta.

— Mesmo motivo. — Ele respondeu como sempre, curto e grosso.

Assenti com a cabeça e peguei meu copo de leite, adicionando achocolatado. Virei-me para ele.

— Quer um pouco também? — Perguntei, e ele negou com a cabeça, caminhando em direção ao quarto de hóspedes, onde estava acomodado.

Dei de ombros e peguei meu copo, indo até a sala. O plano era ver filmes de comédia até o sono chegar e, quando acordasse, ser levada para a cama pelo Ph.

Me joguei no sofá com alguns cobertores e preparei alguns petiscos, colocando-os na mesa de centro e dando play no filme. Observei Gustavo se aproximar e se sentar ao meu lado.

— Finja que eu não estou aqui, também quero assistir a algo. — Ele disse com sua voz grossa. Vestia uma calça de moletom cinza e uma camiseta preta. Para ser sincera, estava melhor antes.

Durante o filme, percebi que, na maioria das vezes, ele me observava, reparando no meu pijama de tecido leve.

Estava frio, então me cobri com uma pequena coberta e continuei assistindo enquanto comia.

— Você é barulhenta. — Ele disse sem desviar o olhar da tela, aparentemente concentrado no filme.

— E você é folgado. — Retruquei e voltei minha atenção para o filme, ouvindo uma pequena risada vinda dele.

Entre luxos e simplicidade.Onde histórias criam vida. Descubra agora