O Halloween.

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Isabella Parker

— Aconteceu algo? — Heloísa perguntou, confusa, enquanto me observava atentamente.

— Nada não. — Sorri, tentando disfarçar, mas mal segurando a ironia. Ao ver um barman passar com uma bandeja cheia de drinks, estico a mão e pego uma das taças. Minhas amigas fazem o mesmo, sorrindo entre si.

— Ai, olha, vou te dizer... ainda acho que você e o Gustavo... — Antonella começa, mas interrompo antes que complete o pensamento.

— Que ele é alguém que não sabe o que quer? Pra mim diz coisas lindas, mas quando está com os outros, fala que sou só a irmãzinha dele? — Dou um sorriso sarcástico. — Pois é, ele é exatamente isso. Nem toca nesse assunto. Gustavo já estourou minha paciência por hoje. — Tomo um gole do drink, e o líquido desce pela minha garganta, queimando com tanta força que começo a tossir.

— SANTO CRISTO, O QUE TEM NISSO? — Exclamo, espantada, encarando o líquido como se fosse veneno.

— Provavelmente vodka ou alguma coisa forte, e olha que deve estar puro. — Heloísa responde, afastando a taça e Antonella faz o mesmo.

— Sorte sua ter provado primeiro! — Antonella ri.

— Você vai ver só, isso vai voltar pra te assombrar. — Brinco, tentando afastar o gosto amargo.

— Aliás... QUE COLAR LINDO! Combina demais com você, deve ter dado um trabalho danado pra achar. — Antonella comenta, admirada.

— Pois é... — Respondo, abrindo um sorriso fraco. — Foi bem difícil encontrar um que eu realmente gostasse.

— PARA TUDO! Esqueci de elogiar, mana, você tá bafônica! Eu mesma te pegava! — Heloísa diz, me fazendo rir junto com as outras.

— Vocês também! Todas arrasando! — Digo, e logo o barman volta com uma bandeja de drinks.

— Pediram para servir a vocês. — Ele diz, estendendo a bandeja.

— Não tem droga nisso, né? — Pergunto, arqueando uma sobrancelha. Ele solta uma risada.

— Pode ficar tranquila, aqui só servimos do bom. Seu namorado pediu para servir esses pra vocês. — Ele finaliza e nos deixa com os drinks.

— Namorado?! — Heloísa e Antonella dizem juntas, trocando olhares curiosos.

— Alguém deve ter confundido. — Balanço a cabeça e cheiro a taça antes de colocar alguns cubos de gelo, precavida depois dos últimos acontecimentos.

Tomo um gole e arregalo os olhos. As garotas experimentam também, surpresas.

— O que é isso? Nunca tomei nada tão bom. — Antonella diz, e eu concordo com a cabeça.

— Mas quem será que mandou isso? — Heloísa pergunta, encantada com o sabor.

— Não faço ideia. — Olho ao redor, tentando identificar algum rosto familiar. Então, meu celular vibra. Pelo jeito, já sei quem é.

Abro a mensagem e, assim que vejo o conteúdo, reviro os olhos, balançando a cabeça.

Abro a mensagem e, assim que vejo o conteúdo, reviro os olhos, balançando a cabeça

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