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Valentim iria se casar

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Valentim iria se casar. Dentro de duas horas ele estaria assinando um papel e com uma aliança no dedo.

Sendo clichê, muitas pessoas sonham com o casamento, toda aquela festa com vestidos, ternos e flores, a marcha nupcial tocando na igreja, lágrimas nos olhos ao fazer os votos e o famoso e tão esperado "sim" diante de todos. Ah, e a lua de mel.

Mas antes, é feita preparação para o casamento, envolve meses de planejamento, escolhas difíceis e muito dinheiro gasto.

Tudo isso visto por uma óptica apaixonada dos noivos, tão românticos e ansiando por uma vida a dois.

E se analisarmos de um outro ângulo? Como é que o casamento realmente se desenrola além da lente das câmeras, entre a elegância e os votos de amor eterno, existem as contas conjuntas, as noites de pizza no sofá, e a descoberta de que nem sempre você vai concordar com a escolha de filme do seu parceiro.

A realidade do casamento vai além do dia que os papéis foram assinados e da festa de casamento. E enquanto a ideia do "felizes para sempre" é linda nos contos de fadas, no mundo real, o "felizes juntos" exige trabalho, paciência, e, às vezes, um pouco de comprometimento em não deixar objetos espalhados pela casa. Porque no final, o que realmente importa não são as flores perfeitas ou a lua de mel cara, mas sim os momentos cotidianos que os casais constroem juntos, um dia de cada vez.

Casar nunca esteve nos planos de Valentim, na verdade, era só uma ideia totalmente hipotética que poderia acontecer dali a muitos e muitos anos para frente, afinal, ele estava no auge da sua adolescência, com apenas 24 anos.

Ele amava muito a irmã, e estava fazendo aquilo por ela, perderam a mãe muito cedo, Valentim tinha três e Maju cinco anos, desde então eles e o pai se tornaram mais unidos do que nunca.

Falando no pai deles, Valentim queria que ele estivesse presente em seu casamento, por mais falso que fosse, o homem em seus 60 e poucos anos se aposentou e pegou todo o dinheiro que tinha no banco e partiu para fazer um mochilão pelo mundo, já tinha cumprindo a sua tarefa, criado muito bem os filhos, sustentado e dado muito amor, atualmente estava na Austrália e trabalhando meio período em uma livraria.

Enfim, por outro lado, também era dia do casamento de Friedrich, ele não teve a tradicional Polterabend do seu país, uma festa que acontece um dia antes do casamento, onde amigos e familiares quebram pratos de porcelana para trazer sorte ao casal.

Muito menos a Junggesellinnenabschied, ou simplesmente a despedida de solteiro. Parece que é uma palavra totalmente inventada, que foi digitada depois de teclar em várias letras aleatórias no teclado, mas não, realmente existe.

Também existe um ritual onde o casal corta juntos um tronco de madeira, simbolizando o trabalho em equipe e a cooperação necessária no casamento. E também ficam o sino, para afastar mais espíritos e trazer boa sorte.

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