🇧🇷 | Dezesseis

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Valentim gostaria de dizer que acordou cedo naquela manhã de domingo, sorriu ao ver um Friedrich adormecido em seu lado e levantou de fininho para preparar o café da manhã

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Valentim gostaria de dizer que acordou cedo naquela manhã de domingo, sorriu ao ver um Friedrich adormecido em seu lado e levantou de fininho para preparar o café da manhã.

Mas ele não fez isso.

No entanto, de fato ele tinha acordado ao lado de Friedrich e sorriu, passou os dedos pelos cabelos ruivos e sentiu a maciez, acordando Fred, que murmurou um "bom dia" sonolento.

Valentim retribuiu o "bom dia" com um sorriso meio idiota e ficou ali, observando Friedrich por alguns segundos. Ele pensou em se levantar e começar o dia de maneira produtiva, mas a preguiça e o conforto do momento falaram mais alto. Ao invés disso, ele se ajeitou novamente debaixo das cobertas, se aninhando mais perto de Fred.

- Não quer levantar? - Fred perguntou com a voz ainda embargada de sono, abrindo os olhos lentamente e se espreguiçando um pouco.

- Não, vamos ficar aqui pra sempre. - Valentim respondeu enquanto passava o braço pela cintura de Fred, puxando-o para mais perto.

Fred riu baixinho, seus olhos ainda meio fechados, e deixou a cabeça repousar no peito de Valentim. Ficaram assim por um tempo, o silêncio do quarto quebrado apenas pelo som suave da respiração dos dois. Não precisavam de palavras; o conforto da presença um do outro bastava. A luz suave que entrava pela janela anunciava um dia preguiçoso e sem pressa, exatamente o que ambos precisavam.

O tempo parecia desacelerar enquanto eles ficavam juntos, a manhã de domingo era tranquila e sem nenhuma obrigação ou pressa para o restante do dia. A cama se tornava uma zona segura, onde os problemas e preocupações do mundo exterior não podiam alcançá-los. Valentim fechou os olhos por um instante, aproveitando o calor do corpo de Friedrich contra o seu, o cheiro sutil do perfume que Fred usava e o leve subir e descer do peito dele ao respirar.

Depois de alguns minutos, Fred começou a desenhar círculos preguiçosos no braço de Valentim, e o toque era tão leve que quase dava cócegas.

- Sabe, - Fred começou, a voz ainda tranquila e baixa. - a noite passada, eu gostei, de tudo.

Valentim abriu um olho e olhou para Fred, o canto da boca se curvando em um meio sorriso.

- É, até que foi legalzinho.

Fred deu um leve empurrão em Valentim com o ombro.

- Não foi legalzinho coisa nenhuma, foi muito muito bom.

- Tudo bem, eu admito, foi muito muito bom e eu só não te beijo agora porque precisamos escovar os dentes.

Ao ouvir isso, Friedrich se desvencilhou do corpo de Valentim e afastou o lençol que envolvia seu corpo, ficando totalmente despido antes de levantar, ele sente o calor no rosto, no entanto, decide ignorar e procurar sua cueca pelo chão do quarto.

- Ei, vai pra onde? - Valentim pergunta, confuso.

- Indo escovar dentes pra poder te dar beijinhos. - Já foi citado que o sotaque dele era adorável?

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